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A Ceia Fotografada - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi

Por: Família Missionária

Projetada para casais, adequada para o momento Pascal que vivenciaremos proximamente, pode ser adaptada para grupos de jovens e adultos solteiros, nesses casos utilizando o paralelo com a vivência do Sacramento do Batismo.

Tempo: 90’

Objetivo: relacionar a Ceia Eucarística com a ceia da família humana:

- motivando os casais à reflexão sobre a vivência do Sacramento da Eucaristia inserido na vivência do Sacramento do Matrimônio;

- fazendo um paralelo entre os diferentes momentos da Ceia Eucarística e a ceia familiar: convite, encontro, acolhida, serviço, alimento, alegria, realidade celebrada, partilha, unidade, afeto e buscando o sentido do ritual de ambos;

- refletindo sobre o sentido do pão/vinho na ceia eucarística e relacionando este sentido ao pão/vinho na ceia familiar; - levando-os a dar-se conta do compromisso pessoal de “ser pão”; estendendo essa reflexão para o “ser pão” na família e na comunidade;

- mobilizando-os à percepção da Ceia Eucarística como memorial e vivência contínua, sempre nova; - estabelecendo um paralelo deste memorial com a memória, a história e a vida da família, como família humana e como “família de Deus”, Seu povo, Sua comunidade;

- relacionando a Bíblia (História da Salvação) com o “álbum” da história da família, também como povo de Deus, comunidade;

- refletindo o sentido do pão na ceia familiar e relacionando este pão ao sentido do álbum da família (no pão, o símbolo da ceia familiar; no álbum da família, o símbolo da sua história, como família e como comunidade);

- retratando no álbum da família, sua busca e caminhada divina nas diversas celebrações da vida: Batismo, 1ª Eucaristia, Crisma, Matrimônio, Ordem. Comemorações em família, da unidade, da fraternidade e da fé, vivências do amor: nascimentos, aniversários, bodas, formaturas, Natal, Páscoa, lutas e conquistas. Fotos de atuação e pertença à comunidade (do ser Igreja), festas, celebrações, trabalhos e missões comunitárias, etc.

{a Bíblia - o divino na caminhada humana {o álbum - o humano em busca do divino Material: para cada casal: texto bíblico de apoio e Proposta de reflexão do casal, impressos. Para o grupo: fotos (Xerox) de cenas familiares e comunitárias em situações diversas (conf. objetivo) e uma foto (Xerox) da capa de uma Bíblia. Papel cartão duplo para a montagem de um porta-retratos, tesoura, grampeador, cola, canetas, toca fitas e música apropriada ao tema. (Providenciado pelo animador).

Estratégia: Etapa I - Pessoal/Casal

1º momento: 5 minutos

- acolhida pelo casal animador, apresentar-se e sugerir uma breve apresentação dos participantes, caso não se conheçam; - convidá-los ao trabalho, orientar: “vamos vivê-lo em etapas, com propostas diferentes a cada uma”;

- “nesta primeira etapa cada casal deve se acomodar na sala de maneira que possa manter sua privacidade;”

- se necessário, auxiliar a acomodação de todos.

2º momento: 20 minutos

- após as acomodações: - distribuir os impressos: texto bíblico de apoio e Proposta de reflexão para cada casal;

- solicitar que iniciem pela leitura e reflexão do texto para, em seguida, trabalhar os itens da proposta; - comunicar o tempo disponível, insistir para que cada casal mantenha a sua privacidade; deixá-los a vontade;

- ao término desta etapa, convidá-los a formar um único círculo.

Etapa II - Grupo 1º momento: 25 minutos

Lembrar que na primeira etapa todos tiveram oportunidade de refletir a dois, como casal, o que também permitiu um momento de interioridade pessoal. Convidá-los agora, a partilhar em grupo e com o grupo a proposta da segunda etapa. Agora, motivados pelo mesmo texto, vamos refletir nosso “ser comunidade” (ser família de Deus). Apresentar as questões de forma ordenada, espaçada, motivando-os a manifestações:

1 - “Quando chegou a hora Jesus se pôs à mesa com os apóstolos... ‘Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal... nunca mais a comerei até que ela se realize no Reino de Deus’.”

- Pensemos nessa “hora”... nos apóstolos... e em Jesus... Pensemos na nossa hora, no nosso momento como discípulos de hoje, na mesa/comunidade de Jesus: como nos sentimos?

- A hora de Jesus comer conosco esta ceia pascal... até que ela se realize no Reino de Deus... supõe um espaço de tempo entre o agora e a eternidade: o que Jesus nos propõe para vivenciar nesse agora, nesse espaço de tempo?

- “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”: nossa transcendência é oferta total de Jesus. E nós, o que precisamos ofertar para merecê-la?

- Ao celebrar a ceia Jesus revela aos discípulos seu propósito: fazer da ceia a celebração da Nova Aliança, o sinal de sua Presença definitiva entre nós e conosco: “Fazei isso em memória de mim”; E eles fizeram. Cada um no contexto da realidade que o cercava. Cada um com sua história pessoal de vida e de fé. Em nome de Jesus, acolhiam, reuniam-se para partilhar o Pão, compartilhar a vida e a fé que celebravam, ensinavam, curavam, libertavam, pregavam, batizavam, formavam comunidades: e para nós, o quê tem significado “Fazei isso em memória de mim”?

2 - A Igreja = A sala da Ceia

- como participamos dessa “sala” hoje? O que temos levado para celebrar com Jesus? E com os irmãos?

- já paramos para pensar que cada irmão, presente na Igreja, tem uma história de vida? Temos buscado perceber no seu semblante, nos seus gestos, a sua história? Como os acolhemos?

- que lugar Jesus ocupa na nossa história? E na história de nossos irmãos? 3 - Vamos refletir e conversar sobre a relação que existe entre a nossa história e o “ser pão”, “ser comunidade”? - há os que tocam o Pão Eucarístico e vêem apenas o pão, sem atingir sua essência... seu sentido... sua história. Há os que tocam o pão comunidade e vêem apenas pessoas, sem alcançar seu ser... sua essência... sua história; - como tocamos Jesus no Pão? E o irmão, no pão comunidade? - que pão temos partilhado na comunidade?

- que pão temos recebido da comunidade? 4 - Na comunidade, como “botamos a mão na massa” para dar-lhe o formato, a identidade e o sabor de “comunidade”, de “família”?

- que passos podemos registrar como nossa história de vida em comunidade? 5 - O “Pão da Palavra” nos motiva à transformações interiores? - quais já aconteceram em nós em relação à convivência em comunidade? O quê ainda falta transformar?

- consigo viver e espalhar a Palavra apreendida na celebração? 6 - O “Pão da Palavra” e o “Pão Eucarístico” marcam a nossa vida, constroem nossa história pessoal, familiar e comunitária. Assim, como povo de Deus, também celebramos os diversos momentos significativos da nossa história.

- vamos agora, mencionar algumas das celebrações que lembramos ter realizado na nossa vida, nas dimensões humana e divina. Motivá-los à manifestações, em seguida questionar:

- com que propósito as celebramos? - que sentimentos despertam em nós?

Etapa III - Realizando

1º momento: 20 minutos

Convidá-los a realizar uma tarefa em grupo: motivados pela reflexão que vivemos, vamos registrar em um grande Porta-Retratos, cenas das nossas celebrações na dimensão humano-divino do nosso ser pessoa, casal, família e comunidade; - apresentar material e orientar. Deixar que se organizem. Participar, motivando... Obs. Se necessário, citar as celebrações descritas no último item do objetivo.

2º momento: 10 minutos

Acomodar o porta-retratos elaborado pelo grupo de forma a facilitar a formação de um círculo do qual ele faça parte. Convidá-los a dar-se as mãos, o primeiro e o último tocarão o porta retratos, e explicar: “neste porta retratos registramos várias celebrações da vida humana coroada pela presença divina ou em busca de vivenciar essa presença. Mas estas fotos não são nossas, representam nossa experiência. Então, para autenticá-las com nossa própria vida, cada casal, vai registrar, no porta retratos, seu próprio nome e o de seus filhos. Cada um escolhe o lugar que desejar, escreve e volta para o círculo, os outros permaneçam de mãos dadas, em silêncio.”

- colocar música de fundo, volume baixo (sugestões: Ninguém te ama como Eu; Meu coração é para Ti; Comei Tomai; Tu és a razão da jornada) até que todos vivam o momento;

- ao término, prosseguir: “acabamos de registrar neste porta-retratos a celebração de nossa vida com Jesus, agora, vamos encerrar este momento com a oração que Ele mesmo nos ensinou. Iniciar a oração do Pai Nosso.” Desejar que Deus ilumine a vida de cada um.

3º momento: 5 minutos (Opcional)

Sugestão: esse Porta-Retratos poderá ser exposto na Igreja ou ser utilizado na procissão de entrada na celebração Eucarística com a participação do grupo. Simboliza a entrega da nossa história de vida e de fé, unida a Jesus, para celebrarmos, na Trindade Santa, a ação de Graças a Deus (Eucaristia).

Etapa IV

– Compartilhando momento único: 5 minutos

- agradecer a participação de todos e propor: “como foi viver esta experiência?” Deixar livre para que se manifestem.

Inspirada no livro: Da ceia ao Pai Nosso - Para orar os passos da Paixão - R. Paiva, Sj - Ed. Loyola - SP - Br. 1996

Texto bíblico de apoio - Dinâmica: “A Ceia fotografada”

Chegou o dia dos Ázimos, em que se matavam os cordeiros para a Páscoa. Jesus mandou Pedro e João, dizendo: “Vão, e preparem tudo para comermos a Páscoa.” Eles perguntaram: “Onde queres que a preparemos?” Jesus respondeu: “Quando vocês entrarem na cidade, um homem carregando um jarro de água virá ao encontro de vocês. Sigam a ele até a casa onde ele entrar, e digam ao dono da casa: “O Mestre manda dizer: ‘Onde é a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer a Páscoa?’ Então, ele mostrará para vocês, no andar de cima, uma sala grande, arrumada com almofadas. “Preparem tudo aí.” Os discípulos foram, e encontraram tudo como Jesus havia dito. E prepararam a Páscoa. Quando chegou à hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos. E disse: “Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal, antes de sofrer. Pois eu lhes digo: nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus.” Então Jesus pegou o cálice, agradeceu a Deus, e disse: “Tomem isto, e repartam entre vocês; pois eu lhes digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus.” A seguir, Jesus tomou um pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vocês. Façam isso em memória de mim.” Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança do meu sangue, que é derramado por vocês” Lc 22,7-20 Proposta para Reflexão dos casais Baseados na reflexão do texto bíblico e trazendo seu sentido para a vida pessoal e conjugal, conversar a respeito de cada item, usando, sempre que desejarem, a própria folha da proposta para fazer suas anotações. 1 - ceia eucarística = ceia familiar, dos irmãos em Cristo = momento do encontro, da refeição, do serviço, da entrega, da partilha, do compromisso, da acolhida, da vivência do sacramento (sinal) do amor e da presença viva de Deus Trino. E a ceia familiar (família biológica)? Com que sinal a temos marcado? Que papel cada um de nós tem nessa ceia? 2 - Altar = mesa da ceia divina = local da entrega e do encontro, preparado para acolher a todos, cada um tem o seu lugar, o direito ao espaço, ao convite, a acolhida, ao alimento. E a mesa da ceia familiar (família biológica)? Tem cumprido seu papel? 3 - o pão = trigo triturado, água, sal, fermento. Mas é preciso “botar a mão na massa” para dar-lhe o formato, a identidade e o sabor de “pão”. - o que pode significar na vida em família “triturar o trigo”? E no matrimônio? - na família como “botamos a mão na massa” para dar-lhe o formato, a identidade e o sabor de “família”? 4 - Jesus se fez “pão” por nós, para que nós nos fizéssemos pão para o irmão... Há pães amanhecidos... endurecidos... ultrapassados... esquecidos... sem sabor... - que tipo de pão temos sido um para o outro? E para a família? - como ajudamos o outro a ser pão? - como temos partilhado nosso ser pão? 5 - o vinho = as uvas precisam ser “amassadas”, é preciso “extrair” delas a sua essência. O “bagaço” não serve. Uma só das uvas não seria suficiente, só unidas conseguem transformar-se em vinho, com uma só textura, um só sabor. - e na nossa vida de casal? Nos unimos para extrair de cada um de nós, a essência? Que sabor tem a nossa essência? Alegria? Amizade? Amor? Entrega e acolhida?... Que sabor de vida conjugal temos passado aos nossos filhos? Crêem no amor, na vida conjugal como vivência do Sacramento do Matrimônio? - há alguma essência da qual vocês sentem falta? Pensem, e depois conversem um com o outro. - lembrem-se agora, de todas as essências que têm recebido, um do outro. Agradeçam um ao outro, relatando os benefícios que lhes trouxeram. 6 - o pão e o vinho da ceia nos alimentam para a missão. O pão e o vinho que somos também nos destinam à missão. - qual é a nossa missão na família? Através da família o que Jesus nos pede hoje? 7 - na Ceia Eucarística celebramos a Vida, a Morte e a Ressurreição de Jesus. - a partir desta celebração que sentido tem para nós a ceia da vida matrimonial? 8 - “Também se celebra para recordar um acontecimento e fazê-lo presente, vivo, real. O homem é chamado a celebrar tomando o fato no “hoje”, é convocado a entrar nesse espaço, atravessar o caminho da vivência, carregar a história, marcar seu feito, guardar gravado seu momento”. (11*) - a Ceia Eucarística está retratada na Bíblia, que registra a história da caminhada humana do Povo de Deus, sua busca e relação com Ele, é a História da Salvação, a nossa história. As ceias e celebrações familiares, retratadas em “álbum”, também registram os passos da nossa história humana e divina, como pessoas, como casal, como família. É a História da Família, registra nossa caminhada de vida e de fé, inserida na vivência do Sacramento do Matrimônio. - procurem recordar-se, agora, das tantas celebrações que marcaram a vida conjugal e familiar de vocês. Como as registraram? (fotos, vídeos, objetos [símbolos do fato celebrado], cartões, mensagens, diários, etc.) - nos lembramos de “curti-la” e passá-la para os nossos, relembrando a importância das pessoas, dos laços familiares, das celebrações, das lutas e conquistas, acontecimentos que marcaram os passos da nossa história de vida e de fé? - há quanto tempo não revemos nossa própria história? Sugestão: guardem suas anotações, elas simbolizam o cultivar da essência do amor que há em cada um de vocês, amor que busca, sempre, viver e partilhar o “ser pão e vinho”, refletindo a vivência sacramental do seu ser casal.

(11*) do livro: Caminhos de Encontro e Descobertas, dinâmicas e vivências - Biffi, S. e De Chiaro, R. - Ed. Paulus - SP Br. 1998 - 4ª ed. pg. 89  Do livro: Momentos de Encontro Sacramental - Fé e Vida, Caminhos de Encontro com Deus - Sonia Biffi & Rosabel De Chiaro, Paulus Editora - 2004

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