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PASTORAL DO ECUMENISMO - Pe. Paulo Gozzi, SSS

Por: Família Missionária

Dizem que “santo de casa não faz milagre” e que “em casa de ferreiro o espeto é de pau”. Sendo especialista em Ecumenismo há mais de 40 anos, estava numa paróquia há oito anos e ainda não havia implantado lá a Pastoral do Ecumenismo. Finalmente, três pessoas passaram a fazer parte. Na verdade, a organização da Pastoral é em nível de Setor. Há representantes das paróquias do Setor para organizar atividades ecumênicas. O principal trabalho é o Culto Ecumênico durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. A formação ecumênica é dada em nível de Região Episcopal, todo primeiro domingo do mês, às 15h, no Centro de Formação Pastoral, com representantes dos nove Setores da Região Santana. Participam cerca de 20 pessoas. Se não houver uma Pastoral do Ecumenismo na paróquia, pelo menos é importante que haja Ecumenismo na Pastoral, isto é, os membros de todas as pastorais, associações e grupos paroquiais devem ter espírito ecumênico, pois, nenhum católico tem o direito de não ser ecumênico. Mas para haver aproximação com os outros Cristãos é preciso renovar-se e renovar a Igreja. O Concílio afirma que “sendo uma organização humana e terrena que caminha na história, a Igreja precisar estar sempre se reformando, porque, de acordo com a época e as coisas que vão acontecendo, as pessoas cometem erros, seja no comportamento moral, seja na disciplina da Igreja, e até mesmo na maneira de interpretar a doutrina. É preciso saber distinguir: uma coisa é a explicação da Doutrina e outra coisa é o Depósito da Fé, o conjunto de verdades que os Apóstolos transmitiram e que deve ser bem guardado... Qualquer renovação tem grande importância ecumênica” (Unitatis Redintegratio, nº 6). O problema é que boa parte de nós, católicos, ainda não estamos convertidos. Temos uma boa doutrinação e muita catequese, mas pouca fé verdadeiramente evangélica. Pensamos que a fé seja um conjunto de conhecimentos intelectuais sobre religião. Então, aparecem mentalidades conservadoras, retrógradas e fanáticas, defendendo dogmas e perseguindo pessoas, sem qualquer caridade, opondo-se a qualquer tipo de idéia renovadora, utilizando uma linguagem antiquada para expressar suas opiniões. Não sabem distinguir entre explicação da doutrina e a verdade pura da fé. O que diz o Concílio? Diz que “se não houver conversão interior, não vai existir um verdadeiro ecumenismo. O desejo de unidade nasce e cresce a partir da mudança de mentalidade, da doação de si mesmo e da grande caridade que Deus derrama nos corações de modo livre e espontâneo” (Unitatis Redintegratio, 7). Quem não muda a mentalidade e não se torna tolerante, acolhedor, humilde, compreensivo, paciente e bondoso, jamais será ecumênico e, portanto, não pode ser católico... O pecado contra a Unidade é o radicalismo, a arrogância de se julgar melhor do que os outros, a intolerância, a discriminação e o preconceito. “Sobre nossa culpa, especialmente aquela contra a unidade, queremos lembrar o testemunho de São João: ‘Se dizemos que nunca pecamos, estaremos afirmando que Deus é mentiroso e sua palavra não estará entre nós’ (1Jo 1,10). Por isso, pedimos humildemente perdão a Deus e aos irmãos separados, assim como nós perdoamos aqueles que nos têm ofendido” (UR, 7). A Pastoral do Ecumenismo oferece muitas atividades, mas o centro de tudo está na espiritualidade ecumênica: “A conversão do coração e uma vida santa, incluindo a oração feita pela unidade dos Cristãos, seja em particular, seja em conjunto, devem ser consideradas o centro e a alma de todo o movimento ecumênico. É isso que nós chamamos de Ecumenismo Espiritual” (UR, 8). Em qualquer atividade pastoral numa comunidade paroquial, se tivermos essa espiritualidade estaremos sempre agindo ecumenicamente. É o ecumenismo da Pastoral.

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