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Dinâmica: FAMÍLIAS - “O PATINHO FEIO” - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi

Por: Família Missionária

Valendo-se de uma estória infantil popular vimos trazer a possibilidade de trabalharmos questões delicadas, às vezes dolorosas e outras tantas insolúveis, que envolvem muitas famílias.

Associando a imagem do Patinho Feio às varias formas de “rejeição” que se apresentam nos meios que nos cercam desejamos ampliar a questão para abordarmos o pré-conceito que norteia nossa postura no julgar, no acolher, no valorizar as pessoas baseando-nos no seu aspecto exterior, na sua capacidade de produzir, de encantar e de realizar.

Idealizada para os noivos propõe uma perspectiva de vida a refletir. Para os que já se encontram nessa caminhada – uma possibilidade de avaliar e reavaliar seus passos.

É também um convite aos que se dedicam à vida comunitária: voltar seu olhar e seu coração às famílias acolhendo e amparando-as na realidade que as cercam.

Objetivo: convidar os participantes a refletir sobre a experiência da convivência em família, ampliando-a para o meio que a cerca;

- utilizando o recurso de uma história infantil e popular que ressalta o aspecto da rejeição para motivá-los às seguintes reflexões: a acolhida (aceitação ou rejeição) de um filho; a adoção; a importância da hereditariedade (o quanto valorizamos ou não este aspecto); o valor das referências familiares;

- num segundo momento ampliando o tema “rejeição” para convidá-los a refletir no próprio sentido da palavra inserida no contexto de questionar o quê e por que rejeitamos;

- proporcionando um conscientizar-se do papel cristão e social de cada um.

Obs.: a técnica não pretende solucionar questões como adoção, rejeição ou dúvidas quanto à paternidade, mas abrir um espaço onde essas questões possam ser discutidas e sensibilizar os casais quanto às possíveis ocorrências em seu caminho, bem como de seu compromisso como “pais” de educar seus filhos para a acolhida respeitosa e amorosa das diferenças e limitações que a vida apresenta.

Tempo: 70’

Material: na mesa do círculo: a história “O Patinho Feio” impressa ou gravada (Clássicos Disney, Ed. Abril Jovem, The Walt Disney Company). Cartolina, folhas sulfite, lápis de cera, canetas coloridas etc. Texto de apoio: Vida: o Evangelho do Amor

Estratégia: 1a etapa: 10’

O animador propõe que o grupo ouça uma história. Solicitar a atenção de todos. Caso seja impressa pedir que alguém a leia. Se for gravação dispor de maneira que todos a ouçam e/ou a visualizem.

Verificar se todos a entenderam, se a reconheceram.

Se necessário, para melhor entendimento convocar um dos participantes para recontá-la brevemente.

Deixá-los à vontade para eventuais manifestações ou comentários.

2a etapa: 20’

Propor que conversem a respeito do tema central da história, sugerindo que ressaltem o que aconteceu de mais forte, destacando comportamentos e atitudes dos diversos personagens.

- motivá-los para que explorem o tema em toda a sua dimensão, as consequências que o envolvem etc.

– dar ênfase a expressão “patinho feio” buscando ressaltar e questionar: nesse contexto, qual o sentido da palavra feio, quais os sentimentos que envolvem a rejeição ao que é feio?

- encerrar essa etapa sinalizando com o grupo os pontos considerados importantes e fundamentais para assumir uma paternidade responsável leal e digna concernente aos pais, aos filhos e à vida cristã.       

3a etapa: 20’

Convidá-los a ampliar a reflexão sobre o tema rejeição trazendo-o para o dia-a-dia nas relações interpessoais.

Sugerir que reflitam no próprio sentido da palavra “rejeição” inserida no contexto de questionar o quê e por que rejeitamos.

Propor que relacionem de maneira breve e objetiva as rejeições mais comuns que têm observado.

Sinalizar as mais citadas... Mencionar o sentido, já definido pelo grupo, do que é “feio” lembrando que o preconceito leva à rejeição: não acolher no grupo, não contratar, ignorar, desprezar etc.

Deixar que se manifestem.

Distribuir o texto de apoio. Sugerir que leiam com atenção.

Abrir para comentários.

4ª etapa: 15’

Propor que através da reflexão vivida, o grupo recrie a história, buscando expressá-la de maneira criativa: teatro, desenho, cartaz, história em quadrinhos ou mesmo um livro de histórias;

Sugerir que caracterizem a história ou a família desta com um nome.

5a etapa: 05’

Concluir avaliando com o grupo como foi viver esta experiência e o que aprenderam com ela. Agradecer e encerrar como o grupo desejar.

Baseada na Dinâmica: O patinho feio do livro: Nós, Eu e Você - Dinâmicas e Vivências para Noivos – Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi – Paulus Editora - 2002

Vida – O Evangelho do Amor

"Quando transmitem a vida ao filho, um novo 'tu' humano se insere na órbita do 'nós' dos cônjuges, uma pessoa que eles chamarão com um nome novo: nosso (a) filho (a)... Deus entrega o homem a si mesmo, confiando-o à família e à sociedade, como sua tarefa...” O homem é um bem comum... da família e da humanidade, dos diversos grupos e das múltiplas estruturas sociais... mas o é de um modo muito mais concreto, único e irrepetível para a sua família; o é não apenas enquanto indivíduo que faz parte da multidão humana, mas ainda como ‘este homem’.

Deus criador chama-o à existência ‘por si mesmo’ e ao vir ao mundo, o homem começa na família a sua ‘grande aventura’, a aventura da vida... Tem, em qualquer caso, direito à própria afirmação por causa da sua dignidade humana. Precisamente esta dignidade é que estabelece o lugar da pessoa no meio dos homens e antes de mais na família... é o ambiente onde o homem pode existir ‘por si mesmo’... realiza, antes de mais, o bem de ‘estarem juntos’... A família é o próprio sujeito mais do que qualquer outra instituição... a vida das nações, dos estados, das organizações internacionais ‘passa’ através da família..

... está na base daquela que Paulo VI designou como ‘civilização do amor’... A civilização pertence à história do homem, porque corresponde às suas exigências espirituais e morais: criado à imagem e semelhança de Deus, por amor e para amar... recebeu o mundo das mãos do Criador e o compromisso de o plasmar à própria imagem e semelhança... do cumprimento desta tarefa provém a civilização, que, não é senão a ‘humanização do mundo’... tem o mesmo significado que ‘cultura’... cultura da humanização... cultura do amor...

Trata-se de cuidar da vida toda e da vida de todos: estimular e promover a ‘cultura da vida’... denunciar a ‘cultura da morte’... ativar iniciativas sociais e legislativas a favor da vida e da família... criar formas eficazes de acompanhamento da vida nascente...prestar solidariedade às mães privadas do apoio... cuidar da vida provada pela marginalização, pelo sofrimento... apoiar os idosos... respeitar os doentes terminais...  promover centros de orientações com os métodos naturais de regulação da fertilidade... consultórios matrimoniais e familiares orientando casais com a visão cristã da pessoa, do casal e da sexualidade, para descobrir o sentido do amor e da vida... construir centros de ajuda à vida... lares de acolhimento... comunidades para a recuperação dos dependentes de tóxicos, para abrigar menores, deficientes, doentes mentais... centros para acolhimento e tratamento dos doentes da AIDS... cooperativas de solidariedade -  são expressões eloquentes daquilo que a caridade sabe inventar para dar novas razões de esperança e possibilidades concretas de vida a cada um.

Tudo que seja contrário à civilização do amor, é contrário à verdade integral do homem e torna-se para ele uma ameaça: não lhe permite encontrar-se a si mesmo e sentir-se seguro como cônjuge, como pai, como mãe, como filho(a)... Vulnerável, a família pode sucumbir aos perigos que a enfraquecem... cessando de testemunhar a favor da civilização do amor e até tornar-se a sua negação... um contra-testemunho de ‘anti-civilização’, deteriorando o ‘amor’ nos vários âmbitos em que se exprime, com inevitáveis repercussões sobre o conjunto da vida social... exposta à cultura do utilitarismo, do prazer, do desfrutamento das coisas, onde as pessoas se usam como coisas... A mulher pode se tornar um objeto, os filhos um obstáculo, a família uma instituição embaraçante para a liberdade de seus membros.

O amor dos cônjuges e dos pais possui a capacidade de curar semelhantes feridas... Aquele amor, ao qual o apóstolo Paulo dedicou um hino... Aquele amor que é paciente é benigno e tudo suporta – é, sem dúvida, um amor exigente... nisto está a sua beleza... porque deste modo constrói o verdadeiro bem do homem e o irradia sobre os outros... o amor é verdadeiro quando cria o bem das pessoas e das comunidades... o amor não é capaz de suportar tudo, se cede ‘às invejas’, se ‘se ufana’, se ‘se ensoberbece’, se ‘é inconveniente’...

Esse amor precisa ser buscado, tem necessidade de encontrar Cristo na Igreja, nas pessoas e nas famílias que são comunidade... quão importante seja a oração com as famílias e pelas famílias...

Tudo isso comporta uma obra educativa paciente e corajosa, que estimule todos e cada um a carregar os fardos uns dos outros... a apoiar e assistir cada família na sua missão de “santuário da vida”...

Trechos do Evangelho da Vida, da Carta às Famílias – de João Paulo II

 

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