<![CDATA[Família Missionária]]> http://familiamissionaria.com.br/ pt-BR Família Missionária http://www.familiamissionaria.com.br/images/layout/logo.png http://familiamissionaria.com.br/ [22/12/2013] - Tráfico Humano http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=2166 Dra. Anália Belisa Ribeiro 
Tráfico de Pessoas

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Dra. Maria Gabriela Ahualli  Tráfico de Pessoas para trabalho escravo

  

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22/12/2013
[27/11/2013] - . http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=2131 27/11/2013 [25/7/2012] - Carlos de Dios Murias http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=1008 CARLOS DE DIOS MURIAS, o espírito das Bem-aventuranças

Carlos de Dios Murias nasceu a 10 de Outubro de 1945 em Córdoba (Argentina), no seio de uma família apegada aos valores religiosos e morais. É por essa altura que sobe ao poder Juan Peron, apoiado pela popularidade da sua esposa, a célebre Evita Peron.


Em 1955, Peron é afastado do poder por uma Junta Militar e Carlos, ao longo de quase toda a sua existência acaba por não conhecer outra coisa senão a instabilidade e a crise na qual a ditadura militar mergulha o país até 1973. A sua irmã Maria Cristina descreve-o como um adolescente idealista, piedoso e sensível à condição dos oprimidos. Opta pela vida religiosa. É admitido entre os franciscanos conventuais, estabelecidos a pouco tempo na Argentina. Deixou-se cativar pelo carisma de S. Francisco de Assis, pela pobreza e pelo empenhamento apostólico dos frades.


Após a sua ordenação sacerdotal, é encarregue da paróquia de El Salavdor de La Rioja e colabora com o Enrique Angelelli, seu bispo que Carlos admira muito particularmente. Angelelli revela-se entusiasta no apostolado e comprometido na evangelização e defesa dos direitos dos oprimidos. Posteriormente, Carlos torna-se colaborador da paróquia de Chamical juntamente com Gabriel Longueville, padre francês, delegado do episcopado de França para a América Latina. Os dois homens entendem-se perfeitamente e gastam-se sem contar em favor da população empobrecida da sua comunidade, explorada em condições humilhantes pelos ricos proprietários. Longe de qualquer actividade política, exercem o seu ministério em plena comunhão com o seu bispo, cuja linha de conduta eles seguem: fidelidade às orientações do Concílio Vaticano II e directrizes da Conferência de Medelin para a América Latina.


Carlos é apreciado pela sua abnegação, o seu bom humor e a sua coragem. Próximo dos humildes, não hesita nunca em ajudá-los, até materialmente. Mantém igualmente um bom relacionamento com os militares de uma base aérea próxima e que ele contacta semanalmente. Todos concordam em ver nele um homem de Deus, profundamente espiritual e cuja vida está em concordância com o Evangelho de Jesus.


Porém, na noite de 17 de Julho de 1976, os dois sacerdotes são levados de força por homens armados. Três dias depois, são encontrados os seus corpos a mais de cem quilómetros. Os cadáveres estão crivados de balas e apresentam sinais de tortura atrozes. Carlos tinha 30 anos.

Cinco dias depois é a vez de um catequista, Wenceslau Pedernera, colaborador pastoral dos dois padres. É morto diante da sua esposa e seus filhos. No mês seguinte é o próprio bispo, Enrique Angelelli, no regresso de uma visita à comunidade que ficara sem seus pastores, que é vítima deste terrorismo de estado. Na verdade, era o regime estabelecido que mandatara a morte de homens incómodos da ordem estabelecida, somente porque reivindicavam os direitos dos mais pobres.

 

D. Enrique Angelelli, e Wenceslau Pedernera

A reputação de santidade destes mártires aumentou de tal modo que foi aberto o processo diocesano, tendo em vista a canonização do bispo e seus colaboradores.
 

Publicada por Secretariado Diocesano de Pastoral Vocacional da Diocese da Guarda  
 

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25/7/2012
[25/7/2012] - Quarenta Mártires do Brasil http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=1009  

Os Quarenta Mártires do Brasil compõem um grupo de 40 jovens da Companhia de Jesus (entre 20 e 30 anos), 32 portugueses e 8 espanhóis, destinados às missões no Brasil em 1570. Eram no total 2 sacerdotes, 1 diácono, 14 irmãos e 23 estudantes, liderados por Inácio de Azevedo. Durante a viagem, sua nau foi interceptada nas Ilhas Canárias por navios de calvinistas. Os calvinistas, ao saberem que os tripulantes eram missionários católicos, atiraram-nos ao mar a 15 de Julho de 1570. Foram beatificados a 11 de Maio de 1854 pelo Papa Pio IX.[1] A festa litúrgica destes mártires católicos é celebrada no dia 17 de Julho.O momento do martírio
 
Antes da sua partida em missão para o Brasil, os sacerdotes, irmãos e estudantes reuniram-se na Quinta de Vale do Rosal, situada na Charneca de Caparica, Portugal, e foi aí que se preparam espiritualmente, durante cinco meses, para a missão de evangelização desse tão grande território que era o território brasileiro, todos quantos tinham aderido ao projecto do padre Dom Inácio de Azevedo. Nessa propriedade, fundada originalmente como Convento da Cela Nova e, mais tarde, chamado Convento de Nossa Senhora da Rosa, os jovens jesuítas subiam frequentemente para rezar junto a um cruzeiro de pedra no chamado Monte da Cruz (erigido em memória do Monte Calvário onde Jesus Cristo foi crucificado).
 
No dia da sua partida, seguiram na expedição um total de 86 pessoas: 70 eram religiosos jesuítas, os restantes assalariados. Depois de aportarem na Ilha da Madeira, a 12 de Junho de 1570, para consertar as embarcações, descansar e recolher mantimentos, prosseguiram viagem, na nau Santiago, apenas Inácio de Azevedo com 39 companheiros[2].


O Beato Inácio de Azevedo.
A pouca distância de Tazacorte (em La Palma, Ilhas Canárias), a 15 de Julho de 1570, foram surpreendidos por um navio francês comandado pelo calvinista Jacques Sourie. Os calvinistas abordaram a nau com enorme alarido, praguejando e ameaçando de morte os missionários. O Padre Inácio de Azevedo apressou-se, então, a reunir todos os missionários no convés do navio e dirigiu-lhes as palavras de encorajamento: "Irmãos, preparemo-nos todos, porque hoje vamos povoar o Céu. Ponhamo-nos todos em oração e façamos de conta que esta é a última hora que temos de vida". Dos lábios de cada um acabaram por irromper, em alta voz, entregas pessoais à vontade de Deus, enquanto os hereges os cobriam de injúrias.
 
Inácio de Azevedo desaconselhou os seus companheiros a combaterem os inimigos com armas como o capitão português lhes pediu, mas apenas por meio de um quadro com um ícone[3] da Santíssima Virgem Maria, o qual trouxe agarrado em exposição solene junto ao seu peito, e a todos gritou: "Irmãos, defendei a fé de Cristo! Pela fé católica e pela Igreja Romana!". Mesmo depois de ferido na cabeça, o líder da expedição missionária exclamou: "Filhos, não temais, esforçai-vos! Ó meus filhos: que grande mercê é esta de Deus! Ninguém tenha medo, nem fraqueza".[4]
 
Os missionários foram todos mortos e feridos, excepto o irmão João Sanches a quem os calvinistas guardaram para seu cozinheiro. No entanto, apareceu João Adaucto, sobrinho do capitão da nau, que decidiu vestir o hábito de religioso jesuíta para o tomarem por tal (uma vez que tanto desejava pertencer à Companhia de Jesus) e acabou por ser morto pela fé junto aos restantes mártires. Todos foram lançados ao mar, uns já mortos, outros em agonia e outros ainda vivos.
 
Em simultâneo com o momento do martírio, Santa Teresa de Ávila, no seu convento carmelita em Espanha, teve uma visão do martírio de Inácio de Azevedo com os seus companheiros e da sua entrada triunfal no Céu recebidos por Nossa Senhora e pelo próprio Jesus.
 

 Lista dos mártires

1.Dom Inácio de Azevedo, padre português e líder da missão (n. Porto, Portugal)
 2.Diogo de Andrade, padre (n. Pedrógão Grande, Portugal)
 3.Bento de Castro, irmão, estudante (n. Chacim, Macedo de Cavaleiros, Portugal)
 4.António Soares, irmão, estudante (n. Trancoso da Beira, Portugal)
 5.Manuel Álvares, irmão, coadjutor (n. Estremoz, Portugal)
 6.Francisco Álvares, irmão, coadjutor (n. Covilhã, Portugal)
 7.Domingos Fernandes, irmão, estudante (n. Borba, Portugal)
 8.João Fernandes, irmão, estudante (n. Braga, Portugal)
 9.João Fernandes, irmão, estudante (n. Lisboa, Portugal)
 10.António Correia, irmão, estudante (n. Porto, Portugal)
 11.Francisco de Magalhães, irmão, estudante (n. Alcácer do Sal, Portugal)
 12.Marcos Caldeira, irmão (n. Vila da Feira, Portugal)
 13.Amaro Vaz, irmão, coadjutor (n. Benviver, Marco de Canavezes, Portugal)
 14.Juan de Mayorga, irmão, coadjutor (n. Saint-Jean-Pied-de-Port, Navarra, hoje França)
 15.Alonso de Baena, irmão, coadjutor (n. Villatobas, Toledo, Espanha)
 16.Esteban de Zuraire, irmão, coadjutor (n. Amescoa, Biscaia, Espanha)
 17.Juan de San Martín, irmão, estudante (n. Yuncos, Toledo, Espanha)
 18.Juan de Zafra, irmão, coadjutor (n. Jerez de Badajoz, Espanha)
 19.Francisco Pérez Godói, irmão, estudante (n. Torrijos, Toledo, Espanha)
 20.Gregório Escribano, irmão, coadjutor (n. Viguera, Logroño, Espanha)
 21.Fernán Sanchez, irmão, estudante (n. Castela-a-Velha, Espanha)
 22.Gonçalo Henriques, irmão, estudante (n. Porto, Portugal)
 23.Álvaro Mendes Borralho, irmão, estudante (N. Elvas, Portugal)
 24.Pero Nunes, irmão, estudante (n. Fronteira, Portugal)
 25.Manuel Rodrigues, irmão, estudante (n. Alcochete, Portugal)
 26.Nicolau Diniz, irmão, estudante (n. Bragança, Portugal)
 27.Luís Correia, irmão, estudante (n. Évora, Portugal)
 28.Diogo Pires Mimoso, irmão, estudante (n. Nisa, Portugal)
 29.Aleixo Delgado, irmão, estudante (n. Elvas, Portugal)
 30.Brás Ribeiro, irmão, coadjutor (n. Braga, Portugal)
 31.Luís Rodrigues, irmão, estudante (n. Évora, Portugal)
 32.André Gonçalves, irmão, estudante (n. Viana do Alentejo, Portugal)
 33.Gaspar Álvares, irmão, estudante (n. Porto, Portugal)
 34.Manuel Fernandes, irmão, estudante (n. Celorico da Beira, Portugal)
 35.Manuel Pacheco, irmão, estudante (n. Ceuta, Portugal, hoje Espanha)
 36.Pedro Fontoura, irmão, coadjutor (n. Chaves, Portugal)
 37.António Fernandes, irmão, coadjutor (n. Montemor-o-Novo, Portugal)
 38.Simão da Costa, irmão, coadjutor (n. Porto, Portugal)
 39.Simão Lopes, irmão, estudante (n. Ourém, Portugal)
 40.João Adaucto, acompanhante (n. Entre Douro e Minho, Portugal)
 

Fonte: Wikipedia

 

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25/7/2012
[1/7/2012] - Clique aqui e veja todos os mártires publicados http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=287 1/7/2012 [1/7/2012] - André Jarlan http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=950 O sacerdote André Jarlan caiu no Chile em 1984, durante um tiroteio da polícia num bairro popular de Santiago. Foi encontrado com a cabeça reclinada sobre a Bíblia que estava a ler, aberta no Salmo 129: "Das profundezas eu clamo a Ti, Senhor, houve o meu grito...". André Jarlan tinha exposto a sua vida ao risco, partilhando a grave situação de tensão do bairro onde vivia. Uma das suas últimas cartas dá bem a ideia que o cristão tem da própria vida, uma vida que segue o caminho do martírio: " Os que fazem viver são aqueles que oferecem a própria vida, não os que a tiram aos outros – tinha escrito -. Para nós, a ressurreição não é um mito, mas uma realidade; este evento, que nós celebramos em cada Eucaristia, confirma-nos que vale a pena dar a vida pelos outros e empenha-nos a fazê-lo."
Quando chegou ao Chile seu primeiro trabalho foi com os jovens viciados .
Mais detalhes:- Coloque o nome dele no Google e terá muitas informações.

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1/7/2012
[1/7/2012] - Pe. Ezequiel Ramin http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=951 Tinha apenas 33 anos, estava no Brasil há pouco mais de um ano... Missionário Comboniano, Ezequiel Ramin foi morto em 1985, numa Rondônia em plena agitação pela febre colonizadora de fazendeiros e muitos pobres em busca de futuro.
Imensa fronteira em desenvolvimento, onde grupos poderosos disputavam cada palmo de chão. Fazendeiros contra posseiros, grileiros contra pequenos agricultores, fazendeiros e madeireiros contra índios. O missionário tomou o lado dos pobres e foi brutalmente executado.
Padre Ezequiel foi assassinado no dia 24 de julho de 1985, vítima de uma emboscada, quando em companhia do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cacoal, ia conversar com colonos ameaçados de despejo. No caminho de volta, foi assassinado.
Ainda ressoam suas palavras:
“muitas vezes sinto uma grande vontade de chorar, ao ver os quilômetros de cerca...”
No meio das contradições e falências, você costumava repetir:
“estou trabalhando com os pobres, com uma fé que cria, como no inverno, a primavera”
Ainda suas palavras:
“Quero dizer só uma coisa,
uma coisa especial para aqueles que
tem sensibilidade para as coisas bonitas.
Tenham um sonho.
Tenham um sonho bonito.
Procurem somente um sonho.
Um sonho para a vida toda.
Uma vida que sonha é alegre.
Uma vida que procura seu sonho
renova-se dia após dia.
Seja um sonho que procure alegrar
Não somente todas as pessoas,
mas também seus descendentes.
É bonito sonhar de tornar feliz
a humanidade toda.
Não é impossível...”

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1/7/2012
[27/4/2012] - Luisito Torres http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=440 Luisito era um jovem da paróquia em que trabalhava o Pe. Afonso Navarro Oviedo, em San Salvador.Participava dos movimentos juvenis e com os demais colegas costumava freqüentar a casa paroquial para conversar sobre os problemas do pais e participar das reflexões evangélicas.
No dia 12 de3 maior de 1977, enquanto os companheiros haviam saído por um momento para tomar um refresco no bar visinho, a casa paroquial foi invadida por agentes de segurança, que deram vários tiros no sacerdote, deixando-o caído e morto. Ao sair, o que havia agarrado Luisito deu-lhe um tiro em plena face. Luisito morreu no dia seguinte, no hospital.
 
 

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27/4/2012
[8/10/2011] - zumbi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=288  Conheci a cidade de União dos Palmares quando fui para o Nordeste para encontros e reuniões de algumas Pastorais da Igreja Católica.  Fui junto com Jorge, um jovem ligado aos trabalhos de Direitos Humanos. Ficamos hospedados na casa Paroquial. O vigário, Pe. Donald, teve longas conversas conosco sobre a História da cidade e sobre o povo, seu rebanho. Povo muito pobre, cidade muito pobre. Vejam a história.
 

 "O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado ou sido raptados de outras fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.".
 

 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Roseli Celeste Nunes da Silva - Irmã Eunice Wolff http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=289  Há vinte e dois anos o primeiro acampamento do MST perdia uma de suas grandes lutadoras. No dia 31 de março de 1987, Roseli Nunes e outros três trabalhadores Sem Terra foram mortos em uma manifestação na BR 386, em Sarandi, no Rio Grande do Sul. Ela e outras cinco agricultores protestavam por melhores condições para os agricultores e uma política agrária voltada para os camponeses. Não existia, naquela época, política de crédito para a pequena agricultura.

Naquele dia um caminhão passou por cima da barreira humana que estava formada na estrada ferindo 14 agricultores e matando três: Iari Grosseli, de 23 anos; Vitalino Antonio Mori, de 32 anos, e Roseli Nunes, com 33 anos e mãe de três filhos.
A lutadora que hoje empresta o seu nome a acampamentos, assentamentos e brigadas do Movimento, marca a memória dos militantes com o compromisso de preferir "morrer na luta do que morrer de fome”. Roseli Celeste Nunes da Silva nasceu em 1954, e participou, com outras 8 mil pessoas da ocupação da fazenda Anonni, em 1985 - o mesmo local que neste ano sediou o 13º Encontro Nacional do MST, que marcou os 25 anos de luta do Movimento. Seguiu na luta, e participou de uma caminhada de 300 quilômetros até Porto Alegre, onde foi realizada uma ocupação da Assembléia Legislativa, por seis meses. Os acampados cobravam solução para a Reforma Agrária na fazenda.

Rose teve seu terceiro filho no acampamento. Deu a ele o nome de Marcos Tiarajú, em homenagem ao líder indígena do Rio Grande do Sul, que séculos antes já dizia que aquela terra tinha dono. Tiarajú, a primeira criança que nasceu no acampamento, hoje estuda medicina em Cuba.

Roseli Nunes foi a mãe da primeira criança a nascer no acampamento Sepé Tiaraju, na fazenda Anonni. Sua história inspirou dois filmes, “Terra para Rose” e “O Sonho de Rose”, de Tetê Moraes.
Marcos Tiarajú (que aparece no documentário sempre nos braços de Rose) e seu pai José Corrêa da Silva estão no Assentamento Filhos de Sepé, no município gaúcho de Viamão.
 

Aprofundamento:- www.cebs-sul1.com.brwww.paroquiasaojoaobatistamaua.org.br

 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Raimundo Ferreira Lima http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=299 O sindicalista Raimundo Ferreira Lima, mais conhecido como "Gringo", foi assassinado em 29 de maio de 1980. Alguns meses antes, ele havia sido eleito presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia (PA), no sul do estado. Sua chapa desbancou Bertoldo Lira, candidato da situação, mais próximo da polícia e dos poderosos da localidade.Gringo era agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e lutava pela reforma agrária na região.

Há 28 anos, no caminho de volta de um compromisso em São Paulo (SP), Gringo parou para pernoitar em Araguaína, que hoje pertence ao Tocantins. No dia seguinte, retornaria a São Geraldo do Araguaia, na época um distrito do município de Conceição do Araguaia (PA).O intervalo para repouso, todavia, acabou se tornando eterno. Gringo foi seqüestrado do hotel em que dormia e levado para uma estrada fora da cidade, onde foi assassinado a tiros. Um dia antes, o padre Ricardo Rezende Figueira, então diácono, declarara em entrevista coletiva em Brasília (DF) que havia seis ameaçados de morte na região. Um deles era Gringo.
 

Maria Oneide Costa Lima, mulher de Gringo, tinha 29 anos quando ficou viúva. "Eu não sabia nem o que fazer, não tinha nenhum grau de estudos para conseguir um emprego, com seis filhos nas costas pra criar", recorda.
Hoje, Maria Oneide é diretora de uma escola pública que leva o nome do homem com quem foi casada, "Raimundo Ferreira Lima", em São Geraldo do Araguaia (PA). Estudantes da escola fizeram duas apresentações durante a Mostra Artística das Comunidades em Araguaína (TO), durante o Festival da Abolição, realizado de 12 a 17 de maio no norte do Tocantins. A organização do evento - composta por CPT, Repórter Brasil, Centro de Direitos Humanos de Araguaína (CDH), Pastoral da Juventude Rural (PJR), entre outras entidades - prestou uma homenagem especial à Oneide.
A história da morte de Gringo é semelhante ao que aconteceu com a missionária Dorothy Stang, assassinada em fevereiro de 2005. Nos dois casos, um grupo de "interessados" na execução montou um "consórcio" para pagar pistoleiros que acabaram com as vidas do sindicalista de São Geraldo e da irmã norte-americana em Anapu (PA). No caso do marido de

Oneide, prefeitos da região, o então deputado estadual - e hoje deputado federal - Giovanni Queiroz (PDT-PA), além de Neif Murad e outros fazendeiros locais foram apontados pela imprensa como supostos mandantes do crime. A notícia do assassinato de Gringo e da formação do consórcio criminosos saiu em vários jornais como paraense O Liberal, além d´O Estado de S. Paulo, que tinha o jornalista Lúcio Flávio Pinto como correspondente no Pará. "Havia a notícia da reunião [dos mandantes que montaram o consórcio], mas ninguém falou ´eu vi´", lembra o editor do Jornal Pessoal. Até hoje não houve julgamento para quem matou Raimundo Ferreira Lima. "O processo foi engavetado, nunca foi levado para frente, nunca foi feito nada para que o verdadeiro culpado pagasse", diz a viúva Oneide. O processo sobre o caso chegou a ser instaurado na Justiça de Conceição do Araguaia, mas acabou engavetado por falta de provas. "Não conseguiram provas. Naquela época era muito precária a investigação.

 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Santo Dias da Silva http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=300 O pais e os irmãos continuaram a trabalhar na roça, como bóia-frias. Santo resolveu procurar outras oportunidades e foi morar em Santo Amaro, na região Sul da Capital de São Paulo, área de grande concentração de indústrias. Ali, conseguiu trabalho como ajudante geral na Metal Leve, empresa de componentes metalúrgicos.
 

No início da década de 1960, o movimento operário lutava por aumentos salariais e pelo 13o salário. Ainda sem muita clareza política, Santo participou dessas reivindicações. Em 1965, conhecedor da intervenção no sindicato de sua categoria, iniciou sua atuação no grupo que formava a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo. Em 1967, para concorrer nas eleições para a direção sindical, a OSM lançou a Chapa Verde, encabeçada pelo militante cristão Waldemar Rossi.
 

Ainda na década de 1960, a Igreja Católica começava a discutir os ensinamentos do Papa João 23 e um novo modo de organizar o leigo dentro de sua estrutura. São os primeiros passos para as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), fundamentadas no que se denominou depois Teologia da Libertação. Elas se multiplicam com a posse, em 22 de outubro de 1970, do novo cardeal arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns. Além de incentivar a organização da população em comunidades, havia linhas pastorais que iam ao encontro das necessidades sociais daquela época: direitos humanos, operária, etc.A atuação de Santo Dias não se ateve ao movimento operário, uma característica importante das novas lideranças surgidas na Capital, durante a ditadura militar. Como católico praticante, era membro ativo das CEBs e dos movimentos de bairro que surgiram da ação desses grupos: lutas por transportes, escolas, melhorias nas vilas de trabalhadores. Participou das coordenações do Movimento do Custo de Vida, entre 1973 e 78, ao lado de sua mulher, Ana Maria do Carmo, liderança feminina expressiva entre os clubes de mães.

Às vésperas da eleição, Santo foi demitido da Metal Leve, onde a esta altura, já era inspetor de qualidade. Ajudado por amigos, ele foi empregado pela Alfa Fogões, no Brás, na Zona centro.Concorreu às eleições sindicais, mas a Oposição “perdeu”.  O ano de 1979 foi um ano agitado. Em agosto, depois de vários anos de intensa movimentação popular exigindo anistia aos presos políticos e exilados, o governo editou a Lei de Anistia, estendendo-a também a torturadores e participantes do aparato repressivo. Em outubro os metalúrgicos de S.Paulo decidiram iniciar a greve.

No primeiro dia da paralisação, 28 de outubro, as subsedes do Sindicato, abertas para abrigar os comandos de greve, foram invadidas pela Polícia Militar, que prendeu mais de 130 pessoas. Sem o apoio do sindicato e com a intensa repressão policial sobre sua ação, os metalúrgicos passaram a se reunir na Capela do Socorro, sendo a Zona Sul a região de maior concentração da categoria. No dia 30, Santo Dias, como parte do comando de greve, saiu da Capela do Socorro, para engrossar um piquete na frente da fábrica Sylvânia e discutir com os operários que entravam no turno das 14h00. Viaturas da PM chegam e Santo Dias tenta dialogar com os policiais para libertar companheiros presos. A polícia agiu com brutalidade e o PM Herculano Leonel atirou em Santo Dias pelas costas. Ele foi levado pelos policiais para o Pronto Socorro de Santo Amaro, mas já estava morto. O corpo de Santo Dias só não “desapareceu” por conta da coragem de Ana Maria, sua esposa. Ela entrou no carro que transportava seu corpo para o Instituto Médico Legal, apesar de abalada emocionalmente e pressionada pelos policiais a descer, não cedeu.

Divulgada a notícia de sua morte pelos vários meios de comunicação, seu corpo seguiu para o velório na Igreja da Consolação. No dia 31 de outubro, 30 mil pessoas saíram às ruas da Capital para acompanhar o enterro e protestar contra a morte do líder operário, pelo livre direito de associação sindical e de greve e contra a ditadura.
Para aprofundar:-  blog.zequinhabarreto.org.br / - jblog.com.BR -  e no Google.com.br
 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Dom Oscar Romero http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=301 “Se me matarem, ressuscitarei na vida de meu povo.”
Do processo de beatificação de Dom Oscar Arnulfo Romero está em Roma, na Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, desde que foi concluída a fase diocesana de instrução do processo.
Dom Romero, fuzilado quando celebrava a missa em San Salvador em 24 de março de 1980, é uma das centenas de mártires cristãos assassinados em decorrência de seu compromisso com as lutas de libertação de seus povos.

 Tido como conservador quando de sua sagração episcopal em 1977, revelou-se em pouco tempo sensível à resistência popular contra a ditadura instalada em seu país em 1979. Camponeses, operários, religiosos, estudantes eram chacinados numa espiral de violência que o vitimou: somente entre janeiro e março de 1980, 1.015 salvadorenhos - ele inclusive - foram assassinados barbaramente.
 

Dom Romero confrontava diretamente com a repressão. Pouco antes de tombar, sua homilia chamado os militares a cessarem a repressão se tornou clássica: "Agora, eu gostaria de fazer um  apelo especialmente aos homens do Exército e concretamente às bases da Guarda Nacional, da Polícia e dos quartéis. Irmãos, vocês são parte do nosso povo e estão matando seus irmãos camponeses. Acima de uma ordem de matar dada por um homem, deve prevalecer a lei de Deus, que diz: "Não matar!". Nenhum soldado é obrigado a obedecer uma ordem que vá contra a lei de Deus. Ninguém é obrigado a cumprir uma lei imoral. Já é tempo de vocês recuperarem suas consciências. Obedeçam em primeiro lugar a sua consciência e não à ordem do pecado. Em nome de Deus e em nome desse povo sofrido, cujos lamentos sobem cada dia mais angustiados até o céu, suplico-lhe, rogo-lhes, ordeno-lhes em nome de Deus, cessem a repressão".
 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Vladimir Herzog http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=302 Vladimir Herzog

São vários os Mártires da Caminhada que nossa Fé recorda com carinho para alimentar nosso compromisso expresso nas palavras de Jesus:


“Não há maior amor que dar a vida pelo irmão”.


Vejamos o testemunho chocante de um judeu:- Vladimie Herzog

Nascido em 1937 na cidade de Osijsk, Iugoslávia, Vladimir Herzog, jornalista, professor universitário e teatrólogo naturalizado brasileiro, imigrou com os pais para o Brasil em 1942.

A família saiu da Europa fugindo do nazismo. Com o início do golpe militar, em 1964, Vladimir decidiu passar uma temporada na Europa com sua mulher. Em 1968 a família volta para o Brasil, no período mais feroz da ditadura militar do país. Trabalhou como publicitário até 1975, ano no qual foi escolhido para dirigir o jornalismo da TV Cultura. No dia 24 de outubro de 1975, o jornalista apresentou-se no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações/ Centro de Operações de Defesa Interna) para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro).

Morreu no dia seguinte. Segundo a versão oficial da época, ele teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário. Porém, de acordo com testemunhos de presos, Vladimir teria sido assassinado sob torturas. Em 1978, a Justiça responsabilizou o governo brasileiro por sua prisão ilegal, tortura e morte, mas apenas em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu que Herzog foi assassinado e decidiu conceder uma indenização para sua família.
 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Marçal de Souza Tupã-Y http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=303 “Não há maior amor que dar a vida pelo irmão”.

O líder guarani Marçal de Souza Tupã’-Y é lembrado pelos indígenas do Mato Grosso do Sul como um guerreiro que não foi derrotado. Em Atyguasu, grande reunião, realizada em outubro na Aldeia Campestre no município de Antonio João, a foto do líder ocupou lugar de honra no centro da tenda improvisada onde centenas de indígenas debateram a luta dos povos Guarani e Kaiowá pela demarcação de suas terras.

Nesse mesmo local, em 1983, Marçal foi brutalmente assassinado na porta de sua casa, aos 63 anos de idade, com cinco tiros, sendo um na boca, representando simbolicamente a tentativa de alguns setores da sociedade de calarem seu discurso em prol dos direitos dos povos indígenas. Sua voz, porém, ainda pode ser ouvida nas palavras de outras lideranças que seguiram seus passos e continuam lutando não somente pelas terras que lhes pertencem por direito, mas também por dignidade e respeito.

Marçal atuou também como intérprete guarani-português, tendo a oportunidade de conviver com antropólogos e cientistas sociais, como Darcy Ribeiro e Egon Shaden, o que lhe proporcionou acesso ao conhecimento científico e cultural.

Esses e outros problemas apontados por Marçal ainda são muito atuais, sendo discutidos em livro escrito pelo professor Laerte Tetila, em 1994, e também em documentário produzido por quatro jovens universitários, Ednaldo Rocha, Marcos Bonilha, Dalila Cividini e Leonardo Gordilho, que dedicaram seu trabalho de conclusão de curso ao tema. Desenvolveram um artigo científico, inscreveram-se em um Festival de Vídeo e receberam duas premiações pelo trabalho, em duas competições universitárias.

Essa repercussão confirma que a história deste mito não será esquecida e que não se restringe somente a Dourados ou ao estado sul-mato-grossense. Essa é uma luta de todos os povos indígenas e de todos os brasileiros. É a memória de um homem que lutou por direitos, pelo povo índio e pela raça humana.


 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Padre Josimo Tavares http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=304 Padre Josimo Morais Tavares, defensor dos lavradores, foi assassinado em Imperatriz. Em um artigo antológico o jornalista Oswaldo Viviani lembra-nos o episódio. Leia abaixo: “Tenho que assumir. Estou empenhado na luta pela causa dos lavradores indefesos, povo oprimido nas garras do latifúndio.
Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará em seu favor?

Eu, pelo menos, nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos, riqueza… Só tenho pena de uma coisa: de minha mãe, que só tem a mim e ninguém mais por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidam dela.
Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma causa justa. Agora, quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma conseqüência lógica do meu trabalho na luta e defesa dos pobres, em prol do Evangelho, que me levou a assumir essa luta até as últimas conseqüências.
A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras, deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar”.

Quase toda semana, o padre Josimo, sacerdote da diocese de Tocantinópolis e pároco da pequena São Sebastião do Tocantins (município do então estado de Goiás), subia aquela escadaria para reunir-se com agentes pastorais, religiosos e advogados. Sua luta: defender os lavradores, constantemente ameaçados por grileiros nos inúmeros conflitos agrários que se espalhavam pela região do Bico do Papagaio (área que abrange o norte do atual estado do Tocantins, o sul do Pará e o sudoeste do Maranhão).

Naquela semana de maio, o clima era tenso em toda a região do Bico do Papagaio. No dia 6 de maio, havia acontecido um conflito armado entre posseiros e grileiros, com morte de Sebastião Teodoro Filho, irmão de Osmar Teodoro da Silva, um vereador do PMDB de Augustinópolis (no então estado de Goiás, hoje Tocantins).
O próprio padre Josimo sofrera, no dia 15 de abril, um atentado a bala, na estrada entre Augustinópolis e Axixá, quando se dirigia para Imperatriz. O pistoleiro acertara somente a porta da caminhonete Toyota.
Naquele sábado de maio, porém, o pistoleiro – Geraldo Rodrigues da Costa, o mesmo que atentara contra a vida do padre semanas antes – o aguardou na calçada do prédio onde ficava a CPT.

Josimo já havia subido o primeiro lance da escadaria quando Geraldo, a 5 metros do padre, chamou por seu nome, já apontando para as costas do padre seu Taurus calibre 7.65. Josimo se voltou e recebeu dois tiros. A primeira bala raspou em seu ombro direito e foi alojar-se na parede. A segunda perfurou o rim e o pulmão e saiu pelo peito.

Duas horas depois de ter sido baleado, Josimo Morais Tavares, o “padre negro de sandálias surradas”, como os lavradores o identificavam, morreria, se transformando num dos maiores mártires da luta pela terra no Brasil.
Matador e mandantes condenados – O crime de pistolagem que vitimou o padre Josimo é um caso raro no Brasil em que mandantes e executor foram presos e julgados, mesmo que alguns tardiamente. Os envolvidos, em sua maioria, foram condenados.

Mais informações:  www.ecodebate.com.br

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8/10/2011
[8/10/2011] - Henrique Pereira Neto http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=305 Sacerdote, 28 anos, mártir da justiça em Recife,Brasil. Tinha apenas 28 anos de idade e três de sacerdócio. Era professor de Sociologia na Universidade de Pernambuco e Assessor  do Movimento Estudantil Católico e íntimo colaborador de D.Helder Câmara, Arcebispo da Diocese de Recife. Depois de inúmeras ameaças de todo tipo dirigidas contra o Arcebispo. Foi assassinado no inicio da Ditadura Militar. Pe. Enrique foi amarrado a uma árvore, estrangulado, arrastado e liquidado com três tiros na cabeça, seu corpo foi encontrado, dias depois, num matagal perto do prédio da SUDENE. Eu visitei esse lugar e o grupo da PJ que estava comigo rezou por ele e para que ele fosse o mediador entre Deus e a PJ., pois os jovens precisam  de forças e luzes. Foi um  verdadeiro mártir da Pastoral da Juventude. Ele deveria ser o Patrono da PJ. Tinha um grande compromisso com uma Nova Igreja que brotava do Concilio Vaticano II e com os pobres e marginalizados. Soube unir a opção pelos pobre à opção pelos jovens. Santo Padre Henrique, peça a Deus Pai pelos jovens de nosso Brasil.
Mais detalhes:- www.direitos.org.br

 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Margarida Maria Alves http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=306  “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”
Este lema cunhado por Margarida Maria Alves em seu último discurso antes de ser morta, expressa e explica a motivação para a luta do trabalhador rural brasileiro que optou pela resistência ao latifúndio e à exploração do trabalho. Assim ela viveu, lutou e morreu assassinada a mando de um latifundiário.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB), foi covardemente alvejada no rosto no dia 12 de agosto de 1983, em frente à sua casa e ao lado de seu filho, por ordem de José Buarque de Gusmão Neto, usineiro de Alagoa Grande, detentor de grande poder político e econômico no estado e, inclusive, no Colégio Eleitoral que elegia o Presidente da República na época da Ditadura Militar. Julgado somente 18 anos depois do homicídio, o usineiro e chefe político paraibano foi absolvido em junho de 2001 de seu covarde, hediondo e notório crime; mais um dos que seguem impunes entre os milhares perpetrados direta ou indiretamente pelos poderosos.
Na sua trajetória militante, Margarida Maria Alves se destacou sobremaneira na luta pelos direitos trabalhistas dos trabalhadores rurais de Alagoa Grande e do Brejo Paraibano, incentivando-os a fazer valer de fato o que lhes era negado pelos donos do poder econômico e político na região. À época, como resultado de sua liderança, foram movidas setenta e três reclamações trabalhistas contra engenhos e contra a Usina Tanques, de propriedade do mandante de seu assassínio, o que, em pleno período ditatorial, produziu uma grande repercussão e atraiu sobre si o ódio dos latifundiários locais que passaram a ameaçá-la e a tentar intimidá-la. Margarida, além de se não deixar abater por essas ameaças e intimidações, tornava-as públicas e fazia questão de respondê-las.
Margarida Maria Alves, nome de flor mas fibra de aço, mulher sertaneja, trabalhadora rural e líder sindical, morreu na luta, mas de fome a classe dominante não a matou.
Em sua homenagem, é realizada todos os anos no mês de agosto a Marcha das Margaridas que reúne milhares de trabalhadoras rurais.
Mais detalhes:- www.revistaforum.com.br / www.overmundo.com.br

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8/10/2011
[8/10/2011] - Irmã Adelaide Molinari http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=307 Irmã Adelaide Molinari, filha de agricultores, Salvador e Cecília Molinari, nasceu em Garibaldi-RS, aos 02/02/38, mudando-se, ainda menina, para Palmeira das Missões-RS.  Trabalhava com a família na roça. Aí descobriu sua vocação religiosa. Com o apoio de seus pais, foi morar com as Filhas do Amor Divino. Estudou. Tornou-se Religiosa  e assumiu o Carisma da Congregação: estar a serviço dos mais necessitados.Irmã Adelaide foi uma das primeiras Filhas do Amor Divino que se dispôs a trabalhar nas Missões, no Pará. Chegou em Eldorado aos O8 de abril de 1983 com mais duas Irmãs para ser presença de Igreja no meio daquele povo pobre, sofrido e necessitado.
 

A 14 de abril de 1985 foi cruelmente assassinada à bala, em meio a muita gente, na Rodoviária de Eldorado, após missão cumprida aqui na terra. Havia solicitado passagem para regressar a Curionópolis, onde se encontraria com as demais irmãs e de cuja comunidade era coordenadora.
Nesta oportunidade esperava-a o mais traiçoeiro gesto humano: o assassinato. Ali ela se encontrou e conversou com o Delegado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá-PA, o qual estava sendo visado e foi, neste momento, vítima de atentado. Irmã Adelaide só teve tempo de dizer:"Meu irmão, não faça isso", quando o pistoleiro, insensível, detona o tiro fatal, que fez a bala atravessar o tórax, sendo mortal para Irmã Adelaide. Atingindo-a também no pescoço, por onde derramou todo seu sangue.
O sangue de Mártires é sementeira de novos cristãos. O sangue derramado de Irmã Adelaide gera nova vida para o Reino.
Mais informações:- WWW.martiresdonossopovo1.blogspot.com  (ou pelo Google)

 


 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Jean Marie Donovan http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=308 De família rica, trabalhava na Organização de uma grande empresa. Era graduada em economia e educação. Pensou em dar dois anos de sua vida como missionária a serviço das pessoas abandonadas, principalmente das crianças órfãs. Quando comunicou sua decisão aos amigos, de ir para El Salvador, eles não podiam acreditar.

 Ela era jovem demais, muito participante das alegrias dos jovens de sua idade na cidade onde nascera. Frequentava festas, andava de moto, era muito alegre... Como iria viver uma vida de tantos sacrifícios?  Começaram então, a chamá-la de”Santa Joana” como coração. Mas, ela ficou firme. Deixou tudo e partiu. Em El Salvador dedicou-se às crianças e aos refugiados. Foi vigiada, ameaçada e finalmente assassinada no dia 2 de dezembro de 1980 em El Salvador. Foi um grande exemplo para seus colegas e para toda a juventude da America Latina. Falou mais com a vida do que com palavras. Nos Estados Unidos fizeram dois filmes de longa metragem sobre sua vida e testemunho missionário. Ela foi uma dos quatro missionários católicos que foram brutalmente espancadas, estupradas, e assassinado pela Guarda Nacional.

 

 


 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Dorcelina de Oliveira Folador http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=309 Dorcelina de Oliveira Folador nasceu em 27 de julho de 1963, em Guaporema/PR. Chegou a Mundo Novo em 1.976 com onze anos de idade. Iniciou sua atuação na Pastoral da Juventude no ano de 1.980. Em 1.987, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, candidatando-se no ano de 88 a vereadora. Professora, poeta, artista plástica, em 1.989 começou a contribuir no MST, chegando à direção estadual do Movimento e atuando como repórter popular do Jornal dos Sem-Terra. Ajudou a fundar também a A.M.P.D.F. - Associação Mundonovense dos Portadores de Deficiência Física. Depois de novamente candidata a vereadora em 92 e a Deputada Estadual em 95, Seu mandato foi interrompido em 30/10/99 às 23:00, quando foi assassinada na varanda de sua casa. 
 

“A Dorcelina morreu lutando. Lutando com dignidade para que um outro mundo fosse possível”, resume Marlene Oliveira, irmã da ex-prefeita Dorcelina Oliveira Folador, assassinada com seis tiros no dia 30 de outubro de 1999, em Mundo Novo, cidade que fica a 460 quilômetros de Campo Grande.

Dorcelina foi morta no fim da noite de um sábado, quando estava sentada na varanda da casa onde morava com o marido e as duas filhas. Prefeita de Mundo Novo no segundo ano de mandato, Dorcelina era conhecida por fazer uma ‘limpeza geral’ na administração do município e romper com grupos criminosos ligados ao poder público.“Ela mexeu com a máfia da fronteira”, contou Egídio Bruneto, um dos coordenadores do MST (Movimento Sem-Terra), em Mato Grosso do Sul. Durante 5 anos, Dorcelina era repórter voluntária do jornal do movimento, admirada pela disposição, apesar de deficiência física na perna esquerda.

Dorcelina fez uma administração voltada para o interesse público e por isso fez inimigos. Aqueles que não queriam a ética na política e a participação popular procuraram calar a voz de Dorcelina”, lembrou o amigo Pedro Kemp, deputado estadual da mesma corrente política da ex-prefeita.  Dez anos após o crime, muitos dizem que Dorcelina virou “santa”. O túmulo dela é visitado diariamente. Muitas pessoas pedem algo em nome dela e quando conseguem, atribuem à prefeita assassinada o “milagre”. “Já recolhemos diversas cartinhas de agradecimento, de pedidos, no túmulo dela”, diz Marlene, que mora em Rondônia, mas vai a Mundo Novo anualmente. “São histórias de luta, que na frente vai Dorcelina. Eles não admitem ser outra coisa, a tratam como uma santa”. A irmã de Dorcelina diz que sabe de muitas histórias que colocam a prefeita como responsável pela realização de pedidos.
 

 

 


 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Victor Jara http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=310
No dia 16, em 1973, Victor Jara foi assassinado pelos facistas chilenos - chefiados pelo General Pinochet - que derrubaram o governo constitucional de Allende. Jara era um poeta, músico, produtor cultural e dramaturgo. Estava ao lado das fôrças progressistas socialistas de Allende, que governavam o Chile e que foram liquidadas pelo golpe de estado do dia 11/09/1973. Victor Jara foi morto à tiros, após ser violentamente torturado e ter suas mãos esmagadas à marretadas e cortadas à golpes de baioneta. Êle entrou para a historia por sua magnífica obra e seus algozes como assassinos e torturadores.
 

Ativista da esquerda Chilena e ativo partidário do Presidente  socialista Allende, Jara foi um dos mais populares  personagens do meio artístico de seu país no início da década de 70 e dos mais célebres mártires da ditadura. O cantor foi compositor de várias canções de conteúdo social como  “O direito de viver em paz”, que servira de símbolo para parte da geração de chilenos que enfrentou a repressão.
“Diz a lenda que durante as torturas seus algozes quebraram suas mãos para que o músico não mais pudesse tocar seu violão, além de ter a língua arrancada para não mais poder cantar. Jara foi um dentre milhares de pessoas torturadas e brutalmente mortas pela ditadura assassina”.
 

Depois de sofrer espancamento e tortura, Jara tombou crivado de 44 balas em 15 de setembro de 1973. Sua morte ocorreu no Estádio do Chile, em Santiago, que depois do golpe militar foi usado como centro de detenção e tortura. Os restos mortais do cantor — cujo assassinato se converteu em um dos símbolos contra a ditadura pinochetista (1973-1990) — estão no Cemitério Geral de Santiago. Em sua homenagens foi trocado o nome do estádio de esporte do Chile para Victor Jara.
“Julgar deve ser uma atitude somente de Deus, porém todo aquele que luta pela VIDA, pela Paz, pelo Bem, é amado de Deus, porque agiu ou age, como Jesus agiu.”  Ignoto

 

 


 

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8/10/2011
[8/10/2011] - Ita Ford http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=311 Religiosa de Marykmoll. Foi assassinada no dia 2 de dezembro de 1980.  Norte americana, nasceu em Brookliyn, New York. Foi como missionária para o Chile e depois para El Salvador.
Um dia escreveu às suas companheiras:-“Não sei se é apesar do horror, ou por causa dele, da confusão, da maldade, da falta de lei, mas sei que é aqui que devo permanecer... creio que temos graças de Deus para El Salvador, agora. Devo caminhar com fé, um dia de cada vez, por este caminho de obstáculos, de desvios e armadilhas.”
 

Ita, acompanhando sua colega, a Irmã Carol, que levava pobres camponeses refugiados, sofreu naufrágio, quando atravessavam um rio. Pensou que ia morrer e contou que disse:-“Aqui estou Pai, recebe-me em tuas mãos”.
Sobreviveu ao acidente e recebeu o martírio no dia 2 de dezembro de 1980, em mãos de guardas que a sequestraram com mais 3 missionárias.


 

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8/10/2011
[7/10/2011] - João Bosco Burnier http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=13&cat=30&sub=23&catsub=22&artigo=298 .Nasceu em Juiz de Fora no dia 11 de junho de 1917 e no dia sete de abril de 1928 deixou os pais Henrique e Maria Cândida Penido Burnier e os sete irmãos para ser padre na diocese do Rio de Janeiro. Quando estudava em Roma decidiu ser jesuíta. Entrou na Companhia de Jesus em 1936, sendo ordenado sacerdote em Roma, no dia 27 de julho de 1946. Pediu para ser missionário no Japão. No entanto, foi enviado para ser Superior da Residência de Anchieta, no Espírito Santo, e Provincial da Vice-Província Goiano-Mineira entre 1954 e 1958. Exerceu importantes serviços na Educação: foi Mestre de Noviços e Diretor espiritual dos juniores entre 1959 e 1965.
 

Para evocar a figura de Burnier, voltemos aos anos sessenta, com o início da ditadura militar no Brasil cuja ideologia desenvolvimentista consistia em integrar para não entregar. Os Xavante, habitantes tradicionais da região em questão, desde os anos 40 vinham sendo perseguidos e eram temidos porque reagiam à invasão do seu território pelas frentes de expansão coloniais. As Companhias colonizadoras recebiam as terras do Governo para vendê-las.
O tempo de graça das mudanças na maneira de trabalhar com os povos indígenas estava fervilhando quando Burnier chegou à Missão jesuítica, com sede em Diamantino. O clima de igreja perseguida na América Latina e as reuniões quentes que eram feitas entre os missionários, o fizeram mudar seu modo de pensar a Missão.
Um destacamento de polícia foi estabelecido em Ribeirão Bonito, junto de Ribeirão Cascalheira, em 1973, para pressionar, intimidar os agricultores pobres que entravam em choque com os grandes fazendeiros na luta para adquirir um pedaço de terra. Os pequenos produtores rurais dali escreveram ao presidente do Brasil, Ernesto Gaizel, protestando que a polícia só estava a serviço dos fazendeiros, maltratava e torturava os pequenos agricultores e os peões. À época, a Igreja de São Félix do Araguaia tinha voz profética com Dom Pedro Casaldáliga, que alcançava grande representatividade na defesa dos Direitos Humanos.
 

No início dos anos 70, a Igreja criou o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para articular os trabalhos com os indígenas.
Através da coordenação do regional do CIMI-MT, João Bosco Burnier foi à Prelazia de São Félix participar de um encontro de pastoral indigenista em Santa Terezinha. Visitou a aldeia Tapirapé, plantou uma mangueira em S. Felix e voltou com Dom Pedro Casaldáliga até Ribeirão Bonito (hoje Ribeirão Cascalheira) para participar e celebrar a festa de Nossa Senhora Aparecida.
 

Porém, o tempo não estava para festa. Um clima de terror pairava no local. Num confronto com a polícia militar os “posseiros” haviam reagido à onda de terrorismo e mataram o cabo Felix, conhecido na região por suas “arbitrariedade e até crimes”. Os policiais atribuíam a Jovino Barbosa e seus filhos a morte do cabo Félix. Como os suspeitos estavam foragidos, para localizá-los, os policiais carregaram para a delegacia a mulher de Jovino chamada Margarida e sua nora Santana e as torturavam barbaramente de várias maneiras com tapas, pitoco de cigarro e agulhas. Vários policiais violaram Santana, queimaram sua roça, sua casa e todo o arroz do depósito.
 

O Padre João rezou e cantou com o povo na procissão de Nossa Senhora Aparecida para a bênção da água do batismo. Ouvia-se da delegacia muitos gritos e súplicas: “Não me batam”. Depois da procissão Dom Pedro e o Padre Burnier foram à delegacia interceder por ambas: “impotentes e sob torturas – um dia sem comer e beber, de joelhos, braços abertos, agulhas na garganta, abaixo das unhas – uma repressão desumana” (Dom Pedro Casaldáliga). Pediram que soltassem as mulheres inocentes, mas os soldados os insultaram e disseram que lugar de padre é na sacristia. Sem resultados, o Padre Burnier disse que estava indo para Cuiabá e denunciaria os abusos. Ao ouvir isso o policial Ezy Ramalho Feitosa se adiantou e deu-lhe uma bofetada, um golpe com a coronha no rosto e o tiro fatal.
O Padre caiu mortalmente ferido, vítima da caridade, sem reagir diante de tamanha violência. Dom Pedro lhe deu a Unção dos Enfermos, enquanto o Padre Burnier rezava, invocando várias vezes o nome de Jesus. Viu que sua hora havia chegado, ainda consciente, disse a Dom Pedro: “ofereço a minha vida pelos índios e este povo sertanejo”. Recordou-se de Nossa Senhora Aparecida e pronunciou suas últimas palavras: “Dom Pedro, terminamos a nossa tarefa!”
Para mais informações sobre Pe. Burnier,  - WWW.centro burnier.com.br / WWW.pjconquista.org
 
 

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7/10/2011