Celebrando os dons - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi
Objetivo: - conscientizar sobre o dom maior da comunidade, a pessoa de Jesus, dom que gera todos os dons.
- Vivenciando pelo exercício o refletir sobre os dons de seus/suas companheiros/as de caminhada e a oportunidade de manifestar seu reconhecimento;
- proporcionando um momento de descontração que, ao mesmo tempo, que incentiva e fortalece os dons dos participantes, os conduz à reflexão do compromisso do uso dos dons a serviço da comunidade.
Material: Para o grupo: uma mesa para os trabalhos, um suporte para apoiar um quadro de madeira, de cortiça ou de isopor, uma Bíblia, um crucifixo, uma vela, fósforo, percevejos, cartolina, canetas hidrográficas coloridas. Para cada participante: ¼ folha de papel sulfite e canetas/lápis, texto impresso: Rm 12,1-21 ou a Bíblia dos participantes.
Estratégia: 1o momento: 5’
- Distribuir o texto impresso ou solicitar que utilizem a própria Bíblia.
- ler ou pedir que um dos participantes leia o texto em voz alta, clara e pausadamente.
- recomendar que prestem atenção no sentido do texto, nos dons e frutos citados.
2o momento: 10’
- Distribuir o papel (1/4 de sulfite), caneta/lápis, pedir que escrevam os dons e frutos encontrados na leitura e acrescentem os que desejarem.
- dar o tempo, deixá-los à vontade.
3o momento: 5’
- Pedir que, em silêncio, leiam os dons e frutos que relacionaram. Aguardar até que todos encerrem.
- solicitar então, que cada um olhe para o/a companheiro/a a sua direita e reflita: “quais os dons e frutos que ele/a possui?” Em seguida, em silêncio, sem comentar com ninguém, tome a relação dos dons e frutos e grife todos que julgar sejam relativos ao/a seu/sua companheiro/a.
- dar o tempo necessário, mas que seja breve. Ao término pedir que guardem o papel.
4o momento: 10’
- Fazer a proposta: “Vamos construir uma igreja. Utilizando o material disponível sobre a mesa (cartolina, lápis, tesoura) cada um fará seu próprio tijolo, desenhando-o no tamanho que desejar. Em seguida deve recortá-lo. Deixem suas coisas sobre a cadeira; ao termino voltem para seus lugares com o tijolo em mãos.”
- deixá-los à vontade. Controlar o tempo.
5o momento: 5’
- Convidá-los a retornar a seus lugares.
- em seguida apresentar as propostas por etapas, dando o tempo necessário à realização de cada uma:
1o cada um coloca seu nome no tijolo que confeccionou;
2o cada um entrega seu tijolo ao/a companheiro/a a sua esquerda;
3o cada um escreve no tijolo que recebeu os dons e frutos que reconhece em seu companheiro/a e que já foram assinalados naquela relação que guarda consigo. Escrever e aguardar novas instruções em silêncio.
- acompanhar sem interferir.
6o momento: 15’
- Colocar o quadro onde serão afixados os tijolos sobre uma mesa, apoiado de maneira a ficar em posição estratégica para que todos o vejam.
- disponibilizar os percevejos.
Fazer a proposta: “Neste quadro vamos construir nossa Igreja com os tijolos que temos em mãos. Um de cada vez irá fixar o tijolo que tem em mãos no painel, mas antes de colocá-lo vai dizer ‘quem é’ esse tijolo e com quais dons e frutos ele/a contribui para a construção da igreja, da comunidade. Em seguida pode afixar o tijolo e voltar para o seu lugar.”
Deixar livre para quem quiser iniciar ou tomar a iniciativa para dar o exemplo.
Não interferir. Deixar que coloquem os tijolos na posição que quiserem.
7o momento: 5’
- Ao término, pedir que observem: Parece uma igreja? O que está faltando? Motivar para que se manifestem.
- pode ser por causa dos tijolos? Estão próximos uns dos outros? Distantes? Fora de linha?
Dar um tempo breve para comentários.
Mostrar sobre a mesa o crucifixo, a Bíblia e a vela.
Perguntar:
- Se colocarmos a Bíblia aberta aqui, como uma porta, melhora? (colocar no painel)
- E o crucifixo no teto?
- E a vela? Onde a colocamos? Apagada? Acesa?
- (Se for o caso) => Se unirmos os tijolos? E se todos nós juntos viermos à frente para “arrumar” a nossa Igreja?
- mobilizar para que todos participem. Ao término, perguntar: E agora parece uma igreja?
8o momento:
- que vocês acharam da nossa experiência?
- o que ela nos ensinou?
- Dar tempo para as manifestações.
- Fazer colocações conforme orientações abaixo, mas não se alongar.
1o nós sabemos quais são os dons e os frutos e o bem que eles constroem;
2o não somos iguais, mas temos a liberdade de nos construir - fazer o nosso próprio tijolo, mas é o outro quem vê e aprecia as qualidades do nosso tijolo;
3o se não unirmos nossos dons e frutos - nossos tijolos na comunidade, não irão “parecer” e transparecer a Igreja que somos.
4o se nos unirmos apenas para formar grupinhos a nosso gosto, só desfrutando nossos dons e frutos entre nós, sem vivermos a palavra de Deus, seu mistério Pascal, sem a luz de Cristo (vela) não seremos Igreja, comunidade. Seremos um muro, uma parede que impede o crescimento do Reino de Deus.
Dar um breve espaço de tempo para comentários
9o momento:
- Convite à celebração, Manter a vela acesa. A partir do painel, convidá-los a formar um círculo, todos de mãos dadas, de forma que o painel seja o início e o fim do círculo. Estamos encerrando mais um ano de caminhada, pudemos partilhar nossos dons e frutos uns com os outros. Pudemos receber dos amigos um gesto de reconhecimento pelos nossos esforços na caminhada. Agora vamos celebrar a graça de possuirmos o dom maior que é Jesus em nossa vida. Vamos rezar, vamos louvar ao Senhor “o princípio e o fim de tudo” por todas as nossas descobertas. Agradecer e encerrar como desejar ou ao gosto do grupo.
Do livro: Caminhos de Encontro e Descobertas - Dinâmicas e Vivências - Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro - Paulus Editora - 6ª edição.