Dúvidas sobre Fé, Igreja ou Espiritualidade?. Faça sua pergunta que o Pe. Cido responde

Rogério, preste bem atenção. Você já reparou que você falou em comungar, se defendeu dizendo que o importante é comungar, disse que não adianta nada ir a missa e não comungar e foi por aí afora, buscando desculpas para sua união ilegítima. Em nenhum momento você disse que quer se casar na Igreja, quer regular sua situação diante de Deus, quer forma uma família com sua mulher, quer ser um pai cristão para seus enteados e seu filho. Vamos acertar esta situação, meu caro. Ou será que você já era casado, separou da mulher e vive com outra? Ou será que você era solteiro e se juntou com uma mulher que já era casada e tinha filhos?
Rogério, não invente desculpas, não tente limpar sua barra diante de Deus. Se você é um homem de fé, e eu acho que é, busque o seu pároco e abra seu coração com ele. Tenho certeza que ele irá orientar você corretamente. Faça as coisas direitinho, viu. Quando a gente é fiel à vontade de Deus, a resposta dele é maravilhosa. Não faltarão bênçãos na sua vida. Um abraço, meu irmão.

Calma Janaína. Vamos pensar juntos. Você está infeliz porque seu marido é distante, não dá atenção a você, mergulha no trabalho e não pensa em você? Pois é, minha irmã. E você já disse isso a ele? Falou que não está feliz? Explicou para ele que o quer mais próximo de você? Mostrou a ele que sem ele perto você se sente abandonada?
Olhe também para você, Janaína. Já pensou que sua filha tem direito a um pai. Já pensou que seu marido também certamente ama você e sua filha? Já tentou ajuda-lo a descobrir que vocês precisam dele. Já pensou que talvez o distanciamento dele é para dar uma vida digna a você e sua filha?
Não pense num casamento ideal, numa família idieal, minha irmã. O papa Francisco já disse que não há famílias perfeitas. E não há mesmo. Coloque isso no seu coração. Não vá tomando decisões apressadas. Faça tudo para proteger sua família, para manter sua família unida. Evite que num futuro próximo você venha a se arrepender por ter posto fim a um projeto de amor tão bonito, mas tão bonito que já deu um fruto> a sua filhinha.
Que Deus coloque a mão em seu coração e arranque dele todo desânimo, toda tristeza, toda ansiedade. Busque junto de Deus as respostas que você precisa para reencontrar a felicidade.

Oi Mariana. A primeira parte de sua pergunta eu já respondo logo. Sim. Nós seres humanos fomos criadas por Deus com um corpo material e uma alma espiritual. O corpo é finito, se acaba pela velhice, pelas enfermidades, pela violência do mundo. A alma é eterna. Enquanto nossa alma anima o nosso corpo, nós estamos vivos. Quando nossa alma se separa do nosso corpo, morremos.
Nenhum comportamento, nenhuma pecado, nenhum erro separa a alma do corpo. Só a morte. Na morte, nosso corpo volta à terra de onde foi tirado e nossa alma voa para a eternidade, dependendo das escolhas que fizemos em vida. Somos todos destinados à felicidade perpétua junto de Deus agora e no final dos tempos em que nossa alma retornará ao nosso corpo. Nós rezamos no Credo - lembra-se? - "Creio na ressurreição da carne e na vida eterna."
A vida eterna a que somos destinados, porém, dependerá de nossa vida no amor de Deus e ao próximo, na justiça, no bem.
Nada está perdido quando erramos, quando cometemos um pecado. Deus é misericórdia e perdão e sempre nos perdoará, basta correr a ele como fez  filho pródico da parábola.
Não podemos jamais desistir da salvação. Por maior que seja nosso pecado, infinitamente maior é a misericórdia de Deus. Deus a abençoe, Mariana.

Joel, Joel. Não entendi a sua pergunta. Fiquei pensando sobre o que você quer saber com esta pergunta. Será que você quer dizer que um homem casado com uma mulher ao se descobrir homossexual mas se manter fiel à esposa seria castigado por Deus? Ou será que você quer dizer que se duas pessoas do mesmo sexo vivem juntas sem relação sexual seriam castigados por Deus? Pois é, Joel. No primeiro caso, se um homem casado se descobre gay ou homossexual mas se mantém fiel a sua esposa, sem buscar relacionamento com outra pessoa também homossexual, terá merecimentos diante de Deus, embora deva pensar seriamente que sua esposa ou marido têm o direito ao sexo. Carregará sua homossexualidade como uma cruz mas sem desrespeitar sua família e seus filhos. Mas Joel, no caso de duas pessoas homossexuais viverem juntas, sem se relacionaram sexualmente, também há que se pensar na misericórdia de Deus para com eles. Em todo caso, Como regra gerla, meu irmão, que fique claro que toda pessoa humana merece respeito, não importando a sua orientação sexual. Más atenção: são para todos, homossexuais ou não, sem exceção, o sexto e o nono mandamentos, que dispõem sobre o respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro. O meu conselho é que a pessoa homossexual busque junto a um sacerdote esclarecer sobre o que Deus espera dela.

Meu caro Pedro Leite. Não foi somente São Gaspar de Búfalo, que nasceu em 1786 e morreu em 1836, que falam desses três dias de trevas. Ao que parece, porém, é que se dá mais atenção a esses "profetas" do que ao próprio Cristo. Quando os apóstolos interrogaram a Jesus sobre o fim dos tempos, Jesus foi bastante reticente. É claro, meu irmão, que estamos todos sujeitos a uma catástrofe, seja por conta de asteroides que se choque com a superfície da terra, seja por algum fenômeno que a ciência ainda não detectou, seja pela irresponsabilidade de alguém que, num gesto de loucura, apertar um botão que venha fazer a terra explodir.
O que eu tenho a dizer a você, Pedro, é que temos coisas mais sérias para nos preocupar. Por exemplo, o Evangelho de Jesus ainda não chegou até os confins da terra. Qualquer explosão interromperia este mandato de Cristo aos apóstolos, que fossem até os confins mais remotos do mundo anunciar o Evangelho. Outro exemplo: será que o demônio ou qualquer coisa que o valha é mais forte que o Cristo, para acabar com o mundo já salvo pela Paixão e Morte do Senhor?
Depois de um ano inteiro proposto pela Papa Francisco, para refletirmos sobre a misericórdia de Deus, retomar essas profecias malucas de três dias de trevas em que o mundo se acabará é negar o amor de Deus que não desiste da humanidade. Vivamos uma fé mais ativa, sem medo, e comprometida com a evangelização. É o que eu tenho a dizer a você, Pedro. Um abraço fraterno.