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Cristãos Infantis e Maduros - Pe. Paulo Gozzi, SSS

Por: Família Missionária

O que é que mais desejamos e procuramos em uma família? Sem dúvida alguma, é a unidade. Se analisarmos as brigas e discussões que provocam separação e divisão entre os membros de uma família, concluímos que tudo provém de atitudes infantis, imaturas e egoístas. A reconciliação está profundamente ligada ao amadurecimento das pessoas. Tem gente que nunca amadurece e os desentendimentos são sempre mais profundos. O tempo ajuda-nos a amadurecer e perceber quão ridículos e infantis fomos ao dar mais importância a interesses mesquinhos do que aos valores fundamentais da família. “Como é bom, que felicidade é ver irmãos convivendo na unidade!” diz o Salmo.

A divisão dos cristãos foi provocada ao longo dos séculos pelas mesmas atitudes carregadas de infantilismo e imaturidade, que impedem a reconciliação. Quanto mais maduros na fé, mais responsabilidade sentimos na reconstrução da unidade da grande família que é a Igreja. A situação de divisão prejudica o cumprimento da missão de evangelizar. O movimento ecumênico nasceu justamente por causa da atividade missionária, onde os cristãos perderam a credibilidade porque pregavam uma coisa que não viviam. Como podemos anunciar o Evangelho da Reconciliação, do Perdão e do Amor se não damos o exemplo de união entre nós? Falar é fácil, difícil é dar o exemplo. 

João Paulo II pergunta: “Perante missionários que estão em desacordo entre si, embora todos façam apelo a Cristo, saberão os incrédulos acolher a verdadeira mensagem?  Não pensarão que o Evangelho é fator de divisão, ainda que seja apresentado como a lei fundamental da caridade?” (UUS, 98). A missão de Jesus foi esta: reconciliar a humanidade com Deus e entre si. E seus discípulos devem continuar a mesma tarefa, mostrando os caminhos para a reconciliação: a humildade, o crescimento da fé, o diálogo e um profundo amor à Verdade. Ao vermos cristãos sem caridade, julgando-se donos da verdade, arrogantes e prepotentes, deduzimos que são imaturos, infantis e infelizes. 

Graças a Deus os dirigentes de nossa Igreja têm feito muitos apelos para que todos busquem um amadurecimento maior da fé, através da formação contínua, de atividades que visem uma participação maior na comunidade e de abertura e acolhimento aos mais carentes. Na medida em que participamos de cursos e reuniões de formação teológica e pastoral, saímos do infantilismo espiritual e descobrimos que o amor de Deus deseja reconciliar toda a humanidade em Cristo, a começar de sua Igreja. Ignorar ou impedir o trabalho ecumênico torna-se uma ofensa ao Pai que tanto deseja ver seus filhos reconciliados no amor. O cristão maduro percebe que a unidade plena é de importância fundamental na Igreja.

 

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