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Dinâmica: “O ENVIO” - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi

Por: Família Missionária

Por estarmos num momento de retorno à Casa do Pai, à comunidade, propomos a dinâmica abaixo. Somos os discípulos de hoje, dispostos a prosseguir o Caminho, pois ”caminhamos na estrada de Jesus e com Jesus”. Então, hoje vamos retomar os passos do Evangelho, renovar propósitos, reorganizar nossa caminhada, reabastecer almas e corações na proximidade com Jesus e com os irmãos de fé. Nesse reinício o chamado e o envio também nos lembram que “somos o sal da terra... a luz do mundo...” Palavras Daquele que aqui nos reuniu.

Objetivo: refletir, através do texto, sobre o critério de Jesus ao realizar o chamado e o envio dos discípulos:

- levando-os a dar-se conta do contexto do Projeto Divino que cerca a missão pessoal e comunitária de cada um: “a vida de cada homem tem um fim único, que o conduz a um único caminho”. (Viktor Frankl)

- considerando a missão => ação libertadora => comunitária => testemunho pessoal, levá-los a refletir sobre o que Jesus pede a cada um hoje?

- pela analogia proposta traçar um paralelo: o envio dos discípulos 2 a 2 e a nossa realidade quanto casal, participantes de uma comunidade, vivendo a missão de chamado e envio, sem que ela perca seu caráter de algo único e irrepetível (pessoal).

Tempo: 60’

Material: para cada casal: texto bíblico e Proposta Casal impressos (modelo anexo), carta envelopada (modelo anexo), uma folha de papel carta, canetas. Para o grupo: uma cartolina, caneta hidrocor preta. Para o dirigente: texto do Papa Francisco (anexo).

Estratégia: Etapa I - Casal

1º momento: 5’

Acolhida e convite à vivência. Orientar: nessa etapa vamos vivenciar a dois.

- convidá-los para que cada casal se acomode, na sala, de forma que mantenham certa privacidade. Solicitar que auxiliem no deslocar das cadeiras.

2º momento: 15’

- distribuir o texto Mc. 6, 7-13 e a Proposta, impressos na mesma folha. Disponibilizar canetas.

- propor que iniciem pela leitura e reflexão do texto para, em seguida, trabalhar os itens da Proposta. Que o façam a dois, mantendo sua privacidade.

Não interferir. Ao término do tempo dar início ao momento seguinte.

3º momento: 15’

Orientar: ainda mantendo a privacidade de vocês, reflitam juntos sobre o conteúdo da carta que irão receber. Caso desejem escrever, usem essa folha de papel carta que ficará com vocês.

- distribuir o material (envelopes, papel carta) de acordo com os nomes subscritos.

 - ao término do tempo, sugerir que coloquem a carta que escreveram no envelope e guardem consigo, como lembrança e prosseguir.

Etapa II - Grupo

Solicitar que retornem para a formação de um círculo.

Orientar: Refletimos a dois, tivemos um momento de interioridade pessoal, agora, vamos refletir em grupo, com o grupo.

Momento único: 15’

Propor que retomem o texto bíblico, vers. 12 e detenham-se nas palavras: “Então, os discípulos partiram”.

- sugerir que reflitam: esse “partir” supõe só um lugar a se dirigir, ou um convite ao movimento interior de cada um? “Partir”... deixar de si mesmo... do comodismo... das dificuldades... das próprias limitações... do grupo de amigos... do simples cumprir tarefas... como está o “partir”de vocês na vivência em comunidade? De quê cada um precisa “partir”? Convidá-los a manifestar-se. Motivá-los para que participem. 

- associando os vers. 12 e 13 à realidade da nossa paróquia, reflitam: para onde é preciso “partir”. A quem é preciso pregar, libertar, curar? (as famílias, os jovens, os adolescentes, os doentes, os abandonados etc.).

- em nossa caminhada comunitária somos chamados às diversas e variadas missões, até mesmo à missão de compreender porque não fomos chamados ou porque fomos chamados para tal missão e não para outra. Lembrando que a missão primeira se deve à família, vamos refletir agora quais chamados tocam mais nosso coração? Quais despertam nosso carisma e desejo de corresponder?

- dar um tempo breve para que reflitam e iniciar a etapa seguinte.

Etapa III - Concluindo

Momento único: 10’

Orientar: “sabemos os diversos e variados chamados do Senhor que tocam o nosso coração. Sabemos também dos dons que Ele mesmo nos concedeu, mas sabemos também das próprias limitações. Então, agora, nesta cartolina, vamos escrever nossa oração pedindo a Jesus, ao Seu Santo Espírito as graças necessárias para realizarmos nossa missão: a graça da sabedoria, da fé, da força, da paciência, do entendimento, da coragem etc. etc...”.

Apresentar a cartolina em branco, a caneta hidrocor, colocá-las em local adequado e solicitar que, um a um, se aproximem e escrevam, de maneira breve as graças que necessitam. Não se importem de escrevê-la novamente caso alguém já a tenha escrito, é a sua prece pessoal.

Ao final, reuni-los no círculo e ler a mensagem do Papa Francisco. Encerrar como desejar ou orando com o grupo as graças pedidas ao Senhor. Agradecer a participação de todos. Caso julgue adequado, utilizar a oração escrita na celebração eucarística como oração do grupo...

Adaptação da dinâmica do mesmo nome do livro: Momentos de Encontro Sacramental – Fé e Vida, Caminhos de Encontro com Deus - de Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro – Paulus Editora – 2004.

MODELO PROPOSTA – tarefa casal

(Sugerimos uma cópia para cada casal)

Texto Bíblico: Mc. 6, 7-13 “A missão dos discípulos”

Jesus começou a percorrer as redondezas, ensinando nos povoados. Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus. Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse ainda: “Quando vocês entrarem numa casa, fiquem aí até partirem. Se vocês forem mal recebidos num lugar e o povo não escutar vocês, quando saírem sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles.” Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo.

Proposta:

- Reflitam o texto, conversem sobre cada passo desse acontecimento. Usem a própria folha para fazerem eventuais anotações.

1 – seguidas vezes o evangelista Marcos nos diz que “Jesus ensinava”. Busquem lembrar-se: o que Ele ensinava? Como ensinava? E hoje, como nos ensina?

2 – refletindo a atitude de Jesus que chamou os doze... Para quê? (incluí-los na sua ação). Por quê? (familiaridade, liberdade, fidelidade à sua Palavra).

3 – dois a dois – o que pode significar (serviço=missão é comunitária? Ajuda mútua?)

4 – dava-lhes poder sobre os espíritos maus (prática libertadora? Como e de quê libertar?)

5 – o que isso significava para os discípulos? E para nós hoje, como batizados, o que esse “poder”pode representar na vivência e convivência matrimonial e familiar de vocês?

6 – ”não levassem nada”... (o fundamental: o própria testemunho de vida, de amor e de confiança em Deus que age na história).

7 – “além de um bastão”... (cajado que se usava como apoio – símbolo de autoridade/comando – o dever de reger e guardar os fiéis, como ovelhas de um rebanho). Hoje utilizado pelos Bispos.

8 – “andassem de sandálias”- simplicidade – olhar mais o interior do que o exterior.

9 – “fiquem aí até partirem”- não pela estabilidade, mas para possibilitar a formação de uma comunidade que prossiga os ensinamentos da Boa Notícia.

10 – “Se forem mal recebidos... sacudam a poeira dos pés como protesto” – encontrarão oposições. O gesto testemunha o julgamento de Deus sobre os opositores do Seu projeto.

11 – Agora associem o momento refletido ao Sacramento da Ordem. Quais as semelhanças? Como veem a vida sacerdotal/religiosa consagrada? Estimulam sua vivência na convivência familiar? E na comunitária?

12- associando o momento refletido ao Sacramento do Matrimônio à missão de vivenciá-lo na dimensão do sagrado, o que parece mais difícil: a convivência harmoniosa do humano/sagrado? O cumprimento de cada elo da Aliança/Missão matrimonial? O permitir e estimular o/a outro/a o desabrochar de seus dons e carismas?

- o que gostariam de dizer um ao outro?

Guardem as anotações de vocês como lembrança. Obrigada pela participação.

MODELO CARTA

Sugerimos cópia para cada casal, envelope subscrito com o nome de cada um.

De: Jesus

Para: (escrever nome do casal)

Envio, por meio desta, a minha palavra, a minha benção para fazer-me Presença entre vocês.

Lembram-se do dia em que passei pela vida de cada um de você? Experimentaram o meu chamado? O meu amor? Então, vocês são minhas testemunhas.

Relembrem esse dia, contem um ao outro como e quando isso aconteceu.

Como está acontecendo agora? A que os enviei? Neste “envio” o que lhes tenho proposto? O que cada um tem levado consigo? Conversem sobre isto, sem pressa, sem receios...

Como está a missão dos dois na própria vida do casal? A isto também os chamei... Sentem falta de algo? Busquem ajuda um no outro. Por isso os enviei a dois...

O que tem significado “o bastão” para um e para o outro? Compreendem minha linguagem? O que faz no coração de vocês, a minha Palavra? E no coração dos outros?   

Estendo o meu olhar sobre a vida... vejo pessoas tão diferentes... apressadas... passivas... felizes... cansadas... Muitos fazendo sofrer os que amam... Muitos amando os que sofrem...

Vejo pessoas convivendo com o poder, aquele mesmo que se detém mais na beleza da moldura que na própria estampa da vida. Vidas sufocadas... almas aprisionadas...

           Alguns falam de bens... criam necessidades... prisões... Outros fazem o bem... socorrem necessitados... libertam... Uns dão ordens sem poder... outros, poder, sem ordem... Mas há outros que vivem a ordem, apreendem as lições que a vida trás... Há olhos que não têm corações, mas há corações que olham, enxergam e sentem... 

 Eu os enviei dois a dois. Transformem-se, curem-se, libertem-se. Ajudem-se mutuamente.

O quê transformar? O quê curar? De quê libertar-se? Meus discípulos experimentaram esse aprendizado. Também vocês são o “meu sinal”, o “meu sacramento” acontecendo neste mundo.

            Eu os enviei dois a dois. Mas, diga-me: à que você percebe que ele foi chamado? E ela, o que você acha? Por quê?

            Percebem a beleza dos dons do Pai acontecendo em cada um? E nos dois? E na família? Agora me digam: como vocês tem se ajudado, para que cada um responda ao meu chamado?

            Vocês foram enviados a colocar as mãos e os corações na mesma luta. São diferentes mãos com corações diferentes, diferentes entregas, eu sei, mas no encontro se completam, se ajudam, realizam... Mas, o que peço para vocês hoje? A que os envio? Aceitam...

            Que minhas bênçãos renovem as graças do matrimônio de vocês, fortalecendo-os em sua missão pessoal, familiar e comunitária. Que o Amor do Pai toque, com ternura, todos os corações...

            Aguardo a resposta de vocês, Jesus

MODELO MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO

«Deu-lhes poder sobre os espíritos malignos»

Vivemos um momento de crise que toca vários setores da existência humana, não só o da economia, das finanças, da segurança alimentar, do ambiente, mas também o do sentido profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam. Também as relações humanas são marcadas pelas tensões e conflitos que provocam insegurança e dificuldade para encontrar o caminho para uma paz estável. Nesta complexa situação, onde o horizonte do presente e do futuro parecem envolvidos por nuvens ameaçadoras, torna-se ainda mais urgente levar com coragem a cada realidade o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio da força do amor de Deus, que é capaz de vencer as trevas do mal e de nos conduzir para o caminho do bem. O homem do nosso tempo tem necessidade de uma luz segura que ilumine o seu caminho, e que só o encontro com Cristo pode dar. Levemos a este mundo, com o nosso testemunho, com amor, a esperança dada pela fé!

O carácter missionário da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor. A Igreja – repito uma vez mais – não é uma organização assistencial, uma empresa, uma Organização Não Governamental (ONG); é uma comunidade de pessoas que, animadas pela acção do Espírito Santo, viveram e vivem o espanto do encontro com Jesus Cristo, desejando partilhar esta experiência de profunda alegria, partilhar a Mensagem da salvação que o Senhor nos trouxe. É o próprio Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho. Queria a todos encorajar a tornarem-se anunciadores da Boa Notícia de Cristo.

Comentário do Papa Francisco (Mensagem para o Dia mundial das missões 2013 (trad. © coyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) in Evangelho Quotidiano 06/02/2014.





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