Dinâmica: “Quem sou eu para os outros?” - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi
Esse tema faz parte das dinâmicas de conhecimento. Além de serem indicadas para desenvolver a autoconsciência em relação à dimensão bio-psico-espiritual de cada pessoa, facilita a percepção e a reflexão do seu ser pessoa na totalidade e na sua essência única e irrepetível.
Possibilita uma reavaliação comportamental quanto à maneira de acolher e responder às situações e às pessoas que a cercam. Tudo isso promove o crescimento pessoal e favorece a inter-relação em qualquer grupo.
Objetivo: Trabalhar o tema: Amizade/Disponibilidade.
Propondo uma auto-reflexão a respeito de: como sou com os meus amigos - como me relaciono (o que e como ofereço e espero do outro).
Tempo: 50’
Material: texto de apoio, canetas hidrocor e/ou lápis de cor e ¼ de cartolina para cada participante. Varal de barbante e pregadores de roupa coloridos para pendurar os cartazes.
Estratégia: 1º momento:
Orientado pelo animador o grupo deverá ler o texto junto ou, o animador poderá fazê-lo com um breve comentário. Se necessário deixar que releiam, conversem a respeito.
2º momento:
Disponibilizar o material em mesa no centro da sala.
Orientar:
– após ouvir todas as instruções, cada participante deverá pegar seu material (sobre a mesa) e escolher um lugar na sala, de forma que possa trabalhar com privacidade;
- “refletindo sobre o texto, vocês vão desenhar a sua própria casa: como vocês a veem neste momento e quais as suas perspectivas de mudanças, reformas ou não”;
- simbolizando suas descobertas nesse cartaz, desenhe, escreva palavras, frases, se necessário, para expressar sua descoberta em relação às seguintes questões:
- Quem sou eu para meus amigos? E para meus familiares?
- Como quero ser com os meus amigos? E com minha família?
3o momento:
À medida que forem finalizando comunicar que pendurem sua casa no varal.
Ao término o animador os convida a circular observando as “casas amigas” colocadas no varal, sugerindo que observem detalhes, busquem refletir o que cada uma lhes traduz. Em seguida retornem a seus lugares.
4o momento:
Em seguida abrir um breve espaço para que comentem a experiência, as descobertas. Solicitar que, ao final da atividade, cada um leve a sua casa como lembrança e, se houver algo que ainda deseje modificar, que o faça com o tempo. Agradecer e encerrar como o grupo desejar.
Obs. Durante a montagem do cartaz poderá ser colocada uma música instrumental suave, como fundo. Este recurso ajuda no recolhimento.
Do livro: Caminhos de Encontro e Descobertas - Técnicas de Dinâmicas e Vivências Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro – Ed. Paulus – 6ª edição.
Texto de apoio: “QUEM SOU EU PARA OS OUTROS?”
Infelizmente hoje em dia, muitos de nós somos como este portão-fechado para os amigos.
Estamos numa época onde falamos muito, mas só falamos “bobeiras” e no fundo, na nossa interioridade de pessoa estamos como que trancados ou fechados.Achamos fácil falar de tudo, mas nunca falamos de nós. E quando falamos ficamos sem graça às vezes ficamos vermelhos ou gaguejamos.
Como são nossas conversas?
Sobre o que falamos e como falamos?
Falamos sobre: namoro, futebol, carros, novelas, filmes, fofocas, assuntos de escola, trabalho, brincadeiras, etc.
Quando alguém sugere um papo diferente, nós ficamos sem graça, disfarçamos, fugimos...
Não queremos “esquentar” a cuca...
Mas será que podemos levar a vida nesta “moleza”?
Será que só esse tipo de papo vai me ajudar a amadurecer, conhecer-me melhor, assumir responsabilidades, escolher, decidir o que realmente quero para a minha vida?
Será que não precisamos nos abrir por dentro?Será que não precisamos abrir a porta de nosso coração?
Nada de “cachorros” que atemorizam o visitante: seu caráter, seu orgulho, seu egoísmo, sua inveja, sua ironia, sua rudeza, sua estupidez.
Que o outro não se retire, suspirando: “Não tive coragem... tive medo que ele me mandasse embora, que risse de mim, que não me compreendesse...”
Nada de longas esperas que desanimam: esteja sempre atento, nem que seja para um cumprimento, um sorriso, um aperto de mão, caso você não tenha tempo para uma conversa. Um instante de intensa atenção basta para acolher o outro.
Nada de “móveis” que impeçam a circulação: mantenha sua casa disponível. Não imponha seus gostos, sua ideias, seus pontos de vista.
Nada de “doações” que custam caro: se você oferece alguma coisa, faça-o gratuitamente e nada espere em troca.
Nada de contrato oneroso. Entra-se e sai-se à vontade, sem formalidades, sem compromissos. A não ser o de Doação sem esperar retorno.