<![CDATA[Família Missionária]]> http://familiamissionaria.com.br/ pt-BR Família Missionária http://www.familiamissionaria.com.br/images/layout/logo.png http://familiamissionaria.com.br/ [10/7/2014] - . http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=2321 10/7/2014 [13/5/2012] - "Que a saúde e difunda sobre a terra" http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=843 13/5/2012 [1/3/2012] - Movimento Apostólico de Schoenstatt http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=667 O que é o Movimento Apostólico de Schoenstatt

O Movimento de Schoenstatt está entre os rebentos de vida carismática na igreja de nosso tempo. Fundado em 1914, pelo Padre José Kentenich (1885-1968), estendeu-se a todos os continentes.

A espiritualidade do Movimento de Schoenstatt quer ajudar as pessoas a terem uma profunda vivência de fé. Para isso, através de uma Aliança com a Virgem Maria, procura experimentar a Deus como Deus da vida e da história, que com amor de Pai providente e misericordioso, conduz os homens.

O Movimento de Schoenstatt está entre os rebentos de vida carismática na igreja de nosso tempo. Fundado em 1914, pelo Padre José Kentenich (1885-1968), estendeu-se a todos os continentes.

A espiritualidade do Movimento de Schoenstatt quer ajudar as pessoas a terem uma profunda vivência de fé. Para isso, através de uma Aliança com a Virgem Maria, procura experimentar a Deus como Deus da vida e da história, que com amor de Pai providente e misericordioso, conduz os homens.

Esta experiência revela também a Deus como um Pai que nos chama a seguir Cristo, tornando-nos co-responsáveis por Sua Igreja, para serví-la como instrumentos e apóstolos, e para construir uma nova ordem social. Para o cumprimento desta tarefa as comunidades de Schoenstatt oferecem vigorosos impulsos. Entre os membros encontram-se jovens, homens, mulheres, sacerdotes e grupos de famílias.

O núcleo central ou básico é constituído de vários Institutos Seculares. A origem e o ponto de união internacional do Movimento é o Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em Vallendar, às margens do Rio Reno. Na Alemanha há centros de Schoenstatt em quase todas as dioceses.

Da sua História

Schoenstatt nasceu em 1914, logo após ter iniciado a Primeira Guerra Mundial, num colégio palotino em Vallendar, pequena cidade junto ao Reno.

O seu começo foi insignificante: com um punhado de jovens estudantes. Porém, este pequeno grupo atraiu pouco a pouco outros adeptos.

Ao fim da Guerra, em 1919, funda-se o Movimento Apostólico de Schoenstatt, no qual muito em breve ingressariam as primeiras mulheres. Nos anos de 1920 e 30, em forma progressiva, desenvolveu a direção externa de uma ampla rede de organização que oferecia várias possibilidades de participação. Em direção interna, o crescimento foi lento, criando uma espiritualidade que, por sua identidade original, mostrou-se como algo novo entre as escolas espirituais da Igreja.

Após anos de luta com o nazismo, em 1941, o fundador, com alguns de seus colaboradores, foi levado prisioneiro ao campo de concentração de Dachau, onde apesar das circunstâncias, realizou um fecundo apostolado entre sacerdotes e leigos de diferentes nações.

Depois de sua libertação, em 1945, o Pe. Kentenich iniciou uma série de viagens por vários países do mundo, com os quais enraizou Schoenstatt em povos além da Europa. Isto ocorreu especialmente na América do Sul, onde hoje a obra, excluindo a Alemanha, tem a mais importante presença.

Em 1948, uma comunidade Schoenstattiana - as irmãs de Maria - são erigidas canonicamente como o primeiro Instituto Secular alemão. Com ele, pela primeira vez, expressa-se uma confirmação oficial ao mais alto nível, em torno da autenticidade de Schoenstatt como uma nova célula de vida eclesial.

Justamente este caráter eclesial de Schoenstatt ia ser duramente provado no tempo vindouro. Uma visitação canônica, com intervenção do Santo Ofício de então, significou a mais dolorosa prova que até este momento Schoenstatt havia sofrido. A primeira medida do visitador enviado por Roma, foi a destituição do fundador e seu exílio nos Estados Unidos, determinação que ele obedeceu imediatamente.

Após 14 anos, no final do Concílio, em 1965, foi chamado de volta e reabilitado pelo Papa. O Cardeal Bea, que a muito tempo estava vinculado ao Movimento, disse ao Pe. Kentenich, naquela ocasião: "Sem o Concílio o senhor nunca havia sido compreendido". Depois o fundador teve uns três anos de trabalho intenso e sem interrupção, os quais dedicou a sua Obra que, entretanto, tinha alcançado uma expansão em muitos países.

Os anos de exílio haviam permitido a Schoenstatt crescer em profundidade. Agora chegavam os dias de um surpreendente desenvolvimento em amplitude. O Pe. Kentenich faleceu em 15/09/1968, na Igreja que foi construída à Ssma. Trindade no Monte Schoenstatt. Iniciava para ele uma nova forma de atuar, uma nova época.

Da sua Espiritualidade

O fundador, Pe. José Kentenich, a caracteriza como a aspiração a "uma perfeita aliança de amor, que recebeu seu cunho original de uma perfeita fé na providência e que resulta numa perfeita consciência de missão (apostolado)". Umas citações explicam estes conteúdos:

       - "Possui Schoenstatt uma mensagem? Em que consiste? - Sim, a tem e esta é: conduzir novamente o mundo a uma profunda Aliança com a querida Mãe de Deus, para que a Aliança de Amor com o Pai, o Filho e o Espírito Santo chegue a ser indelével, profunda e indestrutível e que como tal conserve para sempre. O amplo horizonte do mundo está ante nós e nos recorda que não só lutamos por uma nova concepção de sociedade, mas que também queremos todo o mundo novo. A carência de alma e o não sentido do mundo superam-se na medida em que estamos penetrados desta convicção: Nosso Deus selou uma aliança com Suas criaturas... O pensamento da aliança tem deixado raízes tão profundas em nossa consciência e em nosso sentimento vital que, sem vacilar, o podemos designar como nossa forma fundamental, nossa orientação fundamental, nossa força fundamental e nossa norma fundamental".

      - "Vamos aos povos como portadores e divulgadores da alegre notícia da fé prática na Divina Providência...mas devemos estar atentos: Schoenstatt, de acordo a sua missão própria, tem uma concepção da fé na Providência que se perfila por um marcado caráter ativo-masculino. Assim, em todo o momento é capaz de interpretar os sinais os dos tempos e outras vozes de Deus, como um encargo de tarefas precisas. Não se reduz, portanto, àquela atitude mais receptiva, própria da metafísica feminina, que disse: ´fiat - sim´; senão que assume também, em uma atitude dinâmica que impulsiona adiante, a criatividade organizadora típica da metafísica masculina que diz: ´Volo - quero´. Schoenstatt distancia muito de entregar sem luta, aos filhos deste mundo, um setor de existência após outro para que eles os manejem a seu bel prazer. Mas tenta intervir - claro que está sempre orientando-se pelo desejo e o querer de Deus - na engrenagem histórica no mundo e da Igreja".

Nosso apostolado "fundamenta-se nos sacramentos que imprimem caráter indelével e que nos incorporam misticamente na corrente missionária do homem - Deus... Enquanto mais violentamente a pessoa e a comunidade estão expostas à sugestões do ambiente e da massa, mais vigorosamente queremos cultivar o desenvolvimento criado em nossa consciência de missão, de envio. Essa consciência deve apoderar-se por inteiro da intimidade da pessoa, vencer a indolência e os respeitos humanos e encher-nos de entusiasmo por um abnegado serviço aos homens...Certamente Deus poderia, se o quisesse, reimprimir Ele mesmo no mundo, os traços de Cristo. Mas Ele não o quer assim. Em razão de um profundo respeito pela liberdade de Suas criaturas espirituais. Ele quer atuar por meio de instrumentos livres. Ele quer a nossa pessoa, a nossa cooperação. Isto temos sustentado e anunciado sempre e o temos formulado da sentença: "Nada sem ti, Santíssima Trindade, mas tão pouco nada sem nós, teus instrumentos..."

José Kentenich

 

 

Fonte:  http://www.santuariodojaragua.com.br/

 


 

 

O início da Campanha da Imagem Peregrina

João Pozzobon em frente ao Santuário com a Imagem (de 11 kg) que o acompanhou durante toda a vida.

 

“Seja um bom cristão; mas, para o apostolado fecundo, isso não é suficiente, é preciso heroísmo.”

 

 

 

João Luiz Pozzobon nasceu em 12/12/1904 em Ribeirão, uma aldeia serrana do Rio Grande do Sul.

Com 10 anos foi internado na Casa Paroquial de Vale Vêneto para estudar o curso primário. Após 10 meses voltou para casa para trabalhar.

Ingressou no serviço militar, ocultando que sofria de deficiência visual, "apenas para aprender", mas na linha de tiro o problema foi detectado e ele foi desligado imediatamente.

Voltou para casa e ajudou ao pai e às obras da Igreja.

Com 23 anos casou-se e foi morar em Restinga Seca. Pouco tempo depois sua mulher adoeceu gravemente e eles resolveram se mudar para Santa Maria para que ela pudesse ser melhor atendida. Já tinham, nesta época, dois filhos. Pouco tempo depois, ficou viúvo.

Casou-se novamente 6 meses depois. Montou um armazém e teve mais 5 filhos.

Conheceu o Movimento de Schoenstatt através do Padre Celestino Trevisan, irmão do Padre Máximo Trevisan.

Ficou sabendo pelo Pe. Celestino da vontade de se construir em Santa Maria um Santuário igual ao da Alemanha. Soube também das Graças do Santuário e da vida do fundador, Pe. José Kentenich.

Durante um Retiro, o Pe. Celestino e a Irmã Terezinha falaram sobre a importância da reza do Santo Rosário. Com a finalidade de estimular a Campanha do Terço, mandaram fazer umas imagens grandes da Mãe e Rainha, para que fossem levadas em romaria, de família em família, na paróquia.

Era 10 de setembro de 1950. Foram benzidas duas imagens e a Irmã Terezinha convidou o Sr. João para rezar o primeiro Rosário em família. Após a reza a Irmã lhe disse: "Esta Imagem fica ao seu cuidado. Não é preciso que reze o terço todas as noites. Cuide apenas que ela seja levada de casa em casa." Seu João levava então um caderno onde anotava o dia em que a Imagem chegava a uma família, o nome do lugar, se os pais eram casados, o número de filhos, se eram batizados, etc.

Noite após noite, sem falhar nenhuma, passou a levar a Imagem de casa em casa. Dedicava a essa tarefa duas horas de seu dia, que havia prometido à Virgem Maria. Inverno ou verão. Com chuva, sol ou noite clara. Seu João se molhou muitas vezes mas a Imagem ia sempre coberta, durante as chuvas.

Dizia João Pozzobon: "No ano de 52, compreendi que se tratava de uma missão que me confiavam e disse à Mãezinha: 'Tenho sete filhos, tenho uma esposa e tenho que dar contas a Deus de meus filhos e de minha esposa. Porém, se for vontade de Deus e tua, um homem só pode mover o mundo inteiro."

No verão de 1952, seu João se encontrou com nosso fundador Pe. José Kentenich.

A Imagem que seu João levava pesava 11 quilos e sua maleta com objetos de uso pessoal pesava 8 quilos. Ao todo, seu João carregava diariamente 19 quilos. Costumava andar 15 quilômetros por dia, com a Imagem sobre o ombro esquerdo. Esse hábito lhe causou um calo no ombro e duas costelas deslocadas, ao longo de vários anos de caminhada.

Seu João nunca parou de levar a Imagem, mesmo doente, sem dormir e cansado. Várias vezes, para não perder o horário de chegada, comia pelo caminho, enquanto andava.

Em 27/06/85, João Pozzobon foi atropelado por um caminhão numa estrada, a caminho da Missa, a 50 metros da entrada do Santuário, com a Imagem da Mãe Peregrina. Suas últimas palavras foram: "Misericórdia, Senhor! Mãe, misericórdia! Eu vou morrer! Me ajudem, eu não posso mais!"

 

 

"Se um dia me encontrarem morto à beira da estrada, saibam que morri de alegria."

 

Seu João Pozzobon carregou a Imagem da Mãe Peregrina, de 11 quilos, por 35 anos, numa caminhada de, aproximadamente, 140.000 quilômetros.

(Baseado nos livros "140.000 Km a caminho com a virgem" e "Herói hoje, não amanhã", ambos do Pe. Esteban J. Uriburu.)

A Campanha da Imagem da Mãe Peregrina, idealizada por Seu João, tem o intuito de visitar, abençoar e conceder graças a trinta famílias durante um mês, ficando um dia em cada casa.

Para receber a Imagem da Mãe Peregrina em sua casa, entre em contato com os Santuários da Mãe e Rainha da Vila Mariana ou de Atibaia.

Hoje existem aproximadamente 120.000 Imagens Peregrinas visitando 3.600.000 famílias só no Brasil, e muito mais espalhadas em 90 países do mundo.

Centenário de João Pozzobon:

Este ano comemoramos o centenário de nascimento do Sr. João Pozzobon, com eventos em todas as partes do mundo. No Brasil a Empresa de Comunicações Sercomtel de Londrina saiu à frente nas comemorações e emitiu 20 mil cartões telefônicos alusivos aos cem anos de nascimento do iniciador da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Os dez mil cartões, da primeira tiragem, foram vendidos antes mesmo da data de lançamento, o que demonstra o grande interesse da população em participar desta homenagem.



Cartão de telefone em homenagem ao centenário


Os cartões podem ser adquiridos nas centrais de vendas, bem como nos Centros do Movimento Apostólico de Schoenstatt. O preço é o mesmo dos cartões comuns. Não se deixe enganar!

Se deseja ter o seu, procure logo, pois, a segunda tiragem também já está sendo vendida.

Oração para canonização do Diácono João Pozzobon:

Deus, nosso Pai, fizeste de João Luiz Pozzobon um esposo e pai exemplar, um amigo dos pobres e um incansável peregrino. Ele dedicou a sua vida a levar a Mãe e Rainha às famílias, hospitais, escolas e presídios, rezando o terço.

Por isso Pai, confiante peço que, se for da Tua vontade, este Teu servo seja canonizado e, por sua intercessão, eu possa receber a graça que tanto necessito: (pedir a graça...)

Assim rezo com Maria, a Grande Missionária, para a Tua Glória, o florescimento da Igreja e a santificação das famílias. Amém.

(Rezar Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.)

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1/3/2012
[5/1/2012] - Sociedade de São Vicente de Paulo - Conferências Vicentinas http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=535 Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), também conhecida por Conferências de São Vicente de Paulo ou Conferências Vicentinas, é um movimento católico de leigos que se dedica, sob o influxo da justiça e da caridade, à realização de iniciativas destinadas a aliviar o sofrimento do próximo, em particular dos social e economicamente mais desfavorecidos, mediante o trabalho coordenado de seus membros.
História institucional


A organização foi fundada em Paris a 23 de Abril de 1833, por um grupo de sete jovens universitários liderados por Frédéric Antoine Ozanam (1813-1853), estudante de Direito na Universidade de Sorbonne, um jovem na época com apenas 20 anos de idade. A organização adoptou São Vicente de Paulo (1581-1660) como patrono, inspirando-se no pensamento e na obra daquele santo, conhecido como o Pai da Caridade pela sua dedicação ao serviço dos pobres e dos infelizes. O lema da organização assenta na frase de São Vicente de Paulo: A caridade é inventiva até ao infinito.
 

Os fundadores foram:
• Antônio Frederico Ozanam (1813-1853)
• Auguste Le Tailladier (1811-1886)
• François Lallier (1814-1887)
• Paul Lamache (1810-1892)
• Félix Clavé (1811-1853)
• Jules Devaux (1811-1881)
• Emmanuel Bailly (1794-1861)
 

Biografia do Fundador - Frederico Ozanam
(1813-1853)

 
Frederico Ozanam nasceu a 23 de Abril de 1813, em Milão (Itália). Filho de Jean-Antoine, médico prestigioso, cuja fama profissional não o impedia de assistir doentes indigentes, com o mesmo cuidado e afabilidade reservados aos pacientes da alta condição social, e de Marie Ozanam, também dedicada à assistência dos pobres e enfermos. Frederico respira desde o nascimento o profundo espírito de caridade compartilhado pelos seus pais.
Depois de uma infância muito protegida em Lião, Frederico entra no colégio em 1822 para começar os estudos secundários. Estudante brilhante e leitor insaciável, aos 17 anos conhece várias línguas: grego, latim, italiano e alemão, e inicia um curso de hebraico e sânscrito. De espírito sensível e preocupado, é apaixonado pelo estudo da Filosofia, consumindo-se com frequência numa investigação existencial e espiritual, que jamais abandonará.
Em 1831, Frederico, erudito jovem de província, chega a Paris para estudar na Sorbona. Em pouco tempo converte-se num assíduo frequentador dos ambientes intelectuais (entre os quais o salão de Madame Récamier) e começa a colaborar com jornais e revistas. Apesar da sua timidez e do comportamento simples, emergem com clareza tanto a sua profunda humanidade como o seu rigor moral: a sua imensa cultura, as suas opiniões actualizadas e o seu catolicismo empenhado tornam-no rapidamente uma personalidade relevante. Frederico dedica a sua formidável eloquência a moderar os debates sobre religião e política, num círculo literário estudantil chamado «Conferência de história», do qual é porta-voz. Certa tarde, depois de sair vencedor de um debate com um estudante socialista sobre o compromisso social dos católicos, anuncia a um amigo a intenção de realizar finalmente um projecto, que há tempo lhe era muito querido: uma «Conferência de caridade», uma associação de beneficência para a assistência dos pobres, «a fim de pôr em prática o nosso catolicismo».
Desta maneira, em Maio de 1833, com apenas 20 anos, Frederico funda, juntamente com seis companheiros, as Conferências de São Vicente de Paulo: «na época borrascosa em que nos encontramos, escreve ao seu amigo Ferdinand Velay, é bonito assistir à formação, acima de todos os sistemas políticos e filosóficos, de um grupo compacto de homens decididos a usar todos os seus direitos como cidadãos, toda a sua influência, todos os seus estudos profissionais, para honrar o catolicismo em tempos de paz e defendê-lo em tempos de guerra». Nenhum dos seus jovens fundadores podia imaginar o desenvolvimento que alcançaria esta pequena Sociedade benéfica, à qual Frederico se dedicaria, daí por diante, sem jamais poupar esforços.
Doutor em Direito (1836) e depois em Letras (1839), Ozanam inicia uma brilhante carreira universitária que o levará, em 1844, a tornar-se o titular da cátedra de Literatura Estrangeira na Universidade da Sorbona e a viver sem reservas a sua profunda vocação ao magistério.
Em 1841 casa-se com a jovem Amélie Soulacroix. Frederico Ozanam é, portanto, um homem profundamente inserido no seu tempo. Marido e pai, professor e literato, leigo comprometido, vive as diferentes dimensões da sua existência, com a mesma paixão e generosidade: vai pessoalmente aos bairros pobres de Paris e de outras cidades, promove a expansão das Conferências vicentinas no mundo, publica escritos históricos e literários, luta pela liberdade civil, política e religiosa, sofrendo pelos contrastes que dividem o mundo católico em facções políticas opostas, e tendo um coração cheio de ternura para com Amélie e Marie, sua filha. O seu caminho espiritual, sempre atormentado, conhece altos e baixos: Frederico julga não fazer o suficiente, e pede ao Senhor que o ajude a ser melhor, luta contra o orgulho até se esquecer do próprio valor.
Os primeiros sintomas do que seria uma grave infecção renal, confundida com uma enfermidade pulmonar, que o levaria lenta e dolorosamente a uma morte prematura, chegam-lhe de surpresa em 1846. Na tentativa de recuperar a saúde, Frederico passa algum tempo com a família na Itália, e é recebido em audiência por Pio IX. De retorno a Paris, Ozanam continua a dedicar-se, de corpo e alma, ao serviço dos seus alunos, ao jornal «Ere nouvelle», com o qual colaborou na sua fundação, aos pobres e aos trabalhadores.
A revolução de 1848 e o feroz debate no mundo político e católico só tornarão piores as suas condições de saúde. Em 1849, depois de ter sofrido um segundo ataque agudo do mal que o estava minando, Frederico começa a estar consciente do triste pressentimento. As suas actividades continuam de modo frenético. O seu anseio de conhecer e de participar leva-o a ignorar a dor física e, por vezes, até mesmo os conselhos dos médicos. Em Maio de 1853, de novo na Itália por motivo de saúde, a braços com a angústia de em breve ter que deixar os seus entes queridos, os sucessos profissionais e os debates políticos, mas pronto ao sacrifício, dirige-se a Deus: «Senhor, quero o que Tu queres, quero como o queres e por todo o tempo que o quiseres, quero-o porque Tu o queres».
Frederico Ozanam morreu na noite de 8 de Setembro de 1853, em Marselha, rodeado dos seus entes mais queridos, depois de uma agonia longa e dolorosa.
Este é o modelo de apóstolo leigo, erudito, empenhado e dedicado ao serviço dos mais pobres, que a Igreja apresenta a todos os fiéis, mas sobretudo aos jovens, durante a Missa presidida por João Paulo II, no dia 22 de Agosto, em Paris, na qual é beatificado Frederico Ozanam.
Digno de nota é o caso da cura milagrosa de uma criança brasileira, de apenas dezoito meses, afectada de uma grave forma de difteria, que nos primeiros dias de Fevereiro de 1926, em Nova Friburgo (RJ), obteve a graça por intercessão do Servo de Deus Frederico Ozanam. Esta cura foi reconhecida pela Junta médica da Congregação para as Causas dos Santos a 22 de Junho de 1995, e confirmada de modo unânime pelos Consultores teólogos, na reunião de 24 de Novembro do mesmo ano.

Conselho Geral Internacional
O Conselho Geral Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo tem sede em Paris, cidade em que foi estabelecido desde sua origem e na qual foi fundada a primeira Conferência Vicentina.O órgao, após ouvir os Conselhos Nacionais, pôde instituir novos Conselhos e agregar novas Conferências a Sociedade. O Conselho Geral Internacional anima e coordena as atividades da Sociedade em todo o mundo e toma decisões julgadas indispensáveis para melhorar o trabalho da SSVP. Ele ainda tem como missao, assegurar a união entre todos os Conselhos da Sociedade, por meio de visitas e correspondências regulares.
Em face ao crescimento astronômico da SSVP - Sociedade de Sao Vicente de Paulo, após 3 anos da fundação da primeira conferência vicentina, 1836, fez-se necessário a criação de um "Conselho de Direção" que mais tarde, 27 de Dezembro de 1840, passou a chamar-se "Conselho Geral". Bailly permaneceu com presidente geral de 1836 até Abril de 1844, quando em má situação financeira e atormentado por toda espécie de obrigações, ele decide retirar-se da presidência desejando ardentemente ver Ozanam ocupar seu lugar.
Ozanam, entretanto, naquele momento estava assoberbado de trabalho e, além disso, precisava ocupar-se da mudança dos sogros, que desejavam mudar de Lion para Paris. Contudo, por insistência de Bailly, Ozanam aceitou o cargo de vice-presidente, deixado vacante pela partida do conde Villeneuve Bargemont. Bailly nomeou um segundo vice-presidente na pessoa de Leao Cornudet.
Le Prévost propôs o nome de Julio Gossin (1789-1855) para presidente geral. Este tomou posse no dia 25 de Julho de 1844 e ocupou o cargo até 1848. Durante seu mandato, no dia 10 de Janeiro de 1845, a Sociedade de São Vicente de Paulo obtém, por um breve do papa Gregório XVI, a consagração oficial de Roma e o benefício das indulgências tao desejadas por Ozanam. Nesta ocasiao, a SSVP já somava no mundo todo mais de 9.000 membros.
No fim de 1847, razoes de saúde obrigaram o presidente geral da SSVP, Júlio Gossin, a abandonar suas funções depois de um trabalho frutuoso e bem sucedido. Com efeito, durante os três anos de sua presidência, os conselhos passaram de cinco para vinte e seis, e as conferências de cento e quarenta e quatro para trezentos e sessenta e nove. A Sociedade contava com noventa e quatro conferencias no estrangeiro, duas das quais na América: uma no México e outra em Quebec.
Ozanam, numa circular dirigida aos membros, com data de 25 de Novembro de 1847, fez um vibrante elogio de Gossin. Respeitando os regulamentos da obra, o Conselho geral nomeou Adolfo Baudon(1819-1888) como presidente geral. O novo presidente nao tinha mais que vinte e oito anos; era auditor no Conselho de Estado e membro da Sociedade desde 1839. Baudon presidiu o Conselho Geral da SSVP de 1848 até 1886, exercendo portanto o mandato mais longo da história deste conselho, 38 anos. Durante esse tempo, Baudon participou da Revoluçao Burguesa de 1848 na França, onde recebeu um tiro que o levou a amputar a perna. Nesta ocasiao Ozanam assumiu interinamente a presidência do Conselho.
Presidentes do Conselho Geral Internacional

Nome Período
Emanuel Bailly 1836-1844
Jules Gossin 1844-1848
Adolphe Baudon 1848-1886
Antonin Pages 1886-1903
Paul Calon 1904-1913
Louis D'Hendecourt 1913-1924
Henri de Verges 1924-1943
Jacques Zeiller 1943-1954
Pierre Chouard 1954-1969
Henri Jacob 1969-1975
Joseph Rouast 1975-1981
Amin de Tarrazi 1981-1993
César Augusto Nunes Viana 1993-1999
José Ramón Diaz Torremocha 1999- até o momento

Conferências Vicentinas
As Conferências Vicentinas são constituídas por grupos de católicos e integradas por pessoas sem distinção de cor, sexo, classe ou idade, desde que tenham discernimento. Esses grupos organizam-se na área de diferentes setores comunitários, como a paróquia, o bairro, a universidade, escolas ou no âmbito de qualquer categoria profissional.
As conferências distinguem-se pelo titulo adotado, que pode ser nome de santo, bem-aventurado, servo de Deus, ou uma invocação católica. Entende-se por "invocaçao católica" as usualmente aceitas pela Igreja Católica Apostólica Romana.
Os membros ativos da SSVP, confrades e consócias, denominados vicentinos, são proclamados pelo Presidente em reunião da Conferência, desde que feita a Primeira Eucaristia e façam o curso básico da Escola de Capacitação Frederico Ozanam- Ecafo.
O número de membros ativos de uma conferência não deve ser muita grande, cabendo recorrer-se a um desmembramento, quando tal fato ocorrer. Nas conferencias urbanas, o número ideal é de 12 (doze) a 15 (quinze) membros, admitindo-se maior número deles para as conferencias situadas em zonas rurais.
Consideram-se membros auxiliares da SSVP, os contribuintes e benfeitores de uma conferencia, que nao desejam ou nao podem ser proclamadas membros ativos. As Conferências são vinculadas e subordinadas diretamente aos Conselhos Particulares do local em que funcionam e, indiretamente, a todos os Conselhos hierarquicamente superiores. Em cidades ou em zonas rurais, onde nao houver Conselho Particular, a Conferencia é vinculada e subordinada diretamente ao Conselho Particular mais próximo, em local de fácil acesso.

 Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

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5/1/2012
[29/11/2011] - O Movimento dos Focolares http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=455 O Movimento dos Focolares (do italiano: focolare: lareira, lar. casa) é um movimento religioso de inspiração cristã fundado em 1943, em Trento, Itália, por Chiara Lubich. Vive o Ecumenismo, com adeptos em diversas confissões religiosas, ressaltando, entre outros princípios, a unidade. É também designado como "Obra de Maria".

História do Movimento dos Focolares

Foi no tempo de ódio e de violência da Segunda Guerra Mundial que teve início este movimento de unidade e fraternidade universal.

Em 1943, Chiara Lubich com as suas primeiras companheiras, em Trento, redescobriu o Evangelho. Percebendo que tudo desmoronava com as bombas, perguntou-se se existiria algo que nenhuma bomba fosse capaz de destruir. Assim, descobre Deus-Amor. Juntas, Chiara e suas companheiras, atuavam o Evangelho no dia-a-dia, começando pelos bairros mais pobres da cidade e vivendo-o nos abrigos antiaéreos.

A vida delas, pessoal e coletiva, deu um salto de qualidade. Aquele primeiro grupo tornou-se logo um Movimento, que ao viver concretamente preceitos cristãos, budistas, hinduístas, se espalhou inicialmente na Europa e, depois, no mundo.

Inicia-se assim uma nova corrente de espiritualidade baseada no amor evangélico, que suscitou um movimento de renovação espiritual e social: a espiritualidade da unidade, nitidamente coletiva e comunitária.

Tal espiritualidade gera um estilo de vida que, inspirando-se no Evangelho — sem se descuidar, pelo contrário, evidenciando valores paralelos em outras crenças e culturas — responde ao tão difundido questionamento sobre o sentido da vida e sua autenticidade, e contribui para a realização da paz e da unidade no mundo. Caem preconceitos e as sementes de verdade e de amor inerentes às diversas culturas tornam-se riqueza recíproca. Abrem-se novos horizontes nos diversos âmbitos da sociedade: cultura, política, economia, arte.

Movimento dos Focolares hoje

Embora hoje tenha-se distanciado a Segunda Guerra Mundial, o movimento busca, através de cidadelas espalhadas pelo mundo, trabalho coletivo e comunhão de bens de seus participantes, a construção de um Mundo Unido. Através desta espiritualidade, vivida nos mais diversos ambientes e culturas, abriram-se diálogos fecundos:

no mundo católico, com indivíduos e grupos, Movimentos e associações, para cooperar na consolidação da unidade;
com cristãos de diversas Igrejas para contribuir à plena comunhão; com fiéis de várias religiões e pessoas de outras convicções, inclusive ateus, para caminhar rumo à fraternidade universal a que todos tendemos. Este Movimento, pela variedade das pessoas que a compõem - jovens e adultos, crianças e adolescentes, famílias e sacerdotes, religiosos e religiosas de várias congregações/religiões e até bispos - cerca de 800, se articula em 25 ramificações.

Aos poucos, foram se desenvolvendo várias concretizações entre as quais, no campo da cultura, a escola Abba para a elaboração de uma cultura renovada; no da economia, o projeto por uma Economia de Comunhão, ao qual estão vinculadas mais de 800 empresas; pequenas cidades-testemunho, obras sociais, editoras e revistas.

Existem em algumas partes do mundo, cidadelas conhecidas como Mariápolis (Cidade de Maria), onde se constrói o amor fraterno, são palcos de acontecimentos que marcam o Movimento dos Focolares, são as cidades permanentes da Obra. A primeira a ser construída foi Loppiano, na Itália. No Brasil estão localizadas na cidade de Vargem Grande Paulista a Mariápolis Ginetta e em Igarassu a Mariápolis Santa Maria.

Reconhecimento pontifício

O Movimento dos Focolares é reconhecido pelo Papa e está presente em mais de 182 nações.
 

Fonte: wikipedia.org

 

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29/11/2011
[15/11/2011] - Renovação Carismática Católica http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=412 O Movimento Carismático Católico ou Originalmente conhecido como Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento católico que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1960, se assemelhando à algumas das práticas já existentes em denominações evangélicas(protestantes) porém fortalecendo dogmas já existentes no catolicismo romano. Ele é voltado para a experiência pessoal com Deus, particularmente através do Espírito Santo e dos seus dons. Esse movimento busca dar uma nova abordagem às formas de doutrinação e renovar práticas tradicionais dos ritos e da mística católicos. Hoje a RCC tem mais de 100 milhões de membros em todo o mundo.

Origem
A renovação carismática, inicialmente conhecida como movimento católico pentecostal, ou católicos pentecostais, depois por catolicos renovados e hoje pelo proprio nome do movimento como uma forma de se diferenciarem dos grupos evangélicos como católicos carismáticos surgiu em 1967, quando Steve Clark, da Universidade de Duquesne em Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos, durante o Congresso Nacional de "Cursilhos de Cristandade", mencionou o livro "A Cruz e o Punhal", do pastor John Sherril, sobre o trabalho do pastor David Wilkerson com os drogados de Nova York, falando que era um livro que o inquietava e que todos deveriam lê-lo.  Em 1966, católicos da Universidade de Duquesne reuniam-se para oração e conversas sobre a fé. Eram católicos dedicados a atividades apostólicas, mas, ainda assim, insatisfeitos com a sua experiência religiosa. Em razão disso, decidiram começar a orar para que o Espírito Santo se manifestasse neles. Querendo vivenciar a experiência com o Espírito, foram ao encontro de William Lewis, sacerdote da Igreja Episcopal Anglicana, que por sua vez os levou até Betty de Shomaker, que fazia em sua casa uma reunião de oração pentecostal.

Em 13 de janeiro de 1967, Ralph Keiner, sua esposa Pat, Patrick Bourgeois e Willian Storey vão à casa de Flo Dodge, paroquiana Anglicana de William Lewis, para assistir a reunião. Em 20 de janeiro assistem mais uma reunião e suplicam que se ore para que eles recebam o "Batismo no Espírito Santo". Ralph recebe o suposto dom de línguas (fenômeno chamado no meio acadêmico de glossolalia). Na semana seguinte, a fevereiro de 1967, Ralph impõe as mãos para que os quatro recebam o denominado batismo no Espírito.
Em janeiro de 1967, Bert Ghezzi comunica a universitários de Notre Dame, South Bend, Indiana o que teria ocorrido em Pittsburgh. Em fevereiro, antes do retiro de Duquesne, Ralph Keifer vai a Notre Dame e conta suas experiências. Em quatro de março, um grupo de estudantes se reúne na casa de Kevin e Doroth Ranaghan. Um professor de Pittsburgh partilha a experiência de Duquesne, e em 5 de março de 1967 o grupo pede a imposição de mãos para receber o Espírito Santo.
Após a Semana Santa, realizou-se um retiro em Notre Dame para discernir o que seu Deus supostamente estaria querendo com essas manifestações. Participam professores, alunos e sacerdotes. 40 pessoas de Notre Dame e 40 da Universidade de Michigan, entre os quais Steve Clark e Ralph Martin, que em 1976 iriam para a Universidade de Michigan, em Ann Arbor.
RCC no Brasil
 
Adoração ao Santíssimo com Pregador Roberto Tannus da RCC

No Brasil a Renovação Carismática teve origem na cidade de Campinas, SP, através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty (2). Os rumos que a Renovação Carismática tomará a partir de Campinas serão diversos, expandindo-se rapidamente pela maioria dos Estados brasileiros. Entre algumas informações disponíveis encontramos as de Dom Cipriano Chagas que registra:
• Em 1970 e 71 iniciou-se a Renovação em Telêmaco Borba, no Paraná, com Pe. Daniel Kiakarski, que a conhecera nos Estados Unidos também em 1969.
• Em 1972 e 1973 Pe. Eduardo, de novo no Brasil, deu vários retiros e iniciou grupos de oração. Assim foi, por exemplo, em Belo Horizonte, em 1972, com um grupo pequeno de 8 ou 9 pessoas.
• Em janeiro de 1973 o Pe. George Kosicki, CSB, que havia muito participava ativamente da Renovação nos Estados Unidos, veio a Goiânia para um retiro carismático de uma semana. A ele compareceram D. Matias Schmidt, atual bispo de Rui Barbosa, na Bahia, e vários padres e religiosas, que iriam iniciar grupos de oração em Anápolis, Brasília, Santarém, Jataí, etc.
• Em 1973, perto de Miranda, no Mato Grosso do Sul, um pequeno grupo começou a ler o livro Sereis Batizados no Espírito e a rezar pedindo o dom do Espírito. Um mês mais tarde veio a eles o Pe. Clemente Krug, redentorista, que conhecera a Renovação em Convent Station, New Jersey; orando com eles, receberam o denominado “batismo no Espírito” e o suposto dom de línguas.
• Em geral, pois, pode-se dizer que os grupos de oração surgidos em inúmeras cidades do Brasil tiveram sua origem seja nas “Experiências de Oração no Espírito Santo” do Pe. Haroldo Rahm, SJ, seja nos retiros dados pelos padres Eduardo Dougherty, SJ e George Kosicki, CSB.
• Em vista da extensão que tomava a Renovação no Brasil, o Pe. Eduardo Dougherty, sentindo a necessidade de uma melhor organização, preparou com o Pe. Haroldo Rahm e Irmã Juliette Schuckenbrock, CSC, um encontro de fim de semana em Campinas, que foi o I Congresso Nacional da Renovação Carismática no Brasil em meados de 1973, ao qual compareceram cerca de 50 líderes.
• Em janeiro de 1974 foi realizado o II Congresso Nacional da Renovação Carismática, comparecendo líderes de Mato Grosso, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, etc. (3).
Em outras regiões a Renovação Carismática começa a crescer, a partir de 1974: no Norte a diocese de Santarém com Frei Paulo, em Anápolis, no Centro Oeste, com Frei João Batista Vogel, no Sul de Minas, com Mons. Mauro Tommasini na Aquidiocese de Pouso Alegre. Também colaboram como divulgadores: Pe. Schuster, Dr. Jonas e Sra. Imaculada Petinnatti, Peter e Ingrid Orglmeister, D. Cipriano Chagas, Pe. Alírio Pedrini, Frei Antônio, Ir. Tarsila, Maria Lamego, Ir. Stelita (4).
No início, a Renovação atingiu os líderes já engajados em movimentos como Cursilho, Encontros de Juventude, TLC, etc, e foi se ampliando gradativamente como uma nova “onda” de doutrinação com identidade própria (5).
Em 1972, Pe. Haroldo escreve o livro Sereis batizados no Espírito (6), onde explica o que vem a ser o “Pentecostalismo Católico”. Sendo uma das primeiras obras publicadas no país sobre o movimento, trazia orientações para a realização dos retiros de “Experiência de Oração no Espírito Santo”, que muito colaboraram para o surgimento de vários grupos de oração.
Antônio F. Pierucci e Reginaldo Prandi, por ocasião das eleições de 1994, realizaram um levantamento quantitativo sobre a Renovação Carismática no Brasil. O resultado apresenta três milhões e oitocentos mil como o número de católicos carismáticos no conjunto da população brasileira adulta, sendo que 70% deles são mulheres; a maioria possui um expressivo contingente de donas de casa (24%), a maior parte dos que estão ocupados são funcionários públicos (22%).  Trata-se de um número muito elevado, pois era praticamente igual ao total de evangélicos que seguem as denominações protestantes históricas; sendo menos de um terço dos evangélicos pentecostais; o dobro dos católicos das comunidades eclesiais de base (CEBs); número similar ao de espíritas kardecistas; e quase três vezes o total dos adeptos das religiões afro-brasileiras. Estudos mais recentes, contrariando alguns prognósticos da não expansão da base social da Renovação para além da classe média, indicam que o movimento também chegou às camadas trabalhadoras dos bairros populares, onde há uma tendência ao crescimento acelerado. Atualmente, a Renovação Carismática encontra-se presente em todos os Estados e também no Distrito Federal, com 285 coordenações (arqui)diocesanas organizadas e cadastradas junto ao Escritório Nacional. Em estimativa feita no final deste ano de 2005, junto às coordenações estaduais da RCC, contabilizou-se como aproximadamente 20.000 o número de grupos de oração em todo o Brasil, isto sem contar as comunidades de vida, de aliança, associações e inumeráveis outras atividades de apostolado, ligadas à RCC.
 

Características e doutrina
Em termos de doutrina a RCC afirma seguir a Bíblia, o Catecismo da Igreja e todas as demais diretrizes da Igreja entre ela os dogmas já fixados no catolicismo romano, como a crença na intercessão dos santos e a imaculada Maria. Em suas reuniões de Oração utiliza músicas de louvor, adorações e pregações. Prega que o pecado - definido pela Igreja como um ato ou desejo contrário a vontade de seu Deus - é a fonte dos males vividos na sociedade atual. Ganância, egoísmo, soberba, vícios, mau uso da liberdade, etc, seriam consequências dos pecados do homem. Defende que Jesus tem o poder de libertar e perdoar os pecados e que, para isso, basta que o homem arrependa-se diante dele e se utilize da confissão.  O bem maior que a RCC possui é a Eucaristia que é a celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No movimento é também presente a devoção à Santíssima Virgem Maria, mãe de Jesus, proclamando-a como bem-aventurada e pedindo sua intercessão e auxílio.
 

Os carismáticos e o Espírito Santo
Segundo à RCC, o "Espírito Santo" habita dentro de cada cristão. Seria o desejo de praticar o bem. Ele é descrito como um 'conselheiro' ou 'ajudante', o Espírito Santo paráclito guiando-os no "caminho da verdade e da justiça".
A Renovação carismática coloca uma ênfase especial nas obras do "Espírito Santo". Segundo à RCC os 'Frutos do Espírito' (i.e. os resultados da sua influência) são "amor, gozo (ou alegria), paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gálatas 5:22). Ainda de acordo com a RCC, ele também concede dons (i.e. habilidades) aos Cristãos tais como os dons carismáticos de profecia, línguas, discernimento, sabedoria, cura, fé, milagres, e ciência. Embora alguns Cristãos acreditem que isto apenas aconteceu nos tempos do Novo Testamento, a RCC acredita que hoje estes dons estão novamente sendo concedidos.

Desse modo, nos grupos de oração da RCC é muito comum o uso do "dom de línguas". Também não é raro serem alegadas visões e profecias de origem sobrenatural que transmitiriam mensagens de Jesus, do Espírito Santo ou de Maria. Às vezes chegam a ser alegadas a realização de curas espirituais ou físicas e outros milagres.

Efusão no Espírito
Segundo a RCC, a Efusão no Espírito Santo é uma experiência que normalmente decorre de um momento de oração e pela qual a pessoa adquire um novo e apurado senso de "valor espiritual". A partir desse momento o "Espírito Santo" passaria a orientar a vida da pessoa, confirmando verdades interiores e até modificando posturas diante dos homens e do mundo. Como primeiro resultado deste 'batismo' verificar-se-ia o desejo pela oração e pela vida na Igreja. Fala-se também em proliferação de eventos sobrenaturais (ideias, fatos, nomes, condutas, pensamentos), tomados como revelações divinas (dons espirituais).
Segundo a teologia católica, toda pessoa recebe o Espírito Santo por ocasião do sacramento do Batismo. A Igreja não define a necessidade de um segundo batismo, conforme a profissão de fé do Credo Niceno: "Professo um só batismo para remissão dos pecados". Sendo assim, o 'Batismo no Espírito Santo' como entendido pela RCC, não é um sacramento nem um requisito para a Salvação. Ele seria uma renovação do contato com Deus que fora adquirido originalmente pelo batismo, um auxílio para uma vivência da fé mais próxima da anunciada no evangelho e o catalisador uma vida de oração mais intensa. Entende-se que esse batismo no Espírito Santo não seja uma invenção da RCC, mas parte dos primórdios do nascimento da Igreja.
 

RCC e a CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) possui um documento, chamado Documento 53, com recomendações disciplinando certas práticas místicas no contexto da RCC. Recomenda-se, por exemplo, que se evite a prática do "Repouso no Espírito" (na qual as pessoas parecem desmaiar durante os momentos de oração, mas permanecem conscientes do que ocorre em sua volta). E preocupações exageradas com o demônio:
63 - Orar e falar em línguas: O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas é a comunidade. Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive a chamada oração em línguas e nunca se fale em línguas sem que haja intérprete.
65 - Em Assembleias, grupos de oração, retiros e outras reuniões evite-se a prática do assim chamado "repouso no Espírito". Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento. (...)
68 - Procure-se, ainda, formar adequadamente as lideranças e os membros da RCC para superar uma preocupação exagerada com o demônio, que cria ou reforça uma mentalidade fetichista, infelizmente presente em muitos ambientes.
O documento também menciona vários aspectos positivos do movimento.
 

Críticas
Um dos maiores críticos da RCC é o padre Quevedo. Ele afirma que vivem em um ambiente fetichista, místico e alienante. Também fala que a RCC é um movimento fantástico, mas que comete alguns exageros.
 

Influência dos pentecostais
Especialmente no seu início, a RCC foi influenciada pelo movimento evangélico pentecostal. Seguem-se alguns dos maiores exemplos desse envolvimento.
• O livro "A Cruz e o Punhal", influente na formação do movimento, foi escrito pelo Pastor David Wilkerson, que também pregou em um dos primeiros Congressos da RCC nos Estados Unidos;
• Padre Tomas Forrest, liderança internacional da RCC no início do Movimento, teve sua experiência do 'Batismo' no Espírito Santo num retiro da Renovação Carismática Católica dos EUA pregado por dois padres, uma freira e dois evangélicos Metodistas. (3)
• Parte considerável das músicas do livro "Louvemos ao Senhor" e outras populares no movimento, têm origem no protestantismo, tais como “Buscai primeiro o Reino de Deus” e “Glorificarei teu nome, oh Deus”, "Pelo Senhor marchamos sim...”, “A alegria está no coração...”, “Posso pisar uma tropa...”,, “Espírito (...) vem controlar todo o meu ser...”, “Espírito, enche a minha vida, enche-me com teu poder...”, “Assim como a corça...”, “Deus enviou seu filho amado...”, “Se as águas do mar da vida...”, “Eu sou feliz por que meu Cristo quer...”. Temos ainda exemplos mais recentes, como “Levanta-te, levanta-te Senhor... fujam diante de ti teus inimigos”, “Venho Senhor minha vida oferecer", “Meu pensamento vive em você...”, “Se acontecer um barulho perto de você...”, “Celebrai a Cristo, celebrai...”. (3)

De fato, algumas vertentes evangélicas pentecostais reclamam da RCC por esta copiar seus ritos e músicas. Por outro lado a RCC também tem suas próprias músicas. Para muitos carismáticos e pentecostais isso é visto de forma positiva, pois seria o início de um verdadeiro ecumenismo entre os cristãos através da partilha da música cristã. O diálogo ecumênico e uma maior aproximação com fiéis de outras denominações cristãs é uma das metas do Vaticano e da CNBB e uma recomendação da Igreja aos fiéis católicos.

Fonte: .wikipedia.org

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15/11/2011
[16/10/2011] - Encontro Matrimonial Mundial http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=294 16/10/2011 [16/10/2011] - Equipes de Nossa Senhora http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=295 16/10/2011 [16/10/2011] - OVISA - Orientação para a Vivência Sacramental http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=296 16/10/2011 [16/10/2011] - Encontro de Casais com Cristo http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=12&cat=29&sub=22&catsub=21&artigo=297 16/10/2011