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Dinâmica relacionada ao 7º Círculo Bíblico: Técnica de vivência: "Orando a minha vida" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi

Por: Família Missionária

 

Tempo: 50’
Material: para cada participante: uma folha sulfite em branco (para o 1º momento), lápis ou caneta; impresso do texto anexo (etapa final). Para o grupo: algumas Bíblias, aparelho de som, música instrumental suave.
 

Estratégia: 1ª etapa: 15’
Convidá-los a um momento de reflexão pessoal, nossa proposta é: Orar a nossa própria vida. Distribuir as folhas sulfite, lápis/caneta e orientar:
- vamos então parar para pensar na nossa vida pessoal, nas suas variadas dimensões, nos fatos e acontecimentos que nos cercam e que nos preocupam, nas questões e respostas que nos envolvem, nas escolhas que temos de fazer, nas decisões a tomar, mas também nas alegrias, nas conquistas e vitórias, enfim... Vamos nos situar nesse momento da nossa vida para nos colocar diante de Jesus e orar a nossa vida, as nossas questões;
- vamos dividir essa folha que recebemos ao meio, de um lado vamos anotar os fatos/questões, acontecimentos pessoais. De outro lado, a Palavra de Deus que nos vem à mente e ao coração diante do que refletimos. Não se preocupem em citar versículos, capítulos etc. Basta a Palavra, do jeito que ela vier ao seu coração. Se desejarem, temos algumas Bíblias à disposição.
- solicitar que o façam em silêncio. Ligar o som, volume baixo. Deixá-los à vontade.
- controlar o tempo, mas não pressionar. Ao perceber que a maioria deixa de escrever, comunicar o tempo que resta para encerrar.
 

2ª etapa: 5’
Sem desligar o som, propor: “refletindo tudo que vivenciamos, vamos agora escrever uma oração a Jesus, manifestando o que está em nosso coração. O que desejamos do Senhor? Como queremos que Ele participe da nossa vida?”
- deixá-los à vontade. Controlar o tempo. Desligar o som e encerrar ao perceber que deixaram de escrever.
 

3ª etapa: 20’
Retomar: “que tal? Gostaram da experiência? Então, tudo que vivenciamos até aqui foi pessoal, por isso cada um vai guardar suas anotações lembrando que essa experiência pode ser renovada todas as vezes que desejarmos.”
Prosseguir: “sem comentar os fatos pessoais, vamos partilhar agora como foi associar a Palavra de Deus aos acontecimentos da vida? Foi fácil, agradável, difícil? Restou ainda a vontade de citar alguma Palavra que não veio à mente? Deseja dividi-la agora?”
Deixar que se manifestem. Caso não haja manifestações, agradecer e encerrar essa etapa.
- distribuir o texto de apoio impresso, sugerir que o leiam. (fazer a leitura partilhada)
Propor: qual a relação da experiência que vivemos com esse texto?
- motivá-los para que conversem a respeito.
- explorar bastante o texto proposto: quantas vezes nos comportamos como Marta? E como Maria?
 

4ª etapa: 10’
Caso o grupo tenha utilizado a reflexão do 7º Circulo Bíblico - Partilha e oração na perseguição - referente à atitude orante dos discípulos de Jesus, encerrar a reunião lembrando os fatos e propondo:
- vamos refletir quantas vezes nos colocamos em oração da mesma forma que os discípulos e por quais motivos o fizemos?
- Qual o compromisso que esta palavra nos está pedindo?
- Agradecer, encerrar com a oração que o grupo desejar.
 

Rosabel e Francisco De Chiaro - técnica vivenciada em reunião de grupo de perseverança.

Texto de Apoio Técnica de Vivência: “Orando a minha vida”
Lc. 10,39–43: Marta e Maria
“Para os não chegados em evangelhos, esclareço: são duas irmãs. Se casadas ou solteiras, não se sabe. Moravam em Betânia com o irmão Lázaro, aquele que deu uma morridinha e foi ressuscitado por Jesus, menos para que nele se acreditasse e mais para que o mundo soubesse que amigo dele não morre, mesmo quando pifa. Eram de grandes amizades, os três mais Jesus que vira e mexe por lá passava, para cafezinho e bolinho, tipo de chuva, ou mané-pelado ainda não inventadas pinga e pipoca. Vinho, sim que muito se bebia, desde os tempos do fogo de Noé, lembram-se, Jesus sendo de vinho bom conhecedor, como se viu em Caná: sabia fazer do melhor. Pois bem, em tarde, ou manhã, não se sabe, Cristo deu por lá uma passada, provavelmente com os apóstolos, os doze mais uns suplentes, porque Marta, ao ver a quase multidão, descabelou-se e corre-que-te-corre comprar farinha na esquina, emprestar meia dúzia de ovos da vizinha e meter as mãos na massa. Maria, numa boa, sentada aos pés de Jesus que cadeira não tinha naquele tempo, só ouvindo suas histórias e as divinas sabedorias: cegos que viam, surdos-mudos que ouviam e falavam pelos cotovelos tirando atraso, entrevados que em pulos andavam,  gentes das muitas periferias de cidades e da vida indo a ele mão e coração estendidos, olhos de cão sem dono. E deu-se que Marta, vendo a cena, ficou louca da vida e como era de não mandar dizer, meteu bronca: “Jesus, dá pra dizer a essa aí (quando brava, não dizia o nome da irmã) vir aqui me dar uma mãozinha?”E Jesus: “não esquenta, Marta, não vim para comer, mas ver vocês e bater papo.” “E deixa eu te contar uma coisa: Maria escolheu a melhor parte”. Bem que Jesus sabia que às tantas, iam ter fome e não estando afim de milagre (a turma já andava meio cheia de pão e peixe) pensava em pedir umas pizzas. Embora nada disso conste da história, tranqüilizou Marta concluindo em perfeito latim: “no problems”- que era o inglês da época. Acontece que séculos depois, teólogos se dividiram: uns, com Maria: a vida cristã é ficar ouvindo as palavras de Cristo numa boa, rezar, cantar aleluias e sacudir lencinhos. Outros, com Marta: fé sem obras, não vale nada. Não adianta cantar e suspirar sem mexer uma palha pelos outros. Rezar ou fazer, eis a questão. A encrenca parece ter chegado até hoje dividindo evangélicos, com Maria e católicos com Marta. Mas, vamos lá, se Jesus elogiou Maria, não condenou Marta em hipótese alguma e já antevendo que poderia ser mal interpretado, cuidou de contar a parábola do Bom Samaritano e deve ter orientado Lucas para que quando escrevesse seu evangelho a pusesse em destaque. Lucas mandou ver: colocou o Bom Samaritano antes do acontecido em Betânia. Consta extra-oficialmente que esta mais a Parábola do Filho Pródigo são as meninas dos olhos de Jesus. Que ninguém nos ouça, mas que tem bom gosto, isso tem. Bem e eu com tudo isso? No frigir dos ovos, as duas irmãs têm razão, desde que não exagerem e entre uma e outra, fico logo com as duas, com as mãos de Marta e o coração de Maria, como me ensinou minha irmã negra de Madagascar, cuja oração anda circulando por aí na internet.”
 

Pe. Chiavegatto – Diretor Espiritual do OVISA (*) de 1971-1973
Rascunho de um de seus artigos em preparação, enviado à Nely em 27.11.07
(*) OVISA - Orientação para Vivência Sacramental - encontro para Casais
Nely Torres Babini e Arani Ahnert Pieri(in memorian) - fundadoras do Movimento OVISA

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