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A Comunhão dos Santos - Pe. Paulo Gozzi,SSS

Por: Família Missionária

Quando convivemos com pessoas de outras comunidades cristãs, o que mais nos chama a atenção é aquela vontade sincera de seguir Cristo que esses irmãos têm. O fato de alimentarem-se todos os dias com a Palavra de Deus, procurando conhecer a vontade do Pai, só pode produzir frutos de santidade na vida dos seguidores de Cristo. São Paulo chamava de santos os seus companheiros de caminhada aqui na terra. De fato, quem está subindo a escada da santidade cada dia, não importa em qual degrau esteja, se no terceiro ou no trigésimo oitavo, pode ser chamado de santo. Santo não é quem já é perfeito, mas aquele que está se aperfeiçoando, mesmo tendo ainda muitos defeitos.

Na Profissão de fé, todos os batizados dizemos: “Creio na Comunhão do Santos”. Há entre aqueles que vivem em profunda intimidade com Cristo e que chegam a derramar seu sangue para testemunhar os valores do Evangelho, uma plena comunhão. O martírio até a morte é o máximo da vida da graça e a plenitude da comunhão dos santos. Todos os grupos cristãos possuem seus santos até os dias de hoje, testemunhas de Cristo que deram ou não seu sangue, formando uma imensa lista que chamamos de Martirológio. Embora as comunidades não estejam ainda em plena comunhão aqui na terra, seus santos já alcançaram a comunhão perfeita no Céu.

Falamos no patrimônio comum dos cristãos em matéria de organização, celebrações, tradições e doutrinas, mas nunca mencionamos a santidade como o principal elemento de nossa união. Nossas igrejas, com os mais diferentes rótulos (católica, luterana, ortodoxa), são verdadeiras escolas de santidade. De que adianta o que pensamos, falamos e fazemos, como membros de uma igreja, se não conseguimos ser santos? É o Espírito que nos dá a graça de sermos santos. E se respondemos a essa graça dando frutos de santidade, podemos também responder ao seu chamado à unidade. “A santidade é o sinal e a prova da vitória de Deus sobre as forças do mal que dividem a humanidade” (UUS, 84).

Ao ler a vida dos santos descobrimos que nenhum é igual ao outro, nenhum é cópia do outro. Cada um tem suas características, qualidades e preocupações. Imitando a Cristo foram capazes de serem eles mesmos. Estudando as características de cada grupo cristão, em vez de pensar nelas como divergências que separam, pensemos como riquezas que se complementam. Cada comunidade valoriza mais um ou outro aspecto da vida cristã, permitindo que tenhamos uma visão mais global do Evangelho. Diz João Paulo II: “Deus tira o bem até mesmo das situações que contrariam sua vontade e saberá superar os obstáculos herdados do passado para alcançarmos a plena comunhão da Igreja” (UUS, 85).

 

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