<![CDATA[Família Missionária]]> http://familiamissionaria.com.br/ pt-BR Família Missionária http://www.familiamissionaria.com.br/images/layout/logo.png http://familiamissionaria.com.br/ [25/10/2011] - 1º circulo bíblico: “Caminhando e cantando e seguindo a canção” - Carlos Mesters e Francisco Orofino http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=206 Enfrentando a incerteza com a história na mão - Atos, 1,1-11

Nossa proposta por esses dias é intercalar uma reflexão do circulo bíblico repassando um apanhado do que temos encontrado no Livro: A Palavra na Vida, de Carlos Mesters e Francisco Orofino com uma Técnica de dinâmica que aponte a prática da reflexão vivida. Trata-se de um estudo dos Atos dos apóstolos, que é o livro do Espírito Santo. No evangelho, Lucas narra os gestos e palavras de Jesus. Em Atos os gestos e palavras das comunidades, que animadas pelo Espírito de Jesus levaram a Boa Nova até os confins da terra. Tudo se faz impulsionado pela ação do Espírito Santo que Jesus prometeu e que ungiu os discípulos e discípulas de Jesus, inclusive sua mãe Maria.

O Espírito anima os cristãos, pois comunica a certeza de que Jesus está presente na comunidade. Traz alegria e consolação no meio das dificuldades, orienta nos momentos decisivos e alimenta constantemente nosso espírito enfraquecido pelos embates da realidade cruel que nos cerca. Por isso, assim como Lucas, também nós necessitamos manter esse olhar bem atento às realidades de nossa época para então buscarmos compreender a Palavra que o Espírito Santo sopra em nossos corações. É interessante sabermos quais são os Atos - a prática e os feitos - não só dos apóstolos e apóstolas daquela época, mas de tantos outros e outras que, desde então têm testemunhado a Palavra como caminho de vida para todos.

Por isso pensamos em seguir alguns tópicos destas páginas e com eles iluminar nossa caminhada enquanto comunidade de Jesus.

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade.

Há momentos em que a gente deve olhar para trás, para saber que caminho tomar. Aprender com os erros e acertos. Assim fez Lucas. Num momento dolorido de perdas, perseguição, mortes, descreve os fatos passados, as promessas feitas, os embates sofridos, as vitórias e derrotas. Um testemunho de tudo que se fez, do quanto se andou, até para se saber que é possível andar, ir à frente porque não estavam sós, mas com Jesus. E, quem sabe, esse olhar no espelho das primeiras comunidades leva a encontrar no passado a chave que possa abrir a porta do futuro. Vamos fazer o mesmo. Então comecemos por conversar:

·        Por que você participa da comunidade? O que você ganha com isso?

·        O que aprendemos da caminhada da nossa comunidade, feita até hoje?

·        Qual é para você, a missão da comunidade?

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.

1 - ler o prólogo do livro “Atos dos apóstolos” (At 1,1-11) - que faz a ligação entre a história de Jesus e a história das comunidades. Refletir, prestar atenção: para Jesus, qual é a missão da comunidade?

2 - a leitura do texto: Atos 1, 1-11 - pode ser dividida, partilhada.

3 - momento de silêncio.

4 - Perguntas para refletir e partilhar:

·        Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?

·        Conforme as últimas palavras de Jesus aos discípulos, lembradas por Lucas, qual a missão da comunidade?

·        O que Jesus diz sobre o Espírito Santo? O que isto tem a ver com a nossa vida e missão?

·        Por que será que Jesus foi embora? Por que não ficou no meio de nós?

·        A partir do texto do prólogo dos Atos, qual o objetivo que Lucas quer alcançar com o seu livro?

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.

·        Celebrar, se desejar, com canto e oração espontânea.

·        Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.

 Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos

 Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.

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25/10/2011
[2/10/2011] - Dinâmica relacionada ao 1° círculo bíblico : "Jesus no mundo, hoje" - Rosabel De Chiaro http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=207 Adequada a jovens e casais. Própria para complementar o 1º Círculo Bíblico proposto com a reflexão do texto de Atos 1,1-11. Ideal para associar a vivência da fé ao exercício de vida em comunidade e em sociedade, testemunhando com vida a fé em Cristo Jesus, realizando com Ele o que Ele mesmo nos pediu.
 

Objetivo: Levar os participantes a experiência da presença de Jesus no mundo de hoje;

- utilizando o recurso da dramatização, levá-los a expressar como percebem o “jeito de Jesus” olhar o mundo, as pessoas e a família;
- motivando-os pela tarefa a experimentar que a presença de Jesus se faz através de nós, da nossa capacidade de olhar os acontecimentos do mundo, de analisar as realidades que se apresentam diante de nós, percebendo as pessoas que nos cercam;
- despertando ao compromisso da vivência da fé na construção da realidade da vida.
Material: para utilizar na dramatização: vestuário para caracterizar a pessoa de Jesus e outros personagens que o grupo deseje apresentar. Bíblia, textos: At.1,1-11 (se associar ao círculo bíblico) e Jo 15,12-17(encerrando). Folhas de papel sulfite, canetas.


Estratégia: 1ª Etapa
- Propor a apresentação dos participantes para facilitar a integração do grupo.
- Convidá-los a participar, apresentando o tema: “Jesus no mundo, hoje.” Orientar:
“Vamos imaginar que Jesus está aqui, nesta sala. Cada um de nós é o seu anfitrião. Vamos agora recebê-lo, cumprimentá-lo, nos apresentar e conversar com Ele. Vamos pega-lo pelas mãos e mostrar-lhe as coisas boas e más que a gente vê no mundo, nas ruas, nas famílias, nas pessoas, etc.”
- motivá-los, questionando que coisas mostrariam a Jesus;
- se necessário, iniciar a experiência convidando um deles para representar a pessoa de Jesus, como exemplo.
- propiciar um clima de liberdade de expressão, de gestos, etc. para que tudo se desenrole naturalmente;
- incentivar para que todos se manifestem;
- dispor de bastante tempo para este momento.
 

2ª Etapa
 - Convidá-los a montar uma cena expressando as reações de Jesus diante da realidade do mundo, das pessoas e da família. Todos devem de alguma forma participar.
- Disponibilizar o material: folhas sulfite, canetas, vestuários para compor os personagens. Caso o grupo tenha vivenciado a reflexão do 1º Círculo Bíblico é interessante relembrar a leitura do texto de Atos, associando-a ao tema vivenciado pela técnica de dinâmica. Sugerir que encerrem com o texto proposto, de João. Dar o tempo para que planejem a cena.
 

3ª Etapa
- convidá-los à apresentação da cena:
- motivá-los prestigiando o trabalho apresentado.
A seguir sugerir que se acomodem em seus lugares e perguntar: “como foi viver esta experiência, o que aprenderam com ela?
- deixar que se manifestem auxiliar mobilizando-os, se necessário.
- convidá-los a formar um círculo e, em pé, concluírem com a leitura do texto de João, como mensagem de Jesus a cada um dos participantes do grupo.
 

Do livro: Nós, Eu e Você - Casais - Sonia Biffi e Rosabel de Chiaro - Ed. Paulus, 2002 - 3ª edição
 
 

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2/10/2011
[2/10/2011] - 2º circulo bíblico: "A Comunidade Original" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=209 O ponto de partida: reconstruir a fraternidade - Atos 1,12-26

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade
O texto cuja reflexão ora propomos é como um quadro bonito que Lucas pintou. É o início da descrição da Comunidade Modelo, que ocupa a primeira parte dos Atos. Lucas fala da pequena comunidade que sobrou depois da ascensão de Jesus. Estavam reunidos para rezar. Pedro os convida para completar o quadro da comunidade, que ficou desfalcada depois dos acontecimentos trágicos da paixão e morte de Jesus. Muitos tinham fugido. Judas, desertado, reduzindo o número dos apóstolos. Lucas, então, enumera as pessoas que faziam parte dessa Comunidade Original: os onze apóstolos, as mulheres que haviam seguido a Jesus, inclusive Maria, sua mãe, os parentes de Jesus, seus irmãos. Ao todo, em torno de 120 pessoas!
 

Uma grande variedade. Na época havia muitos grupos e tendências. Desde o seu início a igreja é a reunião de grupos distintos. Porém, apesar da variedade, Lucas faz questão de informar que tinham os mesmos sentimentos. Esforçavam-se para manter a unidade.
Também hoje nas nossas comunidades a variedade é grande: posição social, profissão, escolaridade, partidos políticos, tendências pastorais, associações, saúde, moradia. E também entre nós o esforço de criar fraternidade é grande. Então, vejamos:
·        Nós que aqui estamos reunidos: quem somos nós? De onde viemos? O que fazemos? Por que estamos reunidos?
·        A partir da sua experiência, diga o que você acha desta variedade.
 

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
1 - No texto que vamos ler, Lucas descreve a Comunidade Original, reunida no cenáculo logo após a ascensão de Jesus. Apesar da variedade, as pessoas têm algo em comum que as faz ser comunidade e que se concretiza nos critérios da escolha da nova liderança em substituição a Judas. Vamos prestar atenção no seguinte: “o que une aquele grupo e quais os critérios de Pedro na escolha da nova liderança?”
2 - a leitura do texto: Atos 1, 12-26 - pode ser dividida, partilhada.
3 - momento de silêncio.
4 - Perguntas para refletir e partilhar:
·        Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
·        O que une aquele grupo e quais os critérios de Pedro na escolha da nova liderança?
·        Como Pedro interpreta a morte de Judas?
·        O que você sabe da vida de cada uma daquelas pessoas que aparecem na descrição de Lucas? O que conhece da vida das pessoas que estão na origem da nossa comunidade?
·        O que este quadro de Lucas ensina para nós hoje?
 

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
·        Celebrar, se desejar, com canto e oração espontânea.
·        Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.
 

Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos
Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.


 

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2/10/2011
[2/10/2011] - Dinâmica relacionada ao 2° círculo bíblico: “A Igreja de Jesus, Comunidade" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=210 Adequada para Jovens e adultos. Complementa a reflexão do 2ª Círculo Bíblico.

Objetivo: Levar os participantes à percepção de que a Igreja de Jesus se constrói na convivência e participação de cada pessoa, de cada batizado, de cada cristão:
- mobilizando-os, com o apoio de um texto, à reflexão do sentido e missão de ser comunidade;
- estimulando-os a experimentar seus próprios sentimentos em relação à pessoa de Jesus, para fortalecer seu laço de comunicação com Deus;
- facilitando, pela estratégia, a compreensão de que é no próprio exercício do viver e conviver que vivemos, somos e construímos a comunidade de Jesus;
- ampliando, pela experiência vivida, o próprio significado do que é “A Igreja de Jesus, Comunidade” e abrindo um diálogo sobre a função/missão do sacerdote e religioso/a consagrados.
Material: Um cartaz contendo ao centro o desenho ou a colagem de uma Igreja confeccionada em papel colorido; texto de apoio impresso anexo; canetas esferográficas e grande quantidade de etiquetas colantes (recortadas de tamanhos e formatos diferentes, simbolizando tijolos ou pedras da construção da Igreja).
 

Estratégia: 1ª etapa:
Propor a apresentação dos participantes para facilitar a integração do grupo.
Convidá-los a participar, apresentando o tema: “A Igreja de Jesus, Comunidade.”
Distribuir o texto de apoio, sugerir que um dos participantes o leia, em voz alta e clara;
Após a leitura, motivá-los para que conversem a respeito do conteúdo do texto, manifestando o que entenderam;
Em seguida, propor: “quem gostaria de contar como foi que Jesus o/a chamou”, motivar para que todos falem;
Explorar bastante a relação entre o chamado e a resposta de cada um valorizando os esforços e tentativas pessoais, cuidando para não expor nem magoar as pessoas.
 

2ª etapa:
Prosseguir: “agora, vamos direcionar nossa reflexão para outra parte. Indicar a seguinte parte do texto: “para os cristãos, depois da Páscoa...”  até o final;
Sugerir que leiam novamente;
Em seguida perguntar:
O que faz uma Igreja ser a Igreja de Jesus, a construção de tijolos ou as pessoas que estão lá fazendo as coisas que Jesus ensinou e pediu?
Quem faz as coisas que os apóstolos faziam? Que coisas são essas?
Hoje, como a gente vive a Igreja de Jesus?
Concluir esta etapa convidando-os a realizar um trabalho sobre o tema discutido.
 

3ª etapa:
Apresentar o cartaz, o material disponível ao trabalho e orientar:
Estas etiquetas simbolizam cada atitude, cada gesto que cada pessoa vive na Igreja de Jesus, com os irmãos e com Jesus, por causa de Jesus;
Vamos agora, escrever em cada etiqueta uma atitude, um gesto que a gente vive na Igreja e colar neste cartaz, simbolizando os tijolos que constroem a Igreja, a comunidade de Jesus;
Propor que primeiro escrevam e depois organizem a colagem das etiquetas.
Ao término, motivar comentando o resultado do trabalho, perguntar: “Como foi viver esta experiência e o que aprenderam com ela?”
 

Se necessário, valer-se dos itens citados no objetivo, para motivá-los às manifestações;
Sugestão para concluir. caso o grupo tenha refletido a proposta do 2º Círculo, que publicamos, antes de encerrar lembrar a leitura vivenciada e associar ao tema ora vivido. Motivá-los para que percebam a relação entre a antiga comunidade de Jesus e a comunidade de hoje. Encerrar como o grupo desejar.

Texto de apoio: Dinâmica: “A IGREJA DE JESUS, COMUNIDADE”

COMUNIDADE – Seguir Jesus para ficar com Ele
 Por volta dos 30 anos de idade, Jesus... percorre os povoados... anunciando a Boa Nova de Deus aos pobres...
Chama outras pessoas para segui-lo... com o mesmo anúncio: “O Reino chegou!”... chama para duas coisa: “para ficar com ele” e “para enviar a pregar e a expulsar os demônios.” São as duas coisas mais importantes na vida de um cristão ou de uma cristã: ser da comunidade (ficar com Jesus), e a comunidade realizar a missão que recebeu (pregar e expulsar o poder do mal). Não são duas coisas distintas. São como os dois lados da mesma medalha.
A maneira de Jesus chamar é simples e variada... passa, olha e chama. Os que são chamados já o conhecem... já tiveram alguma convivência com ele... sabem como ele vive e o que pensa.
O chamado não é coisa de um só momento, mas é feito de repetidos chamados e convites, de avanços e recuos.
Às vezes, é Jesus quem tomas a iniciativa... outras... os próprios discípulos... ou é João Batista... outras fezes ainda, é a própria pessoa que se apresenta e pede para segui-lo. É como hoje... e, em sua vida, como foi que o chamado chegou?
O chamado é gratuito, não custa. Mas acolher o chamado exige decisão e compromisso. Jesus não esconde as exigências. Quem quer segui-lo deve saber o que está fazendo: deve mudar de vida e crer na Boa Nova... quem não estiver disposto... “não pode ser meu discípulo.” O peso porém não está na renúncia, mas no amor que dá sentido à renúncia.
O chamado é como um novo começo...momento de entrar na nova família, na nova comunidade, e de começar tudo de novo. Quem aceita o chamado de deixar... “seguir em frente e não olhar para trás”...
Quem seguia Jesus devia comprometer-se com ele... “estar com ele nas tentações”... na perseguição... estar disposto...
Para os cristãos, depois da Páscoa, à luz da ressurreição, acrescentou-se esta terceira dimensão: “Vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”... procuravam identificar-se com Jesus que estava vivo na comunidade... refaziam o caminho de Jesus...
A raiz da missão é a nova experiência de Deus como Abba Pai. A plataforma de onde se parte para a missão é a comunidade.
A missão não é uma tarefa que a comunidade pode executar e, depois ficar livre dela. A missão é a natureza mesma da comunidade...
O mesmo Jesus que viveu na Palestina, que acolhia os pobres do seu tempo e era a revelação do amor do Pai, este mesmo Jesus continua vivo no meio de nós, nas nossas comunidades. Através de nós, ele continua sua missão...
Que o seu Espírito nos ajude na leitura dos evangelhos, nos faça compreender o sentido das suas palavras e nos dê a força para cumpri-las. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre.” (Hb. 13,8) 
do livro: Com Jesus na Contramão, Frei Carlos Mesters, Paulinas, SP, 1995 (trecho pág. .65s.)                 

Do livro: Nós, Eu e Você - Casais - Sonia Biffi, Rosabel De Chiaro - Ed. Paulus, 2022 - 3ª ed.
 

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2/10/2011
[2/10/2011] - 3º Circulo Bíblico: "Pentecostes: O Espírito e a Palavra" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=211 Uma fotografia do passado projetada na tela do futuro - Atos, 2,1-24

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade

Vamos meditar sobre a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Nos Atos, além do primeiro Pentecostes, há vários outros pentecostes e pentecostinhos: quando a comunidade está em oração durante a perseguição (At 4,31); quando Pedro acolhe o primeiro não judeu (At 10,44-46); quando se reúnem para enviar os primeiros missionários (At 13,22) etc. Além disso, muitas pessoas aparecem animadas pelo Espírito Santo: Pedro (At 4,8); Estevão (At 6,5); Barnabé (At11,24). O espírito Santo atua em tudo, desde a redação do documento final da Assembléia de Jerusalém (At 15,28) até as coisas mais comuns da vida, como o planejamento do roteiro da viagem dos missionários (At 16,6.7).
Hoje também acontecem muitos Pentecostes, momentos fortes da caminhada, de tomada de consciência, de luta, de celebração, de descoberta, de testemunho. Tantos momentos! Sempre de novo, sem parar, o Espírito faz nascer e renascer a Igreja e as comunidades! Vejamos:
·        Houve algum fato na vida da sua comunidade, em que vocês reconheceram a presença e a ação do Espírito Santo? Conte.
·        Já aconteceu alguma vez algo assim na sua vida pessoal?
·        E na história das Igrejas do Brasil e da América Latina, houve algum Pentecostes? Qual?

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
1 - Vamos ouvir como Pedro procura dar a explicação correta do acontecimento e como ele revela o apelo de Deus. Vamos prestar atenção no seguinte: quais as várias formas ou símbolos com que o Espírito Santo se manifesta?
2 - a leitura do texto: Atos 2, 1-24 - pode ser dividida, partilhada.
3 - momento de silêncio.
4 - Perguntas para refletir e partilhar:
·        Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
·        Quais são, um depois do outro, os vários assuntos abordados neste texto? Sobretudo, quais os assuntos abordados por Pedro no seu discurso?
·        Quais as várias formas ou símbolos em que o Espírito Santo se manifesta? Qual o significado de cada símbolo?
·        Como o povo reage frente à ação do Espírito Santo? Como Pedro ajuda o povo a superar a interpretação errada que alguns deram ao fato?
·        Como este texto pode ajudar-nos hoje a perceber a verdadeira ação do Espírito Santo na vida e na história de nossas comunidades?

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
·        Comentando: “no início do evangelho, Lucas descreve como Jesus nasce pela ação do Espírito Santo. No início dos Atos, como a Comunidade nasce pela ação do Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito inaugurou a nova humanidade (At 2,4.33; 4,31) A partir deste momento, é o Espírito de Jesus que vai animar a vida e a história das comunidades. Ele dirige todos os seus passos, transformou os apóstolos... está presente nas comunidades... traz alegria, consolação, fortaleza, discernimento etc... sua ação está encarnada em ações ordinárias, comuns da vida humana: falar, rezar, cantar, criticar, decidir, crescer, anunciar, servir etc. Manifesta-se nas iniciativas e testemunhos da comunidade, nas celebrações da Palavra e dos Sacramentos, nas lutas das pessoas pelo bem dos outros, nas reuniões, nos encontros, nos conflitos, nas descobertas...”   
·        Celebrar, se desejar, com canto e oração espontânea.
·        Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.

Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos
Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.


 

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2/10/2011
[2/10/2011] - Dinâmica relacionada ao 3° círculo bíblico: "Fruto" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=212 Objetivo: propor uma reflexão a respeito da presença e da ação do Espírito Santo na dimensão da nossa fé, em confronto com a realidade da nossa vida, familiarizando-os com o universo dos dons:

- despertando-os, com o auxílio do texto impresso, a refletir sobre os próprios dons e os dons dos outros;
- motivando-os à descoberta da relação da vivência desses dons com o exercício da nossa vida;
- abrindo espaço para a troca de idéias, conceitos e valores que nos guiam no exercício de nossa vocação. Levando-os a refletir que a vivência (descoberta e crescimento) dos dons concedidos por Deus é a expressão da resposta de liberdade de cada um;
- mobilizando-os, através da montagem de um cartaz, a externar de uma forma simples e palpável, o papel de cada um, no exercício dos dons, no dia a dia. Partilhando exemplos e testemunhos que revelem os benefícios (frutos) gerados pelo uso dos dons e o quanto eles contribuem para o bem comum, fazendo acontecer através de cada um de nós a presença e o amor de Deus no mundo.
Material: para cada casal: texto sobre os dons (anexo). Para cada grupo: um cartaz com o desenho de uma árvore (tamanho grande), figuras variadas de: frutos, flores e folhas (em torno de 2 de cada, para cada participante); 7 tiras de papel, em cada uma, um Dom impresso (simbolizando os ramos), tesoura, cola, durex e canetas hidrocor.
Estratégia:
 

1ª etapa: Refletir:
Distribuir o texto sobre os dons do Espírito Santo, sugerindo que leiam e reflitam;
- mobilizá-los para a identificação dos próprios dons e dos dons alheios (esposa/o; amigos; filhos);
- motivá-los a refletir e manifestar o que a vivência dos dons pode provocar, realizar na vida das pessoas e no mundo, ou seja, quais são os frutos que gera;
- questionar: quem já experimentou a necessidade de possuir um dom que lhe faz muita falta? O que fazer quando isto acontece?
- motivá-los à manifestação e troca de opiniões.
 

2ª etapa: Executar
Apresentar o material e propor:
- inspirados na reflexão, nas descobertas que fizemos e usando o material disponível, vamos simbolizar os dons nos ramos de uma árvore e os frutos nas folhas, flores e frutos;
- orientar para que escrevam suas descobertas no material recortado e sugerir a colagem do mesmo no cartaz da árvore;
- deixá-los à vontade, estimular e estar atento para que todos participem.
 

3ª etapa: Contemplar:
- Fixar o cartaz de maneira que esteja à vista de todos.
- Convidá-los para “contemplar” a obra que realizaram e “refletir”: Quais os dons mais comuns em nossa comunidade? Quais os frutos que percebemos, têm sido gerados em nossa comunidade?Quais aqueles dos quais sentimos falta? Como fazer para que brotem, aconteçam, realizem?
- concluir, propondo a associação desta técnica vivida ao tema do 3º Círculo Bíblico por nós também publicado. Motivar à reflexão dos benefícios dos dons e dos frutos gerados pelos primeiros discípulos que nos dias de hoje ainda se refletem na caminhada da Igreja de Jesus. Agradecer e encerrar como o grupo desejar.

Texto de apoio: Dinâmica: Fruto

OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO
Piedade: é o dom de estar sempre aberto à vontade de Deus, procurando agir como Jesus agiria e identificando no próximo o rosto do Cristo.  Nada tem a ver com aquele sentido piegas de piedade, de quem fica o dia todo na igreja batendo no peito e acendendo velas.
Piedosa é a pessoa ou comunidade que traz nas entranhas a vontade irrefreável de realizar na sociedade o projeto de justiça de Deus.
Temor: é o dom da prudência e da humildade, de saber reconhecer os próprios limites, de não pedir ou esperar de Deus que Ele faça a nossa vontade, de não meter-se em situações complicadas, ambíguas, difíceis de serem entendidas pela nossa comunidade de fé.  A pessoa ou comunidade dotada desse dom sabem que são amadas pelo Pai e temem qualquer risco de infidelidade ou traição a esse amor.
Inteligência: é o dom de entender os sinais da presença de Deus nas situações humanas, nos conflitos sociais, nas lutas políticas.  Nada tem a ver com capacidade intelectual ou nível de QI. A pessoa ou  comunidade dotadas de inteligência captam, sem dificuldade, a íntima relação entre vida e Palavra de Deus.
Conselho: é o dom de saber discernir caminhos e opções, de saber orientar e escutar, de animar a fé e a esperança da comunidade.
Fortaleza: é o dom de resistir às seduções da sociedade capitalista, de ser coerente com o Evangelho, de enfrentar riscos na luta por justiça, de não temer o martírio. A pessoa ou comunidade dotada desse dom não se amedrontam diante de ameaças e perseguições, pois confiam incondicionalmente no Pai.
Ciência: é o dom de saber interpretar a Palavra de Deus, de explicar o Evangelho e a doutrina da Igreja, de fazer avançar a teologia, de traduzir em palavras o que se vive na prática.  Nada tem a ver com a ciência aprendida nas escolas e nos livros.
Sabedoria: é o dom de perceber o certo e o errado, o que favorece e o que prejudica o projeto de Deus, quem acredita na libertação e quem está interessado na opressão. A sabedoria é dada especialmente aos pobres e àqueles que são solidários a eles.
                                                          (fonte desconhecida)

Do livro: Nós, Eu e Você - Casais - Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro - Paulus Editora - 2002 - 3ª edição

 

 

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2/10/2011
[2/10/2011] - 4° círculo bíblico: "O fruto da ação do Espírito Santo" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=213 Conversão e vida em comunidade - Atos 2,36-47

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade
Vamos meditar sobre a resposta que os peregrinos deram ao anúncio da Boa Nova no dia de Pentecostes. Duas coisas caracterizaram essa resposta: mudança de vida (conversão) e vida em comunidade (fraternidade). Fazendo um retrato dessa vida em comunidade dos primeiros cristãos, Lucas destaca pontos básicos, não só para retratar como foi, mas como deve ser a vida em comunidade no presente e no futuro. E ainda a descreve como sendo ideal para todos, informando que aqueles primeiros irmãos e irmãs nossos, vivendo assim, em comunidade, gozavam da estima de todo o povo de Jerusalém.
1 - Se você tivesse que fazer um retrato da sua comunidade, quais os pontos básicos que você destacaria?
2 - Como o pessoal de fora, que vive no seu bairro ou na sua rua, vê e avalia a sua comunidade?

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
1 - Vamos ler o texto que nos descreve duas coisas: a conversão do povo e a vida em comunidade dos primeiros cristãos. Vamos prestar atenção no seguinte: quais os pontos básicos que Lucas destaca na descrição do processo de conversão do povo e na descrição da vida em comunidade dos primeiros cristãos?
2 - a leitura do texto: Atos 2, 36-47pode ser dividida, partilhada.
3 - momento de silêncio.
4 - Perguntas para refletir e partilhar:
·        Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
·        Quais os pontos básicos que Lucas destaca na descrição do processo de conversão das pessoas que ouviram o discurso de Pedro (VV.37-41)?
·        Quais os pontos básicos que Lucas destaca na descrição da vida em comunidade dos primeiros cristãos (VV 42-47)?
·        Confronte a sua comunidade com os pontos básicos da vida da primeira comunidade.
·        Pedro diz que o povo deve salvar-se desta geração perversa. Será que todas as pessoas que não são cristãs são “uma geração perversa”? Não pode ser! O que será que Pedro queria dizer com essa expressão? 

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
Comentando: o texto que meditamos tem 3 partes: traz a frase final do primeiro discurso de Pedro no dia de Pentecostes (2,36). Descreve o resultado que o discurso provocou nos ouvintes (2,37-41). Pinta o retrato da comunidade que nasceu do anúncio da Ressurreição (2,42-47).  Dá-nos um “modelo” de comunidade e quer animar a caminhada das comunidades do seu tempo e de hoje.  
·        Colocar em forma de prece o que partilhamos: “ajuda-me Senhor, a viver em fraternidade!”
·        Qual o compromisso que esta palavra nos está pedindo?
·        Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.
 

Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos
Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.

 

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2/10/2011
[2/10/2011] - Dinâmica relacionada ao 4° Círculo Bíblico: "Avaliando a caminhada" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=214

Objetivo: Ressaltar a importância da caminhada comunitária como estímulo para a formação e o crescimento pessoal.

- possibilitando ao grupo uma análise dos valores conquistados na caminhada comunitária;

- refletindo quais são esses valores, de quem os recebemos como os assimilamos e o que causam em nós;

- promovendo a importância da partilha e da troca das descobertas entre os participantes.

 

Material:

Para o grupo: 1 varal, pregadores de roupa coloridos, figuras retiradas de revistas e jornais. Devem ser figuras, bem variadas que apresentem cenas ou imagens da natureza, da realidade que nos cerca, com seus valores, seus pontos positivos (família, solidariedade, amor, trabalho, comunidade, Igreja etc) e seus pontos negativos (drogas, sexo desequilibrado, fome, miséria, desamor, etc.). A quantidade de figuras deve ser em número e variedade suficientes para despertar interesse e reflexão diante do conteúdo apresentado.

Para cada participante: ¼ de folha sulfite para anotações; impresso do questionário: “Avaliando a Caminhada” e caneta/lápis.

 

Estratégia:

1º - Fazer a montagem do varal com antecedência.

Ao acolher os participantes não se preocupar se já demonstrarem curiosidade e interesse pelas imagens do varal.

2º - 15’ - Reuni-los em círculo, iniciar a reunião conforme hábito do grupo e, em seguida convidá-los a uma atividade, se desejar pode até manifestar o motivo pelo qual foi escolhida ou pode deixar essa manifestação para o final da atividade...

- Convidar então os participantes que, em silêncio, sem pressa, levando papel e caneta/lápis disponíveis sobre a mesa, façam um passeio para contemplar, observar, admirar e avaliar as imagens e figuras colocadas no varal. Observem principalmente o que elas provocam em seu ser interior e o que sentem ao observá-las.

- Procurem manter o silêncio para facilitar a identificação de seus sentimentos. Depois de refletir, anotem suas preferências, sentimentos e observações.

3º - 15’ - Solicitar que retornem ao círculo. Propor que façam colocações sobre o que viram quais os sentimentos despertados, o que mais os sensibilizou. Deixá-los comentar e conversar livremente.

4º - 30’ - Fazer as propostas, deixando espaço para que comentem: “Tudo o que vimos são imagens que refletem o mundo que nos cerca. Fazemos parte deste mundo e certamente, em nossa caminhada, cruzamos e contemplamos essas realidades. Será que, na ocasião, tivemos o mesmo olhar contemplativo? Admirado? Sentimental? Revoltado? Alguma coisa nos motiva ou nos mobiliza mais hoje do que há anos atrás? Vamos refletir se a vida em comunidade contribui para nossa vida como pessoa, como cristã, como cidadã?

Distribuir o texto de apoio e prosseguir com as propostas nele contidas. Motivar para que todos participem.

5º - 10’ - Caso tenham refletido o 4º Círculo Bíblico, concluir propondo a associação desta técnica ao tema do 4º Círculo Bíblico por nós também publicado. Motivar às manifestações que se relacionem com as mudanças interiores, ou seja, o novo modo de ver as pessoas, a natureza, a vida, como também o novo modo de conviver, compartilhar a vida com tudo que nos cerca, inclusive a comunidade de Jesus.

Sugerir que os participantes escolham como desejam encerrar a reunião. Agradecer a participação de todos.

Texto de apoio: “Avaliando a Caminhada”

1. Posso dizer que a caminhada em comunidade modificou a minha pessoa? Em que aspectos?

- Percebo melhor o universo como obra do Criador? Reconheço o universo criador de cada ser como dom de Deus?

- A caminhada em comunidade acrescentou-me valores que despertaram uma nova visão da vida? Nova consciência de amizade, de família?

- Criou novos interesses? Quais?

- Despertou para novas realidades? Quais?

- Estreitou minha relação com Deus? E com as pessoas: crianças, homens, mulheres, idosos?

Na dimensão Deus e o homem, há dúvidas?

2. Sugestões para melhorar a caminhada.

3. Compromisso de novas realizações.

Obs. acrescentar as questões relativas ao 4º Círculo Bíblico.

Do livro: Caminhos de Encontro e Descobertas - dinâmicas e Vivências - de Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro Paulus Editora - 6ª edição.

 

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2/10/2011
[2/10/2011] - 5° círculo bíblico: "A verdadeira esmola" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=215 “Em nome de Jesus levanta-te e anda!” Atos 3,1-26

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade
Neste encontro vamos meditar sobre o texto que descreve o encontro de Pedro e João com o aleijado que ficava sentado à porta do Templo pedindo esmolas aos que vinham rezar. Todos os dias ele era carregado para lá. Sinal de muita solidariedade! Ao contrário daquele outro aleijado que esperou por 38 anos para ser curado, pois ninguém o levou até a piscina de Siloé (Jo 5,5-7).
Hoje, especialmente nas cidades grandes vemos aumentar o número de mendigos, indigentes, necessitados de tudo. Muitos vivem nas ruas, sem casa, sem comida, sem alimentos. Pedem esmolas, anseiam por atenção, demonstram suas limitações, suas feridas. A presença deles incomoda a consciência de todos que ainda têm um restinho de sentimento de justiça e de fraternidade.
“Diante dessa pobreza crescente, eu sinto na carne que o problema do Brasil é maior do que o conteúdo do meu bolso!”, dizia um membro. Mas também hoje, como no tempo de Jesus, existem muitos sinais de solidariedade e iniciativas de ajuda.
- O que você sente diante de tantos pobres nas ruas do nosso país?
- Conhece hoje sinais de solidariedade e iniciativas de ajuda? Você participa de algum deles?

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
- O texto é longo, mas vale a pena. Narra o encontro com o aleijado, a cura realizada, além de explicar o significado da cura. Vamos prestar atenção no seguinte: como o povo reage diante da cura realizada por Pedro, e como Pedro, no seu discurso, ajuda o povo a entender melhor a cura?
- Leitura do texto: Atos 3, 1-26 pode ser dividida, partilhada.
- Momento de silêncio.
Perguntas para refletir e partilhar:
- Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
- Qual a atitude do povo diante da cura realizada por Pedro? Como o povo reagiu?
- Como Pedro, no seu discurso, ajuda o povo a entender melhor a cura?
- O que Pedro fala sobre Jesus? Quais os títulos que Jesus recebe? O que estes títulos significam? Procure analisá-los um por um.
- Pedro dizia: “ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou!” E você, qual a esmola que você dá quando não tem nem ouro nem prata para dar ao pobre que lhe pede ajuda?

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
Comentando: nos capítulos 2 a 5 de Atos, Lucas descreve o processo pelo qual passa toda comunidade que busca ser fiel ao evangelho. Percebemos também que os apóstolos não rompem com a religião do povo, continuam participando das orações no Templo. Mas Pedro agora fixa os olhos no aleijado (que sempre esteve lá) e diz: “olhe para nós”! Dois olhares o de Pedro e o de João se voltam para o homem e o do homem para eles. O deles deve ter sido o olhar benevolente com que Jesus acolhia os pobres e os ajudava. O do aleijado, por sua vez, deve ter sido o olhar de esperança de quem nada tem e espera receber da bondade dos outros. Mas também os apóstolos nada têm. Mas oferecem o que de melhor possuem: “Em nome de Jesus Cristo, levanta-te e anda!” Também hoje muita gente vê resgatada a sua alegria e dignidade porque alguém parou à sua frente e disse: “não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou”.
Pedro explica a “esmola” à luz da ressurreição de Jesus: “foi pela fé no nome de Jesus que este homem ficou curado!” E pede a conversão do povo. E nós como sentimos nossa conversão? E nossa capacidade de doar e doar-se?
- Colocar em forma de prece o que partilhamos: “Senhor, em nome de Jesus, fazei-nos solidários!”
- Qual o compromisso que esta palavra nos está pedindo?
- Agradecer, rezar o Salmo 16(15) Meu coração se alegra. Encerrar com o Pai-Nosso.

Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos
Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.

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2/10/2011
[2/10/2011] - Dinâmica relacionada ao 5° círculo bíblico: "Dar de presente" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=216 Objetivo: “Servem a Cristo àqueles que não procuram seus próprios interesses, mas os de Jesus Cristo. É isto que quer dizer ‘segue-me’: caminha por meus caminhos, não pelos teus”.
(S. Agostinho, In Ioh. 51,12)

 - através de uma técnica de vivência levá-los a refletir e desempenhar uma atitude de escolha perante uma situação de sensibilização com a realidade do próximo;
- levando-os a se identificar com problemas sociais rotineiros à nossa realidade;
- mobilizando-os, mediante a realização de uma ação concreta, a entrar em contato com suas emoções e com sua maneira própria de resolver questões existenciais;
- motivando-os, pelo exercício, a dar-se conta do como vivenciam valores, tais como: solidariedade, generosidade, caridade, disponibilidade pessoal, material, física (compartilhar espaço), etc.;
- promovendo o diálogo sobre o papel/compromisso dos pais em transmitir aos filhos a vivência da caridade através de experiências concretas de solidariedade e referências vivenciadas na própria família. 

Tempo: 70 minutos

Material:
Para cada participante: impressos: textos 1 e 2. Para o grupo: uma mesa central de apoio, uma caixa pequena, em formato de coração, contendo papéis impressos que descrevem variados perfis de pessoas carentes.
 

Estratégia: 1º momento: 10 minutos
Propor que se acomodem. Apresentar-se e, se necessário sugerir uma breve apresentação dos participantes: nome, comunidade a que pertence, local.
Convidá-los a realizar uma atividade em grupo.
- “vamos nos esvaziar um pouco das nossas preocupações, do nosso barulho interior e vamos deixar o nosso coração quieto, livre. Vamos pensar nas pessoas carentes, necessitadas... que precisam de nossa ajuda e que, também nós, desejamos ajudar, ir ao seu encontro... pensemos nelas e em nós... ao viver essa experiência entremos em contato com nossas emoções... “o que eu sinto ao fazer isso... como é a minha maneira de ser, de funcionar, ao realizar”... olhemos sempre para o outro e para nós mesmos”...
- Orientar: “dentro dessa caixinha (no centro da mesa), está a descrição da pessoa, a qual iremos ao encontro para ajudar. O que vamos ofertar deve ser algo nosso, que está em nós, não na nossa bolsa ou nos nossos guardados, mas em nós mesmos. Não vamos conversar, vamos manter silêncio e pensar: o que daremos a ela? Em silêncio, um de cada vez, irá retirar da caixinha, sem escolher, o papel nos indicando aquela pessoa a quem vai dedicar a sua oferta. Ao retirar, deve ler, pensar no perfil da pessoa ali descrito, decidir o que vai lhe ofertar, colocar sobre a mesa o papel retirado e sobre ele, a sua oferta e retornar ao seu lugar. Vamos fazer tudo isso em silêncio. Repetir, se necessário. Não permitir que se emprestem coisas um ao outro e nem que usem coisas das próprias bolsas. Lembrar mais uma vez que mantenham a interioridade para perceber como se sentem vivendo essa proposta”.
- Solicitar um voluntário para iniciar.
 

2º momento:
Pedir que iniciem. Deixá-los à vontade. Observar se atendem à solicitação de doar o que tem em suas mãos/seu corpo. Se necessário orientar novamente.
Controlar o tempo.

3º momento:
Ao término, convidá-los a compartilhar a experiência vivida. Motivá-los a expressar o quê e como se sentiram;
- concluir brevemente a questão das possibilidades e limitações no exercício da solidariedade, da caridade, etc.;
- convidá-los a reorganizar, em grupo, as ofertas (adequando-as às necessidades que se apresentaram, redistribuir, se necessário, os objetos);
- concluir a parte da tarefa, propondo a leitura de um texto.
 

4º momento:
- distribuir o texto de apoio 1, sugerir que leiam, reflitam e se manifestem;
- convidá-los a partilhar a reflexão relacionando-a com a experiência vivida:
- ressaltar alguns pontos importantes, por ex.: o que cada um, de fato, ofereceu?... (dar algo que está consigo mesmo significa, na verdade, dar-se por inteiro ao outro: dar seus conhecimentos, sua força, sua capacidade, partilhando a vida e o que ela pode oferecer)
- o que significa ofertar algo em favor do irmão: dar o que temos ou o que ele necessita?...  Como descobrir o que ele necessita?
- ressaltar ainda alguns pontos conforme objetivo da dinâmica.
 

5º momento: concluir
Distribuir texto de apoio 2, sugerir que leiam.
- deixar que se manifestem. Se necessário motivar: assumimos um compromisso ativo e atuante?
- o que a história da vida do outro nos tem solicitado com mais veemência? O que temos, de fato, realizado?
- de que maneira nosso papel evangelizador pode contribuir para promover o valor da vida?
- é comum não termos certeza da veracidade da história que muitos irmãos carentes nos relatam, como fazer? Como temos feito?
- solicitar que cada um retome “o bem” que doou.
- abrir espaço: como foi participar? Gostaram?
- Caso tenham refletido o 5º Círculo Bíblico propor a associação desta técnica ao tema do 5º Círculo Bíblico por nós também publicado. Agradecer e encerrar como desejar (oração/canto) ou conforme escolha do grupo.
 

Do livro: Família e Vida, Caminho, Vocação e Missão - de Sonia Biffi e Rosabel De Chiaro - Paulus Editora - 2007

Texto de apoio 1 - Vamos refletir: “O QUE TENS EM TUAS MÃOS”


O que grandes servos de Deus, no passado, fizeram com o pouco (ou com o nada) que dispunham? Pesquisando, refletindo, verificaremos as maravilhas realizadas apenas entregando a Deus este pouco ou apenas as suas próprias mãos:
1. “MOISÉS, o que tens em tuas mãos?” (Êxodo 4,2...)
-         Apenas um bordão, Senhor!
-         “Pois toma-o e usa-o em Meu serviço.”
O homem de Deus assim o fez e aconteceram grandes prodígios que o Faraó e os egípcios jamais tinham visto.
2. “DAVI, o que tens em tuas mãos?” (I Sm. 17...)
-         Apenas umas pedras e uma funda (atiradeira), Senhor!
-         “Pois toma-as e usa-as  em Meu serviço.”
E Davi obedeceu, venceu Golias, o inimigo dos filhos de Deus; tornou-se um rei.
3. “MULHER, o que tens em tuas mãos?” (I Reis 17...)
-         Apenas um pouco de farinha e um pouco de azeite, Senhor!
-         “Pois toma-os e usa-os em Meu serviço.”
E a viúva de Serepta alimentou o profeta Elias, renovou suas forças para servir ao Senhor. Milhares de anos decorridos, ela ainda é exemplo para nós.
4. “Ó POBRE VIÚVA, o que tens em tuas mãos? (Lc. 21,1...)
-         Apenas uma moeda, Senhor!
-         “Pois, oferece-a a Mim!”
E ela assim o fez e após séculos decorridos, o seu sacrifício é uma inspiração para muitos cristãos.
5. “MENINO, o que tens em tuas mãos?  (Jo. 6, 1-13)
-         Apenas cinco pães e dois peixes, Senhor!
-         “Pois, coloque-os em Minhas mãos!”
Milhares e milhares de pessoas foram saciadas pelo gesto nobre daquele menino que colocou o que tinha nas mãos de Deus.
6. “MARIA, o que tens em tuas mãos?” (Jo. 12, 1-7)
-         Apenas um frasco de ungüento de nardo, que reservei para Ti, Senhor!
-         “Pois, toma-o e usa-o”
E ela o derramou sobre os pés de Jesus e a fragrância do nardo encheu aquela casa e a lembrança deste gesto de amor, vive ainda entre os cristãos.
7. “TABITA, O que tens em tuas mãos?” (Atos 9,36...)
-         Apenas uma agulha, Senhor!
-         “Pois, toma-a e usa-a em Meu serviço.”
E assim ela fez, e os pobres de Jope foram agasalhados com as roupas que ela fez. Hoje, séculos depois, Tabita continua sendo um exemplo para a mulher cristã.
8. “_____________________ , o que tens em tuas mãos?”
-         Senhor, apenas....................
-         “Pois, oferece... a Mim!”
 

(adaptação do texto: “O que tens nas tuas mãos”. Associação Jesus Bom Pastor – Goiânia)

Texto de apoio 2 - A Responsabilidade do Homem pela Vida: “a cada um pedirei contas de seu irmão”

“onde está Abel, teu irmão?” : “Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?” (Gn 4,9)
Sim, todo homem é “guarda do seu irmão”, porque Deus confia o homem ao homem. E é tendo em vista tal entrega que Deus dá a cada homem a liberdade... Dom do Criador, quando colocada a serviço da pessoa e do acolhimento do outro; quando absolutizada... fica esvaziada do seu conteúdo originário e contestada na sua própria vocação e dignidade...
É necessário chegar ao coração do drama vivido pelo homem contemporâneo: o eclipse do sentido de Deus e do homem... perdendo o sentido de Deus, tende-se a perder também o sentido do homem, da sua dignidade e da sua vida...
A consciência moral, tanto do indivíduo como da sociedade, está hoje – devido a influência de muitos meios de comunicação – exposta a um perigo gravíssimo e mortal: o perigo da confusão entre o bem e o mal, precisamente no que se refere ao fundamental direito à vida... Mas todos esses condicionamentos não conseguem sufocar a voz do Senhor, que ressoa na consciência de cada homem: é deste sacrário íntimo que se pode recomeçar um novo caminho de amor, de acolhimento e de serviço à vida humana.
Não é só a voz do sangue de Abel a gritar por Deus, fonte e defensor da vida. Também o sangue de todos os outros homens... De uma forma absolutamente única, porém, grita a Deus a voz do sangue de Cristo... é deste sangue, na eucaristia, que todos os homens recebem a força para se empenharem a favor da vida...  precisamente este sangue é o motivo e o fundamento da certeza absoluta... segundo o desígnio de Deus, a vitória será da vida...
... os sinais positivos têm dificuldade em manifestar-se e ser reconhecidos porque não recebem adequada atenção da mídia... quantas iniciativas de ajuda e amparo às pessoas fracas e indefesas surgiram... por obra de indivíduos, movimentos, organizações... muitos esposos acolhendo os filhos “como Dom do matrimônio”, exemplos vivos a tantas famílias... abrem-se para acolher crianças abandonadas ou colocam-se a serviço de entidades assistenciais... auxiliando adolescentes, jovens em dificuldade, pessoas inválidas, idosos na solidão... numerosos são os centros de ajuda à vida... com pessoas dedicadas que oferecem apoio moral e material às mães... voluntários empenhados em dar hospitalidade a quem não tem família... em dificuldade de superar hábitos destrutivos e recuperar o sentido da vida... médicos que se esforçam por encontrar medicamentos e critérios eficazes, sem violentar ou ferir a vida... amenizando a dor, a situação dos idosos, dos doentes terminais, em especial... organizações dirigidas por pessoas que se mobilizam para estender tais benefícios a países e regiões mais carentes, mais necessitadas... como não recordar aqueles gestos diários de acolhimento, de sacrifício, de cuidado desinteressado, que um número incalculável de pessoas realiza com amor nas famílias, nos hospitais, nos orfanatos, nos lares da terceira idade... e, nas ruas... estes gestos, são gestos pessoais, que constroem a “civilização do amor e da vida”. 

Evangelium Vitae (19-28) Papa João Paulo II

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2/10/2011
[1/10/2011] - 6º Circulo Bíblico - "Pedro e João: testemunhas na perseguição": - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=367 “A coragem que nasce da fé na ressurreição” Atos 4,1-22

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade
Neste encontro vamos meditar o texto que descreve a primeira perseguição contra os cristãos e a reação corajosa de Pedro e João diante das autoridades. Pedro mudou por completo. Parece outra pessoa. Antes da ressurreição, ele tinha medo até da empregada do sumo sacerdote (Lc. 22,56). Agora, depois da ressurreição, ele e João enfrentam o próprio sumo sacerdote. Tudo mudou! Eles mesmos ressuscitaram! Coragem, em vez de medo. Fé, em vez de descrença. Esperança, em vez de desespero. Consciência crítica, em vez de fatalismo frente ao poder. Liberdade, em vez de opressão. Em vez da má notícia da morte de Jesus, a Boa notícia da sua ressurreição! Por isso, sem medo, eles enfrentam os poderes que os ameaçam.
 

1 - Pedro mudou por completo. Já aconteceu algo assim com você?
2 - Quais são hoje os poderes e perigos que ameaçam a nossa comunidade?

 I - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
- O texto descreve a prisão dos apóstolos e a coragem deles em anunciar a ressurreição de Jesus diante do mesmo tribunal que, semanas antes, tinha condenado Jesus à morte.
Durante a leitura prestemos atenção no seguinte: quais são as autoridades que perseguem os apóstolos e como elas reagem frente à pregação de Pedro e João?
- Leitura do texto: Atos 4, 1-22 pode ser dividida, partilhada.
- Momento de silêncio.
 

II  - Perguntas para refletir e partilhar:
- Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
- Quais as autoridades que perseguem e qual a acusação que levantam contra os apóstolos?
- Quais os argumentos de defesa de Pedro? Qual a acusação de Pedro contra as autoridades?
- No fim, qual a reação de Pedro e João frente à sentença do tribunal?
- Qual a mensagem de tudo isso para nós hoje?
 

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
Comentando: nos anos 80, a época em que Lucas escreve, a perseguição era um elemento quase diário na vida das comunidades. Não era um acidente de percurso, mas fazia parte da caminhada. Naquele mundo do Império Romano, organizado a partir dos interesses egoístas de poucos, quem quisesse viver a justiça e o amor tinha que aprender como viver na contramão da sociedade.
Pela fé no nome de Jesus ressuscitado, os apóstolos tinham curado aquele aleijado conhecido na cidade, conf. At. 3, 1-10. Por isso muita gente ia escutar as palavras de Pedro, e o número de discípulos aumentava a cada dia... A perseguição... a incoerência das autoridades... a reação de Pedro e João...
Crer na ressurreição o que é? É voltar para Jerusalém, de noite, reunir a comunidade e partilhar as experiências, sem medo dos judeus e dos romanos (Lc.24,33-35). É receber a força do Espírito Santo, abrir as portas e anunciar a Boa Nova á multidão (At. 2,4). É ter coragem de dizer: “É necessário obedecer antes a Deus que aos homens”. É sentir a mão de Jesus ressuscitado que nos diz: “Não tenha medo!” (Ap. 1,17). Caiu o véu que escondia a realidade (2Cor 3,16)... Nova luz clareou para o povo.
 

Na comunidade a palavra do passado retoma vida e se torna Palavra de Deus:
- o mesmo poder que tirou Jesus da morte mantém a vida das comunidades (Ef. 1,19-21; 2,5-6; Cl 3,1-3);
- é na comunidade que Jesus se faz presente pelo Espírito e pela Palavra (Mt. 18,20...
Assim, o Espírito enche de força as ordens que Jesus deu aos discípulos e discípulas: a ordem de anunciar (Mt 28,10, Mc 16,15); de fazer discípulos e batizar (Mt 28,19); de ensinar a observar tudo que Ele mandou (Mt 28,20); de perdoar (Jo 20,23); de lavar os pé(Jo 13,14); de celebrar sua memória na Ceia (ICor 11,24-25); de ser suas testemunhas no mundo inteiro (At 1,8).
 

A luz da ressurreição faz cair o véu que encobria o AT (II Cor 3,14-16), agora os discípulos percebem que Jesus estava no centro da Escritura (Jo 5,39). Muitas vezes tinham ficado sem entender o que Jesus dizia ou fazia.
A fé na ressurreição leva a comunidade a defender a vida, a lutar pela justiça, e pela fraternidade, a alegrar-se com a vida e a viver em ação de graças... a gritar com todas as forças da convicção que nasce da fé: “Ele está no meio de nós!”
E nós como sentimos e vivemos nossa fé na ressurreição de Jesus? E nossa comunidade?
- Colocar em forma de prece o que partilhamos: “Senhor, que a tua coragem sustente a nossa fraqueza!”
- Qual o compromisso que esta palavra nos está pedindo?
- Agradecer, rezar o Salmo 124:”Se Deus não estivesse conosco a gente não teria agüentado!” Encerrar com o Pai-Nosso.
 

Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos
Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.


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1/10/2011
[30/9/2011] - Dinâmica relacionada ao 6º Circulo Bíblico: Técnica de vivência/sensibilização: “A Ressurreição de Jesus” - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=217 Técnica de vivência/sensibilização: “A Ressurreição de Jesus” - Texto: João 20, 1-18
Utilizar a própria Bíblia para leitura e reflexão:
Obs. Diante da grandiosidade do tema nos abstemos de “buscar” meios e formas de retratá-lo, pois, julgamos que o próprio testemunho expresso em João 20 é suficiente. Além da riqueza de detalhes traz, sobretudo, o “mistério” da graça da presença de Jesus. Então, Ele mesmo nos ensinará o que for preciso, Ele mesmo colocará em nossos corações o necessário, Ele mesmo nos fará compreender o inexplicável e assimilar o insondável.
Por isso, nos reportamos a uma experiência vivida, que nos foi preciosa, para repassá-la a vocês.
 

1º. Reunam-se tendo em mãos a própria Bíblia. Façam um círculo e, primeiro localizem a passagem: João 20,1-18.
 

2º. Em seguida escolher uma pessoa para ler a passagem. Deve ler com voz calma, segura, natural. Todos, em silêncio, acompanham a leitura pela própria Bíblia.
 

3º. Em seguida, solicitar que mantenham o silêncio e fechem os olhos. Orientar: “cada um vai fazer a sua experiência pessoal. Ao acompanhar a leitura sinta-se inserido na narração bíblica, você é um integrante, um personagem atuante daquela passagem.” Novamente o leitor inicia a leitura, da mesma forma, pausada, segura e natural.
 

4º. Ao término, solicitar que permaneçam com os olhos fechados e visualizem “Jesus Ressuscitado”.  Tenha um momento seu com Ele.
- Abrir os olhos e partilhar a experiência.
- Sugerir: que outros momentos bíblicos podemos “vivenciar”?
            Objetivo: vivenciar o acontecimento essencial à nossa caminhada de fé, buscando experimentar no testemunho retratado a emoção, os sentimentos vividos pelos discípulos e discípulas para fazer dele nosso próprio testemunho.
- associando nossa vivência de fé à vivência daqueles que nos antecederam, comparando os obstáculos que os cercavam com os que hoje enfrentamos;
- reafirmando pelo exercício, o dom da fé, pelo qual nos movemos e nos fortalecemos pela certeza da pessoa de Jesus, o Filho que se faz presente em nossa vida com o Pai e o Espírito Santo.
- concluir, propondo a associação desta técnica de vivência ao tema do 6º Círculo Bíblico por nós também publicado.
 

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30/9/2011
[29/9/2011] - 7º Círculo Bíblico: “Partilha e Oração na Perseguição" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=368 7º Circulo Bíblico - Partilha e oração na perseguição
“Aquilo que sustenta a comunidade na hora das dificuldades” - Atos 4,23-35
 

I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade
Neste encontro vamos ver de perto como as primeiras comunidades se comportavam na hora das dificuldades. Na época sofriam as pressões das autoridades, que tinham medo das reuniões do povo e do crescimento da consciência popular.

Procuravam intervir perseguindo as comunidades.
O que sempre nos chama a atenção é a desproporção entre o poder imenso de quem persegue e a fraqueza da comunidade perseguida. A ameaça é tão agressiva que, se a comunidade não tiver uma convicção profunda, não agüenta o baque da perseguição. Todos nós já testemunhamos quantos dão a própria vida em defesa de comunidades frágeis sujeitas a opressões poderosas. Nosso país é rico nesses testemunhos.
A comunidade dos primeiros cristãos encontrou um jeito para se defender e impedir a dispersão: unir-se em oração e partilhar tudo entre si. A oração os fortalecia e a vida compartilhada lhes dava a segurança necessária.
Reflita nos testemunhos de vida que conhece ou presenciou e converse sobre:
1 - Hoje, como as comunidades resistem e onde encontram força para continuar a caminhada?
2 - E você, qual a sua contribuição nesse processo? Como você ajuda os outros a resistir e não desanimar?
II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
1- Vamos ler o texto e prestar atenção no seguinte: como e o que oravam? O que é partilhado, e como é partilhado?
2- a leitura do texto: Atos 4, 23-35 pode ser dividida, partilhada.
3- momento de silêncio.
4 - Perguntas para refletir e partilhar:
- Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
- Analise bem a oração em comunidade: qual o motivo, o conteúdo e o jeito de rezar? Como eles atualizam o salmo 2 e o aplicam na própria vida?
- O que é partilhado? Como é partilhado?
- Qual é o fruto da partilha?
- O que tudo isso ensina para nós hoje?
III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
Comentando: Nesse texto Lucas descreve mais uma característica da vida comunitária dos primeiros cristãos. Destaca a oração e a partilha que, em meio à perseguição, levava os cristãos a experimentar a força do Espírito Santo. Mostra-nos que a comunidade deve saber rezar os fatos da vida e deve saber partilhar o que possui. Partilham assim a fé, os bens e o convívio com Deus que os fortalece. Lucas mostra que a Providência Divina passa pela organização fraterna.
Quando João e Pedro foram soltos, dirigiram-se para a comunidade a fim de informar tudo o que lhes ocorreu e o que as autoridades tinham lhes dito. Assim, partilhar os fatos da vida para avaliar os desafios e propostas que nos trazem, facilita nosso processo de “orar”, rezar esses fatos numa abertura de coração a Deus, confiantes na ação de seu Santo Espírito para nos esclarecer a direção a tomar, fortalecer nossa caminhada, iluminar e orientar nossos passos.
Perceba que eles não pedem para que acabe com a perseguição ou que diminua seus sofrimentos, mas antes, sua oração está voltada para os interesses de Deus e não os próprios.
Pedem 3 coisas: que Deus olhe as ameaças dos inimigos; que lhes dê coragem para prosseguir; que lhes estenda as mãos para que prossigam realizando os sinais de Jesus.
E todos ficaram cheios do Espírito Santo. Um novo Pentecostes, seguido de tantos outros que ainda hoje acontecem.
A partilha os levava a respeitar o ideal da Lei de Deus: “Em teu meio não poderá haver nenhum pobre”. (Dt. 15,7-8)
Agora, a partir desta leitura, busque perceber nas leituras seguintes, em todo o livro dos Atos, como, muitas vezes se fala de oração, citando os exemplos vividos e os testemunhos das graças recebidas.
Como hoje, além da liturgia tradicional, surge na comunidade uma nova maneira de rezar, que brota da nova experiência de Deus em Jesus e da consciência clara e profunda da presença de Deus no meio das comunidades.
“Nele vivemos, nos movemos e existimos!” (At.17,28).
Assim, os cristãos hoje formam comunidades orantes, dedicadas à Palavra e à Oração: as que os acompanham em atos importantes da comunidade; nos momentos importantes de sua caminhada. Nessa oração: dialogam com Deus, invocando-o em todos os aspectos de sua vida.
Para encerrar, proponha:
- vamos refletir quantas vezes nos colocamos em oração da mesma forma que os discípulos e por quais motivos o fizemos?
- em nossas orações temos nos colocado diante de Jesus, aos seus pés? Temos ouvido Sua Palavra, contemplado Seu olhar, Seu coração?
Colocar em forma de prece o que partilhamos: “Dai-nos coragem Senhor, para anunciar a Boa Nova!”
- Qual o compromisso que esta palavra nos está pedindo?
- Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.
 

Do livro: A Palavra na Vida, vol. 160/161 - Carlos Mesters e Francisco Orofino - Centro de Estudos Bíblicos
Nossa sugestão: aprofunde os dados e fatos com a leitura do livro indicado e aproveite ampliar suas descobertas motivando o grupo a manifestar outros questionamentos, idéias ou reflexões despertadas pelo tema e até pela unção do próprio Espírito Santo.

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29/9/2011
[28/9/2011] - Dinâmica relacionada ao 7º Círculo Bíblico: Técnica de vivência: "Orando a minha vida" - Rosabel De Chiaro e Sonia Biffi http://familiamissionaria.com.br/artigo.asp?area=7&cat=42&sub=32&catsub=33&artigo=369  

Tempo: 50’
Material: para cada participante: uma folha sulfite em branco (para o 1º momento), lápis ou caneta; impresso do texto anexo (etapa final). Para o grupo: algumas Bíblias, aparelho de som, música instrumental suave.
 

Estratégia: 1ª etapa: 15’
Convidá-los a um momento de reflexão pessoal, nossa proposta é: Orar a nossa própria vida. Distribuir as folhas sulfite, lápis/caneta e orientar:
- vamos então parar para pensar na nossa vida pessoal, nas suas variadas dimensões, nos fatos e acontecimentos que nos cercam e que nos preocupam, nas questões e respostas que nos envolvem, nas escolhas que temos de fazer, nas decisões a tomar, mas também nas alegrias, nas conquistas e vitórias, enfim... Vamos nos situar nesse momento da nossa vida para nos colocar diante de Jesus e orar a nossa vida, as nossas questões;
- vamos dividir essa folha que recebemos ao meio, de um lado vamos anotar os fatos/questões, acontecimentos pessoais. De outro lado, a Palavra de Deus que nos vem à mente e ao coração diante do que refletimos. Não se preocupem em citar versículos, capítulos etc. Basta a Palavra, do jeito que ela vier ao seu coração. Se desejarem, temos algumas Bíblias à disposição.
- solicitar que o façam em silêncio. Ligar o som, volume baixo. Deixá-los à vontade.
- controlar o tempo, mas não pressionar. Ao perceber que a maioria deixa de escrever, comunicar o tempo que resta para encerrar.
 

2ª etapa: 5’
Sem desligar o som, propor: “refletindo tudo que vivenciamos, vamos agora escrever uma oração a Jesus, manifestando o que está em nosso coração. O que desejamos do Senhor? Como queremos que Ele participe da nossa vida?”
- deixá-los à vontade. Controlar o tempo. Desligar o som e encerrar ao perceber que deixaram de escrever.
 

3ª etapa: 20’
Retomar: “que tal? Gostaram da experiência? Então, tudo que vivenciamos até aqui foi pessoal, por isso cada um vai guardar suas anotações lembrando que essa experiência pode ser renovada todas as vezes que desejarmos.”
Prosseguir: “sem comentar os fatos pessoais, vamos partilhar agora como foi associar a Palavra de Deus aos acontecimentos da vida? Foi fácil, agradável, difícil? Restou ainda a vontade de citar alguma Palavra que não veio à mente? Deseja dividi-la agora?”
Deixar que se manifestem. Caso não haja manifestações, agradecer e encerrar essa etapa.
- distribuir o texto de apoio impresso, sugerir que o leiam. (fazer a leitura partilhada)
Propor: qual a relação da experiência que vivemos com esse texto?
- motivá-los para que conversem a respeito.
- explorar bastante o texto proposto: quantas vezes nos comportamos como Marta? E como Maria?
 

4ª etapa: 10’
Caso o grupo tenha utilizado a reflexão do 7º Circulo Bíblico - Partilha e oração na perseguição - referente à atitude orante dos discípulos de Jesus, encerrar a reunião lembrando os fatos e propondo:
- vamos refletir quantas vezes nos colocamos em oração da mesma forma que os discípulos e por quais motivos o fizemos?
- Qual o compromisso que esta palavra nos está pedindo?
- Agradecer, encerrar com a oração que o grupo desejar.
 

Rosabel e Francisco De Chiaro - técnica vivenciada em reunião de grupo de perseverança.

Texto de Apoio Técnica de Vivência: “Orando a minha vida”
Lc. 10,39–43: Marta e Maria
“Para os não chegados em evangelhos, esclareço: são duas irmãs. Se casadas ou solteiras, não se sabe. Moravam em Betânia com o irmão Lázaro, aquele que deu uma morridinha e foi ressuscitado por Jesus, menos para que nele se acreditasse e mais para que o mundo soubesse que amigo dele não morre, mesmo quando pifa. Eram de grandes amizades, os três mais Jesus que vira e mexe por lá passava, para cafezinho e bolinho, tipo de chuva, ou mané-pelado ainda não inventadas pinga e pipoca. Vinho, sim que muito se bebia, desde os tempos do fogo de Noé, lembram-se, Jesus sendo de vinho bom conhecedor, como se viu em Caná: sabia fazer do melhor. Pois bem, em tarde, ou manhã, não se sabe, Cristo deu por lá uma passada, provavelmente com os apóstolos, os doze mais uns suplentes, porque Marta, ao ver a quase multidão, descabelou-se e corre-que-te-corre comprar farinha na esquina, emprestar meia dúzia de ovos da vizinha e meter as mãos na massa. Maria, numa boa, sentada aos pés de Jesus que cadeira não tinha naquele tempo, só ouvindo suas histórias e as divinas sabedorias: cegos que viam, surdos-mudos que ouviam e falavam pelos cotovelos tirando atraso, entrevados que em pulos andavam,  gentes das muitas periferias de cidades e da vida indo a ele mão e coração estendidos, olhos de cão sem dono. E deu-se que Marta, vendo a cena, ficou louca da vida e como era de não mandar dizer, meteu bronca: “Jesus, dá pra dizer a essa aí (quando brava, não dizia o nome da irmã) vir aqui me dar uma mãozinha?”E Jesus: “não esquenta, Marta, não vim para comer, mas ver vocês e bater papo.” “E deixa eu te contar uma coisa: Maria escolheu a melhor parte”. Bem que Jesus sabia que às tantas, iam ter fome e não estando afim de milagre (a turma já andava meio cheia de pão e peixe) pensava em pedir umas pizzas. Embora nada disso conste da história, tranqüilizou Marta concluindo em perfeito latim: “no problems”- que era o inglês da época. Acontece que séculos depois, teólogos se dividiram: uns, com Maria: a vida cristã é ficar ouvindo as palavras de Cristo numa boa, rezar, cantar aleluias e sacudir lencinhos. Outros, com Marta: fé sem obras, não vale nada. Não adianta cantar e suspirar sem mexer uma palha pelos outros. Rezar ou fazer, eis a questão. A encrenca parece ter chegado até hoje dividindo evangélicos, com Maria e católicos com Marta. Mas, vamos lá, se Jesus elogiou Maria, não condenou Marta em hipótese alguma e já antevendo que poderia ser mal interpretado, cuidou de contar a parábola do Bom Samaritano e deve ter orientado Lucas para que quando escrevesse seu evangelho a pusesse em destaque. Lucas mandou ver: colocou o Bom Samaritano antes do acontecido em Betânia. Consta extra-oficialmente que esta mais a Parábola do Filho Pródigo são as meninas dos olhos de Jesus. Que ninguém nos ouça, mas que tem bom gosto, isso tem. Bem e eu com tudo isso? No frigir dos ovos, as duas irmãs têm razão, desde que não exagerem e entre uma e outra, fico logo com as duas, com as mãos de Marta e o coração de Maria, como me ensinou minha irmã negra de Madagascar, cuja oração anda circulando por aí na internet.”
 

Pe. Chiavegatto – Diretor Espiritual do OVISA (*) de 1971-1973
Rascunho de um de seus artigos em preparação, enviado à Nely em 27.11.07
(*) OVISA - Orientação para Vivência Sacramental - encontro para Casais
Nely Torres Babini e Arani Ahnert Pieri(in memorian) - fundadoras do Movimento OVISA

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28/9/2011