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Os Laços que nos unem - Pe. Paulo Gozzi,SSS

Por: Família Missionária

Uma das passagens mais belas e convincentes, que nossos Bispos escreveram sob a inspiração do Espírito Santo durante o Concílio Vaticano II, referindo-se à urgência em buscar a unidade dos cristãos, através do movimento ecumênico, não se encontra no documento específico sobre o Ecumenismo, a Unitatis Redintegratio (A Reintegração da Unidade), mas no documento sobre a Igreja, a Constituição dogmática Lumen Gentium (A Luz dos Povos).

É preciso reconhecer a convergência e as semelhanças que os cristãos de outras Igrejas possuem conosco. Vamos descobrir que, aquilo que nos une, é muito maior e mais importante do que aquilo que nos separa. Em geral, quem está separado, procura justificar sua separação apontando os erros e os defeitos da outra parte. Nossa Igreja faz justamente o contrário: Reconhece as próprias falhas e exalta as qualidades dos outros cristãos, demonstrando, como dizia João Paulo II, “que todo elemento de divisão pode ser vencido e superado com o dom total de si próprio à causa do Evangelho” (Carta Ut Unum Sint, nº. 1).

Nesse texto, o Concílio descreve os mais importantes pontos de união que existe entre nós e eles. Vale a pena transcrevê-lo para alimentar nossa memória e estimular nossa motivação: “Muitos deles honram a Sagrada Escritura como norma de fé e de vida. Mostram sincero zelo religioso. Crêem com amor em Deus Pai Onipotente e em Cristo, Filho de Deus Salvador. São marcados pelo batismo que os incorpora a Cristo. Reconhecem e recebem mesmo outros sacramentos nas suas próprias Igrejas ou comunidades eclesiásticas. Muitos possuem o Episcopado, celebram a Sagrada Eucaristia e cultivam a devoção para com a Virgem Mãe de Deus. Acrescenta-se a isso a comunhão de orações e outros bens espirituais. Temos até com eles certa união verdadeira no Espírito Santo, que neles atua com Seu poder santificador por meio de dons e graças, chegando a fortalecer alguns deles até se tornarem mártires” (Lumen Gentium, 15).

Diante disso, como permanecermos apáticos e indiferentes ao Ecumenismo? Como podemos permanecer externamente divididos se estamos internamente unidos, pois, Cristo Jesus não pode estar dividido. Seu Corpo é um só e nós e eles pertencemos a esse mesmo Corpo pelo batismo que faz essa única incorporação. “A divisão contradiz abertamente a vontade de Cristo, e é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda criatura” (Unitatis Redintegratio, 1).

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