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Ultrapassando barreiras - Pe. Paulo Gozzi,SSS

Por: Família Missionária

Desde que a Igreja católica começou a sua longa caminhada no movimento ecumênico, a graça divina e os valores espirituais que circulam entre as várias Igrejas mostram que as estruturas independentes da organização de cada Igreja não são um obstáculo sério que possa impedir a partilha desses bens. Os Sacramentos não são propriedade de uma só Igreja... Eles pertencem à Igreja como um todo e são fonte da santidade e da graça divina. Assim, descobrimos que, em determinadas circunstâncias e necessidades, podemos ultrapassar as barreiras confessionais para buscar a graça no sacramento celebrado numa Igreja não católica.

Eis o que nos diz o papa: “É motivo de alegria lembrar que os ministros católicos podem, em determinados casos particulares, administrar os sacramentos da Eucaristia, da Penitência, da Unção dos Enfermos a outros cristãos que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica, mas que desejam ardentemente recebê-los, pedem-nos livremente, e manifestam a fé que a Igreja Católica professa nesses Sacramentos. Reciprocamente, em determinados casos e circunstâncias particulares, os católicos também podem recorrer, para os mesmos sacramentos, aos ministros das Igrejas onde eles são válidos” (Ut Unum sint, 46).

Quais seriam esses casos e essas circunstâncias particulares que nos permitem de lá para cá e de cá para lá, ultrapassar essas barreiras? Ao longo de todos esses anos de contato ecumênico as normas foram se tornando cada vez mais precisas. Para nós, a validade plena dos três sacramentos citados acima está na questão da ordenação sacerdotal, realizada por um bispo que possua a sucessão apostólica. É isso que nos leva a afirmar que a Igreja é a mesma lá e cá, incluindo os sacramentos. A falta do sacramento da Ordem é a maior barreira sacramental que existe, maior até que a barreira denominacional. Os grupos cristãos que não o conservam são chamados por nós de Comunidades Eclesiais, isto é, são parte da Igreja de Cristo, sim, mas não são Igreja em sentido pleno.

Os casos e circunstâncias são muitos. Por exemplo: Você está num lugar onde não existe Igreja católica. É domingo. Você anseia e busca pela graça divina na Eucaristia. Você encontra uma Igreja Ortodoxa e pode participar da celebração e da Ceia. O mesmo se diga quanto à Confissão e a Unção dos Enfermos. Em situações menos urgentes, previstas com antecedência, como Bodas de Prata e de Ouro e outras celebrações, pede-se a anuência da autoridade pastoral, e os não católicos poderão participar de nossa Ceia. Os mistérios divinos que administramos são tão grandes que não podemos impedir seu acesso àqueles cristãos que o pedem com um coração cheio de fé e amor.

 

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