Dinâmica relacionada ao 2° círculo bíblico: “A Igreja de Jesus, Comunidade" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi
Adequada para Jovens e adultos. Complementa a reflexão do 2ª Círculo Bíblico.
Objetivo: Levar os participantes à percepção de que a Igreja de Jesus se constrói na convivência e participação de cada pessoa, de cada batizado, de cada cristão:
- mobilizando-os, com o apoio de um texto, à reflexão do sentido e missão de ser comunidade;
- estimulando-os a experimentar seus próprios sentimentos em relação à pessoa de Jesus, para fortalecer seu laço de comunicação com Deus;
- facilitando, pela estratégia, a compreensão de que é no próprio exercício do viver e conviver que vivemos, somos e construímos a comunidade de Jesus;
- ampliando, pela experiência vivida, o próprio significado do que é “A Igreja de Jesus, Comunidade” e abrindo um diálogo sobre a função/missão do sacerdote e religioso/a consagrados.
Material: Um cartaz contendo ao centro o desenho ou a colagem de uma Igreja confeccionada em papel colorido; texto de apoio impresso anexo; canetas esferográficas e grande quantidade de etiquetas colantes (recortadas de tamanhos e formatos diferentes, simbolizando tijolos ou pedras da construção da Igreja).
Estratégia: 1ª etapa:
Propor a apresentação dos participantes para facilitar a integração do grupo.
Convidá-los a participar, apresentando o tema: “A Igreja de Jesus, Comunidade.”
Distribuir o texto de apoio, sugerir que um dos participantes o leia, em voz alta e clara;
Após a leitura, motivá-los para que conversem a respeito do conteúdo do texto, manifestando o que entenderam;
Em seguida, propor: “quem gostaria de contar como foi que Jesus o/a chamou”, motivar para que todos falem;
Explorar bastante a relação entre o chamado e a resposta de cada um valorizando os esforços e tentativas pessoais, cuidando para não expor nem magoar as pessoas.
2ª etapa:
Prosseguir: “agora, vamos direcionar nossa reflexão para outra parte. Indicar a seguinte parte do texto: “para os cristãos, depois da Páscoa...” até o final;
Sugerir que leiam novamente;
Em seguida perguntar:
O que faz uma Igreja ser a Igreja de Jesus, a construção de tijolos ou as pessoas que estão lá fazendo as coisas que Jesus ensinou e pediu?
Quem faz as coisas que os apóstolos faziam? Que coisas são essas?
Hoje, como a gente vive a Igreja de Jesus?
Concluir esta etapa convidando-os a realizar um trabalho sobre o tema discutido.
3ª etapa:
Apresentar o cartaz, o material disponível ao trabalho e orientar:
Estas etiquetas simbolizam cada atitude, cada gesto que cada pessoa vive na Igreja de Jesus, com os irmãos e com Jesus, por causa de Jesus;
Vamos agora, escrever em cada etiqueta uma atitude, um gesto que a gente vive na Igreja e colar neste cartaz, simbolizando os tijolos que constroem a Igreja, a comunidade de Jesus;
Propor que primeiro escrevam e depois organizem a colagem das etiquetas.
Ao término, motivar comentando o resultado do trabalho, perguntar: “Como foi viver esta experiência e o que aprenderam com ela?”
Se necessário, valer-se dos itens citados no objetivo, para motivá-los às manifestações;
Sugestão para concluir. caso o grupo tenha refletido a proposta do 2º Círculo, que publicamos, antes de encerrar lembrar a leitura vivenciada e associar ao tema ora vivido. Motivá-los para que percebam a relação entre a antiga comunidade de Jesus e a comunidade de hoje. Encerrar como o grupo desejar.
Texto de apoio: Dinâmica: “A IGREJA DE JESUS, COMUNIDADE”
COMUNIDADE – Seguir Jesus para ficar com Ele
Por volta dos 30 anos de idade, Jesus... percorre os povoados... anunciando a Boa Nova de Deus aos pobres...
Chama outras pessoas para segui-lo... com o mesmo anúncio: “O Reino chegou!”... chama para duas coisa: “para ficar com ele” e “para enviar a pregar e a expulsar os demônios.” São as duas coisas mais importantes na vida de um cristão ou de uma cristã: ser da comunidade (ficar com Jesus), e a comunidade realizar a missão que recebeu (pregar e expulsar o poder do mal). Não são duas coisas distintas. São como os dois lados da mesma medalha.
A maneira de Jesus chamar é simples e variada... passa, olha e chama. Os que são chamados já o conhecem... já tiveram alguma convivência com ele... sabem como ele vive e o que pensa.
O chamado não é coisa de um só momento, mas é feito de repetidos chamados e convites, de avanços e recuos.
Às vezes, é Jesus quem tomas a iniciativa... outras... os próprios discípulos... ou é João Batista... outras fezes ainda, é a própria pessoa que se apresenta e pede para segui-lo. É como hoje... e, em sua vida, como foi que o chamado chegou?
O chamado é gratuito, não custa. Mas acolher o chamado exige decisão e compromisso. Jesus não esconde as exigências. Quem quer segui-lo deve saber o que está fazendo: deve mudar de vida e crer na Boa Nova... quem não estiver disposto... “não pode ser meu discípulo.” O peso porém não está na renúncia, mas no amor que dá sentido à renúncia.
O chamado é como um novo começo...momento de entrar na nova família, na nova comunidade, e de começar tudo de novo. Quem aceita o chamado de deixar... “seguir em frente e não olhar para trás”...
Quem seguia Jesus devia comprometer-se com ele... “estar com ele nas tentações”... na perseguição... estar disposto...
Para os cristãos, depois da Páscoa, à luz da ressurreição, acrescentou-se esta terceira dimensão: “Vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”... procuravam identificar-se com Jesus que estava vivo na comunidade... refaziam o caminho de Jesus...
A raiz da missão é a nova experiência de Deus como Abba Pai. A plataforma de onde se parte para a missão é a comunidade.
A missão não é uma tarefa que a comunidade pode executar e, depois ficar livre dela. A missão é a natureza mesma da comunidade...
O mesmo Jesus que viveu na Palestina, que acolhia os pobres do seu tempo e era a revelação do amor do Pai, este mesmo Jesus continua vivo no meio de nós, nas nossas comunidades. Através de nós, ele continua sua missão...
Que o seu Espírito nos ajude na leitura dos evangelhos, nos faça compreender o sentido das suas palavras e nos dê a força para cumpri-las. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre.” (Hb. 13,8)
do livro: Com Jesus na Contramão, Frei Carlos Mesters, Paulinas, SP, 1995 (trecho pág. .65s.)
Do livro: Nós, Eu e Você - Casais - Sonia Biffi, Rosabel De Chiaro - Ed. Paulus, 2022 - 3ª ed.