Cadastre-se para receber novidades
Ecumenismo » Ecumenismo » Ecumenismo » Ecumenismo » COMO É O DIÁLOGO ECUMÊNICO - P...
A↑AA↓

COMO É O DIÁLOGO ECUMÊNICO - Pe. Paulo Gozzi, SSS

Por: Família Missionária

Quando duas pessoas ou dois grupos se dispõem a dialogar não pode haver sentimento de superioridade, nem de radicalismo de posições fechadas. O diálogo pressupõe humildade, tolerância, respeito, entendimento e reconhecimento, tanto das próprias limitações, quanto das qualidades do outro. Deve haver vontade de aprender uns com os outros, querer ouvir, mais do que falar. Assim como gostamos de ser respeitados e ouvidos, assim também devemos respeitar e ouvir. Esta é a regra de ouro para o diálogo, como encontramos no Evangelho de Mateus 7, 12.

No diálogo ecumênico não apenas conversamos sobre nossas diferenças e semelhanças, mas abrimos o coração para narrar como entendemos e como vivemos nossa fé. Sendo dois grupos cristãos, a primeira coisa que se faz é uma oração. A oração é condição para o diálogo. Quando oramos juntos sentimos a presença do Espírito incutindo em nós a total submissão a Deus e à sua santa Palavra. Conversando percebemos que o diálogo se torna um verdadeiro exame de consciência.

Toda vez que um grupo de cristãos se separou de outro, vemos a presença viva do pecado naquele momento histórico. E o pecado nunca está de um lado só... Está sempre dos dois lados. Por isso, é importante reestudar os fatos ocorridos naquela época à luz do Amor de Cristo. E logo percebemos que a consciência nos acusa de pecado. Cada lado nota a própria falha. Então, o diálogo transforma-se em pedido mútuo de perdão. Dessa humilde confissão do pecado, que os irmãos cometeram no passado, nasce a vontade de eliminar as causas da separação e buscar meios para a reconciliação.

Em minha longa experiência de 45 anos caminhando nesse abençoado movimento, ainda como seminarista, trabalhando ao lado do saudoso Monsenhor Heládio Laurini, constatei a seguinte reação, muito humana por sinal: Conversando com um não-católico, sempre que eu atacava falhas humanas de minha Igreja, seja na formulação de doutrinas, seja no modo de se organizar, o outro se punha a dizer que também na Igreja dele havia estas ou aquelas falhas. Isto é, a atitude de reconhecer e confessar os próprios pecados provocava a mesma atitude humilde. Por outro lado, sempre que me colocava na posição de auto defesa e ataque, a reação do outro era a mesma, e isso levava a lugar nenhum!

 

voltar

© Todos direitos reservados - Familia Missionária. design by ideia on