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Dúvidas sobre Fé, Igreja ou Espiritualidade?. Faça sua pergunta que o Pe. Cido responde

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Pe. Cido Pereira
Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação em São Paulo , Diretor do jornal "O São Paulo" e apresentador do programa Bom dia Povo de Deus na rádio católica 9 de Julho.
 

 

JANETE pergunta:

Padre a sua bênção, fiz um pedido à nossa senhora, pedi para que ela intercedesse por mim para que esse ano de 2017 fosse o ano do meu matrimônio, deitei à tarde e dormi e sonhei fazendo um vestido branco. Será isso um sinal de Deus? uma resposta? Obrigada padre.

Padre Cido responde:

Janete, sua pergunta é muito importante. Todos nós devemos ouvir a voz de Deus. Sem ela ficamos como um carro em que o sistema elétrico falhou e corre em alta velocidade no escuro. Se o carro para, fica sem rumo, não pode concluir a viagem. Se o carro continua andando, pode se arrebentar numa curva qualquer da estrada. A voz de Deus nos orienta, mostra o rumo, conduz.
Mas como ouvir a voz de Deus? É a sua pergunta. Vamos lá! Deus nos fala pela Sagrada Escritura. Lembra-se daquele canto tirado da Bíblia? "Tu palavra é lâmpada para meus pés, Senhor, É luz para o meu caminho.
Deus nos fala também pelos acontecimentos da vida. Numa alegria imensa que vivemos, num momento de dor intensa, podemos acolher os recados de Deus. Nas alegrias ele faz sentir sua presença. Nas tristezas, ele nos consola. O problema é que ficamos esperando ouvir a Deus gritando nosso nome. Não precisa. Ele está perto de nós.
Podemos também ouvir a voz de Deus nas pessoas queridas que nos oferecem o ombro, que nos consolam, que nos perguntas; "em que posso servi-lo?. Quantas vezes acabamos surpreendidos pela presença de alguém na hora que a gente precisa e reconhecemos: "Foi Deus quem enviou você neste momento!"
Podemos também ouvir a voz de Deus na palavra de nossos pastores. No seu ministério de ensinar, eles nos ajudam a ouvir e entende a Palavra de Deus.
Enfim, Janete, Deus está conosco e nos fala na oração pessoal e em comum, nos sacramentos da Igreja, na Eucaristia, na orientação dos nossos pastores.
Só mais um lembrete: quando fazemos uma escolha errada e ficamos incomodados é Deus falando ao nosso coração. Pense nisso tudo, minha irmã Janete. Bom trabalho.

 

TIAGO pergunta:

Olá, Pe. Cido! Por favor, queria lhe fazer uma pergunta, não sei se essa tem muito sentido, se é muito escrúpulo, mas, temo em errar. Por favor, tenho pensado em comprar um receptor de tv aberta, para antena parabólica normal, que abre somente, canais abertos digitais e HDs. Esse receptor para para um canal específico, ser liberado, deve se fazer uma liberação em um site próprio para isso. Essa canal tem várias afiliadas de acordo com a região do país ou estado. Geralmente, se há um sinal regional, se libera esse sinal para o receptor. Por exemplo, sou do Paraná e seria liberado o sinal de uma afiliada do estado do Paraná. Mas, aqui em casa, preferimos o sinal nacional do canal, cada afiliada tem alguns programas próprios, além, das notícias, e transmissões de futebol serem regionalizados. Para ter acesso a esse sinal nacional, no momento de fazer a liberação do sinal, teria, que mesmo morando no Paraná, indicar, que moro em São Paulo, pois, lá não há sinal regional e sim sinal nacional. Entrei em contato com o fabricante, que disse, eles não incentivam essa troca, mas, que ela pode ser feita, sem que haja qualquer problema com as empresas envolvidas ( a fabricante do receptor e a emissora de TV ). Assim, queria, saber se perante a visão da Igreja Católica, isso, teria algum erro ou algum tipo de pecado? Muito obrigado.

Padre Cido responde:

Sabe, Tiago, eu fico aqui imaginando o seguinte. Se ninguém se manifesta sobre estes aparelhos que nos abrem todos os canais; Se esses aparelhos são vendidos publicamente em nossos centros comerciais; Se nós pagamos por esses aparelhos, de nada adianta alguém vir a público e classificar o uso desses expedientes como contravenção. É claro, meu irmão, que se estamos nos utilizando de um expediente para ver mais canais de forma gratuita, há um cheiro de desonestidade no ar, e isso para um católico não está de acordo com a Lei de Deus. Incorremos na desobediência do sétimo mandamento que nos proíbe: de roubar". Mas eu insisto: É tempo das empresas de comunicação que se sentem lesadas vir a público denunciar o uso desses aparelhos. E é tempo das autoridades avisarem tratar-se de uma atividade ilícita e punir a entrada no Pa&i acute;s desses aparelhos. Deixemo-nos conduzir por nossa consciência e um certo escrúpulo sempre é bom, para nos mantermos no caminho correto. Um abraço.

LUCIANO DANTAS pergunta:

Olá, ultimamente tenho me interessado pelo estudo da vida dos santos da igreja. Como sou biólogo e pesquisador, sempre procuro artigos que indiquem a veracidade dos fatos narrados. Pesquisando sobre a vida de São Sebastião não encontrei nada que comprovasse sua existência. Em um dos artigos que li, cita sua história como "um conto moral-religioso destinado a corroborar as lições da fé". Minha dúvida é: "São Sebastião de fato existiu ou sua história foi criada para que as lições da vida piedosa fossem ensinadas?"

Padre Cido responde:

Meu caro irmão. O martírio é o maior e o melhor testemunho que uma pessoa dá de sua fé. Entrega sua vida por amor a Cristo. Os mártires existiram e foram milhares e milhares deles. Entre eles contam-se pessoas de várias idades. A morte de muitos deles servia de espetáculo circense. Eram triturados e devorados pelos leões. Os cristãos, porém, piedosamente recolhiam seus restos mortais e davam uma sepultura digna a eles. Na dificuldade de identifica-los, davam-lhe nomes fictícios, como Santa Perpétua, Santa Felicidade, e outros.

Há alguns santos cuja história é marcada por muitos milagres, a maioria deles certamente inventada para servir de catequese. Por exemplo, é bem provável que quando se fala que Santo Antônio ressuscitou um morto para que ele contasse quem o tinha matado, estava fazendo uma catequese contra a calúnia e em favor da justiça.

Quanto a São Sebastião, eu visitei uma catacumba em Roma, a de São Calixto, que tem uma belíssima estátua representando o martírio dele. O nome dele está no martirológico romano e ele é venerado no mundo inteiro. Certamente ele existiu sim e um viva para ele que é o patrono da cidade do Rio de Janeiro.

 

PEDRO LEITE JÚNIOR pergunta:

Posso acender velas para santos dentro de casa nas minhas novenas? Os espíritas dizem que não é recomendável acender velas em casa porque se atrai espíritos que estão na escuridão. Isso é verdade?

Padre Cido responde:

Meu caro Pedro Leite. Não foi somente São Gaspar de Búfalo, que nasceu em 1786 e morreu em 1836, que falam desses três dias de trevas. Ao que parece, porém, é que se dá mais atenção a esses "profetas" do que ao próprio Cristo. Quando os apóstolos interrogaram a Jesus sobre o fim dos tempos, Jesus foi bastante reticente. É claro, meu irmão, que estamos todos sujeitos a uma catástrofe, seja por conta de asteroides que se choque com a superfície da terra, seja por algum fenômeno que a ciência ainda não detectou, seja pela irresponsabilidade de alguém que, num gesto de loucura, apertar um botão que venha fazer a terra explodir.
O que eu tenho a dizer a você, Pedro, é que temos coisas mais sérias para nos preocupar. Por exemplo, o Evangelho de Jesus ainda não chegou até os confins da terra. Qualquer explosão interromperia este mandato de Cristo aos apóstolos, que fossem até os confins mais remotos do mundo anunciar o Evangelho. Outro exemplo: será que o demônio ou qualquer coisa que o valha é mais forte que o Cristo, para acabar com o mundo já salvo pela Paixão e Morte do Senhor?
Depois de um ano inteiro proposto pela Papa Francisco, para refletirmos sobre a misericórdia de Deus, retomar essas profecias malucas de três dias de trevas em que o mundo se acabará é negar o amor de Deus que não desiste da humanidade. Vivamos uma fé mais ativa, sem medo, e comprometida com a evangelização. É o que eu tenho a dizer a você, Pedro. Um abraço fraterno.

 

WALLACE pergunta:

Sua bênção padre. Venho por meio desse para tentar esclarecer uma dúvida, eu namoro a 9 meses uma jovem protestante, da igreja presbiteriana, aprendemos a respeitar um ao outro e as religiões também, com isso, nosso relacionamento só foi se fortalecendo e ficando mais únido, mas já estamos atingindo a fase de pensar no matrimônio. Nós pensamos em uma celebração ecumênica, mas pelos documentos que eu li, a presbiteriana não aceita esse tipo de celebração, aí pensamos em ficar no civil, mas me lembre que eu não poderia confessar, comungar, etc, aí pensamos em ela se casar na católica, mas ela possui um grande medo. Dela ser obrigada a educar os nossos filhos dentro de nossa doutrina (católica), minha dúvida então é essa, se ela se casar comigo na católica, ela é obrigada a jurar educar nossos filhos na igreja católica? Desde já muito obrigado, fique com Deus!

Padre Cido responde:

Meu querido irmão, veja o problema criado pelo fato de cada um de vocês pertencerem a Igrejas diferentes, a tradições de fé diferente. O problema fica maior quando os dois lados fincam pé e não querem ceder. Há situações em que a parte católica cede às exigências da parte não católica sem pensar que com isso não está sendo coerente com a fé que tem. Do lado não católico é a mesma coisa. Quer ceder às exigências de sua Igreja, e não arreda pé.

Uma coisa é certa, meu irmão. O casamento na Igreja católica exige da parte católica o compromisso quase juramento de educar seus filhos na Igreja católica. A parte não católica se não aceitar esta exigência não haverá casamento.

 O que dizer a você, então? Que vocês dois devem conversar muito. E o fechamento de questão de sua noiva vai impedir o casamento. E o fechamento de questão da parte da Igreja em exigir um compromisso seu de formar uma família católica, vai complicar as coisas.

O melhor mesmo é uma conversa olho no olho, de coração aberto, em que os dois se comprometem a respeitar profundamente a fé do outro. Qualquer dúvida neste sentido, a sua vida de casada vai ser conturbada. Que Deus ajude você a tomar a atitude certa. Um abraço.

 

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